PRINCIPAIS NORMAS DE SEGURANÇA PARA CORTE E SOLDADURA
Tese: PRINCIPAIS NORMAS DE SEGURANÇA PARA CORTE E SOLDADURA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Ronieri • 8/5/2014 • Tese • 1.932 Palavras (8 Páginas) • 396 Visualizações
REGRAS BÁSICAS DE SEGURANÇA PARA TRABALHOS COM CORTE E SOLDA
Cosmo Palasio de Moraes Jr.
Técnico de Segurança do Trabalho
cpalasio@uol.com.br
Muitas são as preocupações dos integrantes do SESMT. Por toda parte há riscos e perigos e muitas vezes nos sentimos perdidos sem saber ao certo para que lado devemos ir primeiro. Obviamente não há um receita única aplicável a todos os casos e tipos de empresas. Vale mesmo o velho bom senso aliado ao conhecimento técnico.
No que diz respeito ao conhecimento técnico, não é de hoje que ressentimos a falta de boas fontes de consulta; a literatura destinada a prevenção de acidentes é ainda muito restrita e dentre as poucas existentes a grande maioria ainda peca pelo conteúdo essencialmente teórico de difícil aplicação no dia a dia.
No tocante ao bom senso a coisa torna-se ainda mais difícil. Importante mencionar nesta parte do texto que no nosso entendimento nos cursos de formação falta ainda algo voltado ao aprendizado das técnicas de negociação - ou seja - preparar o profissional para saber oferecer o produto segurança de uma maneira mais moderna e consistente. Tais ensinamentos também seriam muito úteis em cursos oferecidos a muitos dos profissionais já formados.
Tenho especial preocupação com os colegas que chegam agora ao mercado de trabalho. Trazem em si muito boa vontade e uma carga imensa de conhecimentos teóricos - lamentavelmente ministrado algumas vezes pessoas que jamais atuaram no chão de fábrica. Encontram realidades confusas e complexas. Tem sido comum hoje em dia encontrar nos jornais anúncios classificados pedindo técnicos recém formados e por detrás de muitos destes anúncios há uma realidade oculta: a intenção de contratar alguém apenas para fazer frente as necessidades burocráticas sem atentar de forma mais firme para a grave condição de insegurança do chão de fábrica. Precisando do empregado, muitos destes colegas são maldosamente moldados pelas empresas e logo tornam-se auxiliares de todos os assuntos, legando a prevenção a segundo ou terceiro plano. Esquecem no entanto, que a responsabilidade técnica continua sobre seus ombros e muitas vezes apenas lembram disso quando já é tarde demais.
O QUE MATA
Tenho conversado muito com colegas recém formados; Acho de suma importância para a prevenção de acidentes como um todo que tenhamos esta preocupação. Em comum tenho ouvido destas pessoas uma pergunta: - Por onde começar ? A resposta tem sido única: - Por aquilo que mata ! A resposta parece seca e obvia, mas na verdade não é.. Pode soar estranho dizer - comece pelo que mata ! Mas na prática é o caminho correto num pais onde a prevenção de acidentes ainda é descrita em algumas empresas como beneficio.
Neste ponto é importante lembrar algumas coisas. A primeira delas é que toda empresa quer ter uma "imagem" de empresa segura - ate ai nada contra - desde que não fique apenas na imagem. Com isso quero dizer, que algumas empresas tentam transformar o profissional de segurança do trabalho num verdadeiro "Vendedor de Ilusões" . Querem fazer crer que há segurança no local de trabalho apenas enchendo as paredes e quadros de cartazes; realizando as tais "palestras" onde se tenta convencer o trabalhador de que os acidentes ocorrem meramente por sua culpa quando na verdade o local de trabalho e suas condições impróprias são as verdadeiras causas de acidentes. Logo em seguida, impõe ao profissional técnico funções policialescas, transferindo a responsabilidade da prevenção e os conflitos dos supervisores para os ombros do profissional de segurança. Obviamente, o profissional de segurança que tal como todos demais, precisa do emprego, acaba se sujeitando a tais situações - e não deve ser diferente já que se não o fizer outra com certeza o fará. Deve no entanto, zelar para que não perca de vista os objetivos reais de sue trabalho e saber de dentro destas adversidades ir aos poucos buscando seu verdadeiro espaço com muita habilidade e tato. Na verdade, empresas que agem desta forma são "doentes no tocante a prevenção" e precisam muito dos préstimos lúcidos de profissionais prevencionistas
O que mata ? Na verdade tudo mata. Dizem os entendidos que a diferença entre o remédio e o veneno é a dose. Pela prática aprendemos ao longo dos anos que todos os trabalhos merecem ser checados. No entanto, corre contra nós o fator tempo. De nada adiantará um belo e amplo programa de análise de riscos se em meio a tudo isso tivermos um acidente mais grave ou fatal. Com certeza raras são as empresas que teriam tal entendimento - e diante de um fato mais grave - certamente pagaria pelo evento o próprio profissional com seu emprego. Cabe então lançarmos mão do conhecido, ou seja pautar nossos trabalhos iniciais pela experiência geral, pela estatística ou outras fontes que tivermos disponíveis. Em tais fontes fica claro que o que mais mata são as quedas de altura, os choques elétricos e as explosões e incêndios. No que diz respeito as quedas, a própria legislação fornece dados que permitem com um pouco mais de atenção o desenvolvimento de ações capazes de controlar o risco; Estamos diante na verdade da lei da gravidade; No caso da eletricidade, há também boas fontes para consulta e o atendimento a NR especifica diminui bastante a possibilidade de acidentes. Já no caso das explosões e incêndios a questão é mais complicada visto que a possibilidade da ocorrência abrange uma variedade imensa de atividades e ações, que vão desde a simples limpeza de um piso com produtos inflamáveis até o processo industrial mais complexo. Em meio a isso, estão os trabalhos de corte e solda, sem dúvida alguma responsáveis por muitas tragédias ao longo da história, mas que infelizmente até hoje são realizados sem cuidados de segurança.
Sobre este tipo de trabalho, estaremos falando a seguir. Na verdade não temos como esgotar o assunto, mas com certeza estaremos fornecendo alguns caminhos para que se faça um bom trabalho.
CHAMAS ABERTAS E FAGULHAS
O que nas indústrias químicas - por serem conhecedoras dos riscos - é uma constante preocupação - na maioria dos locais de trabalho geralmente é tratado sem maiores cuidados. Na história das explosões - chamas abertas e fagulhas - são uma constante. Neste ponto a questão da ignorância assume uma importância fundamental; Ninguém quer uma explosão, mas raramente as pessoas
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