Paineis - trabalho do I workshop de ciencias dos materias
Por: Giovana Gobatto • 15/4/2016 • Ensaio • 610 Palavras (3 Páginas) • 252 Visualizações
- Sociedade gerando enorme quantidade de resíduos pós-consumo;
- No Brasil presença de grande quantidade de aterros;
- O estudo da reutilização de rejeitos no desenvolvimento de novos materiais/produtos ecologicamente mais corretos;
- A produção de painéis aglomerados de madeira é alternativa para o reaproveitar os diversos tipos de resíduos (construção civil/indústria de alimentos).
Materiais e métodos:
Neste trabalho foram produzidos painéis aglomerados homogêneos em acordo com Nascimento (2003):
- Tratamento 1: 100% de Eucalyptus sp. em sua matriz constituinte;
- Tratamento 2: 50% Eucalyptus sp. e 50% Pinus sp.;
- Tratamento 3: 100% de Pinus sp..
Para a confecção dos painéis foram realizadas 5 tentativas variando temperatura, pressão, tempo de prensagem, quantidade de polipropileno biorientado (BOPP) e de adesivo poliuretano à base de óleo de mamona (PU). A partir dessas tentativas experimentais as amostras foram analisadas e foi feita a determinação do processo de produção dos painéis aglomerados e suas respectivas particularidades. A temperatura, pressão, tempo de prensagem determinados foram os que possibilitaram que as partículas de BOPP se ligassem mais concisamente a madeira e proporcionassem um melhor desempenho mecânico do painel.
Os painéis aglomerados homogêneos finais foram produzidos com partículas variando de 0,6 a 5,5 mm, tanto de BOPP quanto de madeira. Foram utilizados 12% de adesivo (PU) proporção de 1:1 de poliol e prépolímero (Figura 5A), com base no peso de 640 gramas das partículas totais constituintes do colchão matricial do painel, das quais, 20% dessas partículas totais compostas por BOPP (Figura 5B). A temperatura ideal de prensagem encontrada foi de 150°C com pressão de 4,5 MPa por 10 minutos em prensa hidráulica (Figura 5C).
[pic 1]
Figura 1: A) constituintes da resina poliuretana à base de óleo de mamona, B) matriz constituinte do painel, C) prensagem do colchão e D) painéis de Eucalyptus sp., misto e Pinus sp. prontos.
Discussão:
Os valores médios dos ensaios de tração perpendicular às faces foram comparados com os da NBR 14810:2013 devido ao fato de não haver normas especificas para painéis de alta densidade de matriz constituinte mista de madeira e BOPP. Foram comparados também, aos resultados obtidos por outros autores. Naumann et el. (2008) produziram painéis aglomerados de Eucalyptus sp. que foram comparados ao tratamento 1; Del Menezzi, Souza e Gonçalves (1996) produziram painéis aglomerados com 50% Eucalyptus urophylla e 50% de Pinus oocarpa, aqui comparados com o tratamento 2; Iwakiri et al. (2005) produziram painéis com 100% Pinus sp. comparados aos do tratamento 3.[a]
Tabela 1 – Comparação entre os Tratamentos, a norma e a literatura.
Trat.1 | Naumann et el. (2008) | Trat. 2 | Del Menezzi, Souza e Gonçalves (1996) | Trat. 3 | Iwakiri et al. (2005) | NBR 14810:2013 | |
RTP (Mpa) | 0,86 | 0,16 | 1,02 | 0,26 | 1,02 | 1,50 | 0,40 |
Observando a tabela anterior é possivel afirmar que os painéis produzidos a partir de madeira e BOPP apresentaram valores satisfatórios pois, todos os 3 tratamentos aqui expostos superaram o valor exigido pela NBR 14810:2013 de 0,40 Mpa. Além disso, verificou-se que apenas os painéis do Tratamento 3 (1,02 Mpa) não superaram o valor médio apresentado pela literatura ao qual foi comparado (1,50 Mpa). Os Tratamentos 1 e 2 apresentaram valores muito superiores aos da literatura em comparação.
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