Passo a Passo Para Execução do Revestimento de Paredes Internas Com Argamassas Inorgânicas
Por: Jorge Luiz Martins Maciel • 7/1/2022 • Trabalho acadêmico • 746 Palavras (3 Páginas) • 224 Visualizações
Jorge Luiz Martins Maciel 4º INTED
Passo a passo para execução do revestimento de paredes internas com argamassas inorgânicas
Antes da execução do revestimento em si, é de fundamental importância que a base de revestimento esteja nas condições necessárias, isto é, a mesma não pode apresentar irregularidades e deve estar limpa. As bases devem ser regulares para que não hajam problemas relacionados a espessuras diferentes de argamassas em um mesmo local a ser revestido, caso existam falhas, as mesmas devem ser corrigidas seguindo a norma vigente. A limpeza da base também é um ponto bastante relevante, a mesma deve estar limpa de quaisquer produtos ou incrustações que eventualmente possam prejudicar a aderência do revestimento, os procedimentos adequados de limpeza devem ser adotados e executados caso se façam necessários.
O próximo passo é a execução do chapisco, que deve ser aplicado por lançamento em uma base pré-umidecida, com uma argamassa de consistência muito fluída, e após isso, precisa-se de um tempo de cura de no mínimo 72h. Vale salientar que o mesmo não deve ser considerado como uma camada de revestimento, uma vez que é um procedimento de preparação da base, sendo necessário ou não, isso conforme a natureza da base.
Inicia-se o revestimento propriamente dito com o emboço (massa única). Porém, o mesmo começa com a preparação da argamassa, que para revestimentos internos utiliza-se um traço de 1:1:8. Logo depois, aplicam-se taliscas cerâmicas, as quais devem possuir a menor espessura possível, mas com espessura mínima de 1,5 cm. O espaçamento máximo entre taliscas deve ser de 2,00 m, e a planicidade das taliscas é proporcionada com o uso de um prumo de face, já o esquadro entre as paredes através de réguas e esquadro de alumínio. Com a definição do plano de revestimento, inicia-se o preenchimento das faixas, que após a passagem da régua constituirá as mestras (que quando rígidas permitirão o apoio da régua para a execução do sarrafeamento). Em seguida, aplica-se a argamassa, mas é necessário um período de cura de 21 dias, umedecendo-se quando necessário para evitar retração. Findada essa última etapa, aguarda-se 1 ou 2 horas para a realização do corte de reboco, que é feito com o auxílio da régua de alumínio, mas deve-se verificar com a pressão dos dedos se está na hora da realização do processo citado, e então, apoia-se a régua nas taliscas e acompanhando as mestras, o corte é realizado. Por fim, temos o sarrafeamento, que é o acabamento do revestimento, para tal utiliza-se a desempenadeira lisa em movimentos circulares, e sempre que necessário umedecendo a superfície, e então as taliscas deverão ser removidas e os espaços vazios preenchidos.
Existe uma série de critérios e condições que devem ser satisfeitas segundo os requisitos da NBR 13749/2013 para a aceitação do serviço de revestimento, e são eles: espessura, a qual deve ter entre 5 e 20 mm (para paredes internas); um desvio de prumo no final da execução do revestimento que não pode exceder H/900 (H corresponde à altura da parede em metros); nivelamento, o desvio do nível, ao final da execução, não pode ser superior a L/900 (L sendo o comprimento do maior vão do teto); planeza, na verificação da planeza do revestimento, após retirados os grãos de areias soltos, devem-se considerar as irregularidades graduais e as irregularidades abruptas da superfície, além disso, as ondulações não podem ter mais de 3 mm em relação a uma régua de 2 m de comprimento e as irregularidades abruptas não podem superar 2 mm em relação a uma régua de 20 cm de comprimento; aderência, o revestimento deve apresentar uma aderência com a base do revestimento e também entre as camadas constituintes; e por fim, o aspecto visual, onde o revestimento deve apresentar um textura uniforme e sem imperfeições, como cavidades, manchas, fissuras e eflorescência.
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