Passo a Passo - Ponte de Macarrão
Por: Juliana Teixeira • 25/5/2015 • Trabalho acadêmico • 1.134 Palavras (5 Páginas) • 1.126 Visualizações
PASSO I: A SELEÇÃO DOS MATERIAIS
- O macarrão
Assim como exigido no regulamento, o macarrão utilizado foi o espaguete nº 7 da marca Barilla – e foi este também nosso primeiro empecilho, pois tal marca não pode ser encontrada nos três primeiros supermercados nos quais procuramos, a cada vez mais preocupados com o que faríamos se não a encontrássemos de fato.
Vejam bem, não podíamos apenas substitui-la por outra genérica, não apenas por ir contra as normas, mas porque não à que toa competições mundo a fora utilizem esse macarrão: a marca Barilla tem demonstrado maior resistência nos quesitos necessários para a finalidade da ponte de macarrão (quesitos esses que não iremos nos aprofundar nesta atividade por pertencerem a matérias não relacionadas à grade curricular do atual semestre).
A persistência – e a conveniência de um quarto supermercado – nos levou ao sucesso, e já com nossas cinco caixas (cada uma contendo 500g, dando-nos uma agradável margem para tentativa e erro) pudemos seguir com o projeto.
[pic 1]
- A cola
O consenso geral foi pelo uso da cola quente para a maior parte do trabalho. Tivemos a disposição três¹ pistolas para tubos de diâmetro maior e uma para diâmetro menor. Ainda assim foram comprados dois conjuntos de resina do tipo epóxi Araldite (um terceiro viria a ser necessário), para possíveis eventualidades e porque a resina pronta e seca demonstrou ser consideravelmente resistente.
(1) Uma das pistolas foi cerrada para que a parte interior, o tubo metálico que esquenta a cola, fosse retirada e usada como um utilitário à parte na preparação das barras.
- Tesoura
Tipo simples, para corte de papel, aqui usada para cortar os fios de macarrão no tamanho em que precisávamos. Mostrou-se mais útil do que o corte com lâminas por evitar a quebra do fio fora da marcação.
- Luvas de látex
Úteis na aplicação de Araldite, que adere terrivelmente às mãos e não sai apenas com água e sabão.
- Barbante, fio-dental e elásticos
Usados para manter as barras separadas na quantidade de fios adequada e depois unidas na forma desejada até a cola (araldite) secar.
- Papel sulfite A4
Do tipo com gramatura 75g/m², usados para a confecção dos gabaritos.
PASSO II: ESCOLHA DO MODELO DE PONTE
Pesquisas na internet nos levaram a crer que o modelo mais adequado (o que significa com boa resistência, mas razoavelmente fácil de por em prática) seria uma adaptação do modelo de treliça Warren: duas seções laterais formadas por vigas em triângulos isósceles, mas unidas por apenas uma seção superior.
[pic 2]
PASSO III: MEDIDAS
Não houve muita discussão a cerca deste tema (e nos explico novamente lembrando que somos apenas leigos, alunos pouco direcionados à engenharia civil, sem experiência ou supervisão, e tínhamos que buscar sempre a maior viabilidade).
Sabíamos que a ponte deveria superar o vão livre de 1m, com altura máxima de 50cm e largura entre 5 e 20cm. Pois que deveríamos subdividir os fios ao mínimo, formando as dimensões que precisávamos com um mínimo de barras. Pouco daqui foi feito premeditadamente. Tínhamos uma idéia geral, e a colocação de fios de exemplo decidia o fim por si só. Empirismo na sua forma mais pura.
PASSO IV: OS GABARITOS
Após alguns esboços rústicos e fora de escala (para que todos os membros do grupo tivessem uma confirmação visual do que iríamos construir), juntamos folhas de papel sulfite lado a lado de forma a termos uma área de trabalho grande o suficiente para o desenho isométrico da ponte. As marcações foram feitas com os próprios fios de macarrão, que eram então retirados e o traço feito em seu lugar.
O primeiro gabarito feito foi usado como base para a colagem das barras sem que antes fosse feita uma réplica e esse lapso atrapalhou muito a simetria dos lados, além de ter ficado grudado à cola dos nós (onde o excesso escorreu).
Mesmo inexperientes, deveríamos ter previsto tais incidentes. Toda e qualquer diminuição da resistência acarretada foi merecida. Pura idiotice de nossa parte.
PASSO V: COLANDO AS BARRAS
Quem diria quanto escândalo podem fazer alguns garotos munidos de uma pistola de cola quente? A falta de técnica nos custou alguns dias até atingir um ponto em que as barras se mostrassem ao menos sólidas e/ou não se desfizessem com a menor pressão. E isso claro, levou a nossa ponte a conter barras unidas de diversas formas, tendo a cada ocasião uma maneira diferente ter se mostrado mais eficaz.
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