Produção Textual
Pesquisas Acadêmicas: Produção Textual. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: osmiriabarbosa • 11/10/2013 • 1.295 Palavras (6 Páginas) • 310 Visualizações
PRODUÇÃO TEXTUAL
Processo de aquisição da leitura e escrita
É através da leitura que se percebe como se articulam as regras gramaticais e prende novos estilos da escrita. O que se quer dizer é que a criança precisa ler para poder escrever. Se ela lê com dificuldade ou ainda não aprendeu a ler, de pouco lhe adiantam os exercícios escritos já que as palavras que ela escreve não tem correspondente sonoro e, consequentemente, não são compreendidas.
Uma pesquisadora nessa área de estudo que merece destaque é a argentina Emilia Ferreiro que desenvolveu uma teoria que contribui no sentido de buscar alternativas as práticas alfabetizadoras até então deslocadas das crianças, passando a considerá-la o centro de todo o processo educativo. Com isso, modifica-se também o olhar sobre o contexto social da criança sua linguagem e suas maneiras próprias de intervir a língua materna. Ao mesmo tempo, conceitos como imaturidade, prontidão, incapacidade de aprendizagem passa a ser repensadas, uma vez que precisam ser consideradas não isoladamente, mas circunscritos num texto histórico-social do qual a criança faz parte. (PROFA 2002).
As investigações de Ferreiro (1981) demonstram que as idéias das crianças não coincidem com essa pressuposição. Até os 4 anos, elas tentam compreender que tipos de objetos são as letras e os números de nosso sistema de representação convencional. “As grafias,” segundo Ferreiro são consideradas somente como “letras,” e “números,” “a, e, i, o, u,” etc. Para criança dessa faixa etária as “letras” ou os “números” não substituem nada, são aquilo que são, um objeto a mais que como outros no mundo possuem um nome.
Essa maneira de pensar muda mais tarde. As grafias servem para substituir outra coisa, passam a ser “objetos substitutos”, que tem um significado ainda que diferentes do nosso ponto de vista alfabetizados, pois para as crianças as grafias não representam sons. O primeiro tipo de relação consiste em buscar alguma correspondência entre os sinais gráficos e os objetos do mundo. Como os objetos tem nome à relação se estabelece quando para certo conjunto de letras se atribuem o nome do objeto ou imagem que acompanha.
Porém o nome ainda não é representação de uma pauta sonora e sim uma propriedade dos objetos que podem ser representados através da escrita, a atribuição depende muito mais das correspondências que existem na relação com objeto do que das propriedades daquilo que esta escrito. Desta forma um mesmo conjunto de letras significa vaca perto da imagem de uma vaca, sem que se exclua que pode significar também outra coisa se estiver relacionado a outras imagens.
Chega o momento no processo evolutivo que a criança estabelece alguma hipótese entre o som e letras.
A primeira hipótese que aparece é que as letras representam sílabas. A hipótese silábica consiste em atribuir uma silaba a uma letra, a qualquer delas e a correspondência é mais quantitativa que qualitativa. Para um nome trissílabo fazem falta três letras. Mas, no caso de nomes monossílabos ou dissílabos, duas e uma letra são “poucas”. Com poucas letras (menos de três) se vai de encontro a outra hipótese da criança que consiste em exigir uma quantidade mínima para que uma coisa sirva para “ler”. A criança tem muitas idéias sobre a escrita sem que encontremos a tal naturalidade e simplicidade do sistema alfabético.
A relação entre escrita e linguagem não é um dado inicial. A criança não parte dela, mas, chega a ela. Passa de uma correspondência lógica (uma letra para cada sílaba) para uma correspondência mais estável (não mais qualquer letra para qualquer sílaba). A idéia de que a criança é um objeto substitutivo, isto é, tem um significado, está bastante distante da redução a uma simples associação entre fonemas e sons e não depende unicamente de uma representação dos fonemas.
Falar sobre leitura e produção textual na escola nos remete as preocupações constantes na formação dos profissionais desta área e dar atenção especial os questionamentos a partir dos resultados alarmantes nas diferentes avaliações internas e externas como: Prova Brasil entre outras que vão sempre reforçando uma necessidade de rever, a prática pedagógica do professor.
Sendo assim, nos propomos a conhecer e aprofundar nossos conhecimentos nesse tema desafiador. Segundo Lajolo (1982.p.07) “Aprendizagem da criança na escola está fundamentada na leitura”. É sabido, que a maior consequência do processo de descontextualização da linguagem, que permite outros fazeres a interação a distancia com um interlocutor não imediatamente aos nossos sentidos. Entre tanto, esse tipo de interação é vedado à grande parte das crianças, para as quais o texto escrito é inatingível, constituindo-se no maior obstáculo ao sucesso escolar. Dai que é uma questão fundamental para o ensino, ou seja, como ensinar a compreender
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