Projeções

Conceitue e apresente três exemplos de projeções cartográficas que sejam:

a) Conformes
b) Equivalentes
c) Equidistantes
d) Afiláticas

a) As projeções cartográficas conformes representam, sem deformação, todos os ângulos em torno de quaisquer pontos da superfície terrestre e da carta. Em decorrência dessa propriedade, não deformam pequenas regiões. Como exemplo,

- a PROJEÇÃO CÔNICA NORMAL DE LAMBERT (com dois paralelos padrão), analítica e secante, na qual os meridianos são linhas retas convergentes e os paralelos são círculos concêntricos, com centro no ponto de interseção dos meridianos. Uma projeção bastante útil para regiões que se estendem na direção leste-oeste.

[pic 1]Fonte: CEUB/ICPD

- a PROJEÇÃO CILÍNDRICA TRANSVERSA DE MERCATOR (Tangente), analítica e tangente a um meridiano. Nessa, os meridianos e paralelos não são linhas retas, com exceção do meridiano de tangência e do Equador. É utilizada em cartas destinadas à navegação.

- a PROJEÇÃO CILÍNDRICA TRANSVERSA DE MERCATOR (Secante), na qual apenas o Meridiano Central e o Equador são linhas retas. Essa projeção é utilizada no SISTEMA UTM, que se trata de uma modificação da Projeção Cilíndrica Transversa de Mercator, e o sistema utilizado na produção das cartas topográficas do Sistema Cartográfico Nacional, produzidas pelo IBGE e DSG.

[pic 2][pic 3]

Fonte: CEUB/ICPD                                                                                                                                                                               © http://professoradegeografia.blogspot.com

b) As projeções cartográficas equivalentes têm a propriedade de não alterarem as áreas, conservando assim uma relação constante com as suas correspondentes na superfície da Terra. Seja qual for a porção representada num mapa, ela conserva a mesma relação com a área de todo o mapa. Como exemplo,

- a PROJEÇÃO CILÍNDRICA DE GALL-PETERS, na qual as retas perpendiculares aos paralelos e as linhas meridianas têm intervalos menores, que resulta numa reprodução fiel das áreas dos continentes, porém provoca uma maior deformação do formato dos mesmos. Essa projeção dá mais destaque as áreas do sul.

[pic 4] © http://professoradegeografia.blogspot.com

- a PROJEÇÃO CÔNICA DE ALBERS. Nessa, os paralelos não são igualmente espaçados, sendo o espaçamento maior próximo ao paralelo padrão (tangente) e diminuindo próximo às bordas norte e sul.  Também é utilizada em regiões que se estendem no sentido leste-oeste.

[pic 5] Fonte: CEUB/ICPD

- a PROJEÇÃO HOMOLOGRÁFICA DE MOLLWEIDE. É uma projeção apropriada para a representação de toda a Terra. O meridiano central, o Equador e os paralelos são retas. Os meridianos de aproximadamente 90° ao eixo do meridiano central são arcos de círculo, e todos os demais são elipses. Na representação da forma, as regiões longe do centro de projeção são bastante alteradas, contudo na representação de todo o globo essa desvantagem é superada.

[pic 6] Fonte: http://pt.wikipedia.org

c) As projeções cartográficas equidistantes não apresentam deformações lineares para algumas linhas em especial, os comprimentos são representados em escala uniforme, ou seja, mantem-se constantes as relações entre as distâncias dos pontos representados e as distâncias dos seus correspondentes. Como exemplo,

- a PROJEÇÃO AZIMUTAL EQUIDISTANTE, que não preserva a forma dos continentes nem suas dimensões, porém mantém as mesmas distâncias. As maiores deformações estão em suas áreas periféricas. Esse tipo de projeção é utilizada especialmente para definir rotas aéreas ou marítimas.

[pic 7] Fonte: CEUB/ICPD

- a PROJEÇÃO CILÍNDRICA EQUIDISTANTE, na qual é feito um ajuste no espaçamento dos paralelos para que a escala seja mantida em pontos determinados. Tanto os paralelos quanto os meridianos estão separados pela mesma distância. Essa projeção tornou-se um padrão para aplicações informáticas devido a sua correspondência entre pixels e a posição geográfica.

[pic 8] Fonte: CEUB/ICPD

- a PROJEÇÃO EQUIDISTANTE DE MILLER. Criada como alternativa à projeção de Mercator, com o intuito de reduzir a grande variação da escala com a latitude e de permitir que os polos fossem representados. Ainda assim, as distorções dessa projeção são menores nas áreas próximas da linha do equador e aumentam em direção aos polos, alterando os ângulos e a área.