Proteção Radiologica

Fatores que podem influenciar na forma de um espectro de emissão de raios X

O espectro de emissão de raios x pode ser modificado em quantidade e/ou qualidade. Diz-se que, se o espectro de emissão de raios x sofrer modificações no numero de fótons, em cada energia, então houve mudança na qualidade da radiação, ou seja, no poder de penetração do feixe. Por outro lado, se o espectro varia de maneira que sua forma permanece inalterada, isto é, o numero de fótons em cada energia muda pelo mesmo fator, diz-se que houve mudança na quantidade da radiação.

O espectro é modificado pro três fatores: filtração, tensão do tubo e tipo de suprimento de alta tensão. Os dois últimos são os que mais influenciam os fótons de alta energia, que participam mais significativamente na formação da imagem radiográfica. A filtração, que afeta os fótons de baixa energia, não tem grande influencia na imagem gerada e sim na exposição do paciente. Se a energia média do feixe for aumentada por qualquer método, tornando o feixe mais penetrante, a dose total por paciente será reduzida.

Outro fator importante que afeta o espectro continuo e o espectro característico, é o material que compõe a trilha do alvo. No espectro continuo o aumento do numero atômico do material da trilha do alvo aumenta a eficiência da produção de radiação por freamento, aumentando o numero de fótons com maior energia. Considerando o espectro de linhas, átomos co Z mais alto tem energia de ligação da camada K mais elevada o que resulta em raios X característicos com energias mais altas.

Muitos fatores afetam a qualidade de raios-x. Abaixo estão listados os principais fatores. Descreva como os fatores interferem na qualidade dos raios-x.

Tensão de pico (kVp)

Uma boa imagem radiológica depende de todos os elementos envolvidos que são utilizados para produzir uma imagem final. Assim sendo, a qualidade da imagem é altamente importante, pois imagens de baixa qualidade ou que apresentem defeitos podem dificultar a interpretação e, conseqüentemente, provocar diagnósticos equivocados ou inseguros, obrigando a repetição do estudo, causando riscos e gastos desnecessários. Um desses elementos é a seleção dos parâmetros na realização dos exames que é a escolha da tensão (kV), do produto corrente (mA) e o tempo (s). Para essa seleção é necessário que seja feito um cálculo visando encontrar o valor da tensão de pico (kVp) através da expressão:

KVp = (2 x espessura do paciente) + constante.

Filtração Inerente

É um tipo de filtração que ocorre naturalmente desde o ponto onde há a produção do feixe, junto ao ânodo. Sabe-se que o próprio anodo absorve parte dos fótons que são gerados, inclusive sendo a causa do aquecimento. Depois, o vidro que compõe a janela da ampola, o óleo que serve como dissipador de calor produz mais filtração no feixe. O próprio cátodo pode refletir alguns fótons, principalmente os mais energéticos, absorvendo os de baixa energia. A curva de atenuação do conjunto vidro-óleo e demais componentes depende do processo de construção e dos materiais utilizados. Para medirmos a filtração inerente, consideramos o equivalente de alumínio que produziria o mesmo grau de filtração. Ela deve variar entre 0,5 e 1,0 mmAl.

Filtração Adicional

Como o nome sugere, a filtração adicional depende da técnica empregada, ou seja, da tensão aplicada ao tubo. Trata-se de