RESENHA FILME GRAVIDADE

Em Gravidade, conhecemos Ryan Stone, uma renomada doutora que é contratada pela NASA para desenvolver um protótipo. Após passar por apenas 6 meses de treinamento, Dra. Ryan é enviada ao espaço com uma equipe de astronautas para concluir sua missão. De repente, a tripulação é surpreendida por uma chuva de destroços proveniente de satélites abatidos por mísseis russos e a estação espacial em que eles estavam é completamente destruída. Os únicos sobreviventes são a Dra. Stone e o astronauta veterano Matt Kowalsky.

Dra. Stone encontra-se num primeiro momento perdida, à deriva, no meio da imensidão do espaço, até ser resgatada por Matt. O primeiro objetivo deles é rumar até a estação espacial mais próxima e conseguir encontrar uma cápsula que os leve de volta para a Terra, mas as dificuldades são inúmeras: o oxigênio está acabando, o combustível do jetpack de Matt é escasso e a comunicação com o nosso Planeta foi totalmente interrompida em razão da destruição da maioria dos satélites.

Num local inóspito, com uma variação de temperatura absurda, em que viver é impossível, Dra. Stone e Matt terão que encontrar forças onde nem sabiam que existiam para sobreviver e voltar para a casa. Será que eles conseguirão? Vejam e descubram!

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Percebi que Gravidade era um tipo diferente de filme desde os primeiros momentos, em que nos apresentam uma cena linda do Planeta Terra, sem som, enfatizando a imensidão do espaço e a sua brutalidade. Na sequência, vemos outros takes de ação maravilhosos e chocantes, como a chuva de destroços e a destruição e morte dos tripulantes da Explorer, dando seguimento a uma espetacular sequência da Dra. Stone perdida no espaço, rodando no próprio eixo constantemente e respirando desesperada como se o ar fosse acabar.

Como muitas vezes vemos tudo em primeira pessoa, os dramas vividos pelos personagens são muito mais intensos e angustiantes. Me peguei várias vezes tonta, de ver a tela rodar, ou prendendo a respiração, ou nervosa por algo que a Dra. Stone quisesse fazer e não conseguia, e principalmente emocionada, ao final, quando ela se encontra num momento crítico de decisão e reflexão.

As cenas em 3D estão fantásticas. Destaco a chuva de destroços, alguns objetos que voam e vêm de encontro à câmera e, principalmente, as lágrimas da Dra. Stone que chegam a "molhar nossos óculos". Gravidade mistura momentos de puro silêncio e introspecção, com cenas de muita ação, mas alerto, o filme todo é quase um monólogo. Achei isso extremamente ousado, pois é muito difícil prender a atenção do telespectador com um único personagem e em um mesmo ambiente a história toda e, na minha opinião, acho que Gravidade foi muito bem sucedido.

Tiro o chapéu para a interpretação de Sandra Bullock. Fiquei o tempo todo pensando em como deve ter sido incorporar a personagem e gravar as cenas de gravidade zero. Foi interessante o filme ter explorado uma civil, praticamente inexperiente, como sobrevivente no espaço, porque foi possível nos identificarmos ainda mais com ela, que demonstrou diversos medos e inseguranças por não saber ou não lembrar o que deveria fazer em variadas situações.

Ademais, parei para pensar na complexidade que é uma missão espacial, e nos riscos diários