Relatório Compressão do Concreto

Sumário

1.        Introdução        

2.        Objetivos        

3.        Teste de Resistência à compressão        

4.        Ensaio de compressão        

4.1.        Materiais        

4.2.        Método        

5.        Resultados        

6.        Conclusões        

7.        Referências        

 

1. Introdução

Sendo utilizado desde 4000 a.C. o concreto é um dos materiais mais importante na historia do homem, permitindo a execução de grandes projetos de engenharia. Hoje ele é o material mais utilizado na construção civil devido sua notável resistência à compressão e suas características ligantes, além de a sua excelência resistência à água, praticidade no manuseio e fácil obtenção no mercado da construção civil.

O concreto possui três principais propriedades mecânicas, que são resistência à compressão, resistência à tração e módulo de elasticidade. Estas são medidas a partir de ensaios em laboratório que atendem critérios estabelecidos pelas normas técnicas e em condições específicas. De modo geral, os ensaios de concreto são realizados para controle de qualidade e para verificar se ele atende às especificações de projeto.

A resistência característica do concreto à compressão (.), como já mencionado, é uma das principais propriedades do concreto, sendo que a mesma está associada ao tempo de cura do concreto. A cura é a última etapa do processo de produção do concreto a mesma deve ser bem executada, pois quanto maiores os cuidados com a cura do concreto, melhor é o seu desempenho mecânico e a sua resistência aos agentes agressivos do meio ambiente. Essa resistência à compressão do concreto é determinada através de ensaios padronizados de curta duração (carregamento rápido) que seguem alguns regulamentos de projeto definidos previamente. Em geral, os ensaios são realizados na idade padrão de 28 dias, mas por motivos de análise da resistência do concreto, será analisado o comportamento do mesmo para períodos de 7, 21 e 28 dias.[pic 1]

1. Objetivos

Este relatório tem por objetivo promover aos estudantes da disciplina de Resistência dos Materiais I do curso de Engenharia Civil da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), a aquisição de conhecimento sobre a metodologia e a realização de um ensaio padronizado de compressão em um corpo-de-prova de concreto. Além disso, a elaboração deste relatório proporciona uma compreensão dos dados obtidos para uma análise das propriedades do concreto ensaiado.

1. Teste de Resistência à compressão

A resistência mecânica a compressão, é geralmente considerada a propriedade fundamental do concreto, pois ela dá, normalmente, uma indicação geral da qualidade do mesmo. Devido à variedade de fatores que interferem na preparação, transporte, e cura do concreto, sua resistência mecânica apresenta grande variação.

No Brasil, a resistência do concreto à compressão é estudada por meio de ruptura de corpos-de-prova cilíndricos (diâmetro de 15 cm e altura de 30 cm), em ensaios de curta duração realizados em laboratórios. Os corpos-de-prova são moldados de acordo com o método MB 2 (NBR 5738) e rompidos conforme o método MB 3 (NBR 5739).

No que diz respeito a NBR 5738, alguns pontos são destacáveis em relação ao processo de moldação dos corpos-de-prova. Dentre esses tópicos destacam-se:

• Os corpos-de-prova cilíndricos devem ter altura igual ao dobro do diâmetro. O diâmetro deve ser de 10 cm, 15 cm, 20 cm, 25 cm, 30 cm ou 45 cm;

•  A dimensão básica do corpo-de-prova deve ser no mínimo quatro vezes maior que a dimensão nominal máxima do agregado graúdo do concreto;

• Após a moldagem, colocar os moldes sobre uma superfície horizontal rígida, livre de vibrações e de qualquer outro agente que possa perturbar o concreto. Durante as primeiras 24 h (no caso de corpos-de-prova cilíndricos), todos os corpos-de-prova devem ser armazenados em local protegido de intempéries, sendo adequadamente cobertos com material não reativo e não absorvente, com o objetivo de evitar perda de água do concreto.
• Até a idade de ensaio, os corpos-de-prova devem ser mantida em processo de cura úmida ou saturada, nas condições preconizadas. A cura deve ser dita úmida quando a superfície do corpo-de-prova for mantida permanentemente úmida. A cura deve ser dita saturada quando o corpo-de-prova for mantido permanentemente imerso em água saturada de cal.

Em relação a NBR 5739, alguns pontos são destacáveis no que diz respeito ao processo de rompimento dos corpos-de-prova. Dentre esses tópicos destacam-se:

• Determinar o diâmetro utilizado para o cálculo da área da seção transversal com exatidão de ± 0,1 mm, pela média de dois diâmetros, medidos ortogonalmente na metade da altura do corpo-de-prova;
• A carga de ensaio deve ser aplicada continuamente e sem choques, com velocidade de carregamento de 0,3 MPa/s a 0,8 MPa/s. Nenhum ajuste deve ser efetuado nos controles da máquina, quando o corpo-de-prova estiver deformando rapidamente ao se aproximar de sua ruptura.
• Os corpos-de-prova devem ser rompidos à compressão em uma dada idade especificada, com as tolerâncias de tempo descritas na tabela 1. 

Tabela 1 - Tolerância para idade de ensaio

Ref.: NBR 5739, 2007.

Idade de ensaio	Tolerância permitida (h)
24 h	0,5
3 d	2,0
7 d	6,0
28 d	24,0
63 d	36,0
91 d	48,0
NOTA: Para outras idades de ensaio, a tolerância deve ser obtida por interpolação.

As propriedades do concreto em uma idade t dependem do tipo de cimento e das condições de cura (temperatura e umidade). De acordo com o CEB/90, para uma temperatura média de 20ºC, a resistência média à compressão do concreto em uma idade t dias, , pode ser obtida pela expressão;[pic 2]