Reuso de aguas cinzas em edificações

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE TECNOLOGIA E GOECIÊNCIAS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

HÉRIS LEONEL DA SILVA LEITE

TÚLIO HENRIQUE NASCIMENTO SARAIVA DE MEDEIROS

SISTEMA DE REUSO DE ÁGUAS CINZAS E DIMENSIONAMENTO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO EM EDIFICAÇÕES

Recife, fevereiro de 2015

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE TECNOLOGIA E GOECIÊNCIAS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

HÉRIS LEONEL DA SILVA LEITE

TÚLIO HENRIQUE NASCIMENTO SARAIVA DE MEDEIROS

SISTEMA DE REUSO DE ÁGUAS CINZAS E DIMENSIONAMENTO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO EM EDIFICAÇÕES

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro de Tecnologia e Geociências da Universidade Federal de Pernambuco sob orientação da Professora Simone como requisito para aprovação na disciplina Trabalho de Conclusão de Curso 1.

Recife, fevereiro de 2015

SUMÁRIO

1        INTRODUÇÃO        3

2        OBJETIVOS        5

2.1        Objetivo principal        5

2.2        Objetivo secundário        5

3        REVISÃO BIBLIOGRÁFICA        6

3.1        Disponibilidade de água potável no mundo        6

3.2        Disponibilidade hídrica no Brasil        9

3.3        Demanda hídrica no Brasil        10

3.4        reuso de água        13

3.5        Reuso de águas cinzas        15

4        MATERIAIS E MÉTODOS        

18

4.3        Métodos        18

4.2        Metodologia de trabalho        18

5        CRONOGRMA        20

1. Introdução

Um dos maiores desafios desse século é equacionar oferta e demanda do bem indispensável à vida humana, a água, mesmo compondo 75% da superfície do planeta, 97% desse total é de água salgada localizada nos oceanos. Restando apenas 3% de agua própria para o consumo dos quais menos de 1% corresponde às aguas doces da superfície e subterrâneas utilizadas para o abastecimento das populações.

O consumo dos recursos hídricos tem sido intensificado com o aumento populacional devido, principalmente, a melhoria na qualidade de vida nos países subdesenvolvidos e o desenvolvimento econômico das nações. E consequentemente fatores como o desperdício, a poluição de fontes e o impacto  das mudanças climáticas no ciclo hidrológico (estiagem) acabam por reduzir a quantidade e a qualidade de água ofertada à humanidade.

Tais condições, relacionadas às ações do homem, podem comprometer o atendimento das demandas de consumo deste bem indispensável a continuação da vida em nosso planeta, seja ela no âmbito urbano, agrícola ou industrial. Afetando o desenvolvimento econômico de uma região e a qualidade de vida da população.

Por muito tempo as medidas adotadas para solucionar a procura crescente por fontes hídricas foram focadas na oferta. Observou-se que a construção de novas fontes de abastecimento, exploração de aquíferos e expansões de sistemas não são sustentáveis e nem a maneira mais correta de equilibrar o problema. Além de causar danos ao meio ambiente não conscientizam a população a reduzir o desperdício e racionalizar o consumo.

O uso sustentável da água, por meio de ações de conservação da disponibilidade hídrica, pode ser obtido com medidas de redução da demanda. Para a UNESCO (2006), o gerenciamento pelo lado da demanda é a abordagem mais eficiente e moderna, pois considera redução do uso excessivo, programas de conservação e de reuso da água, entre outros. É importante lembrar que o ciclo urbano da água, considerando o enfoque tradicional, inicia-se nas fontes de suprimento (superficial ou subterrânea) e termina com a emissão da água em forma de esgoto.  

           

O atendimento destes objetivos só será possível através de um amplo esforço do poder público, dos usuários e da comunidade através de uma gestão participativa. É necessário promover uma divulgação sobre a importância da conservação da água e consumo conscientes, maximizando a produtividade da água disponível, tanto nos processos produtivos quanto nos padrões de consumo da população.

         

Em meio a todo esse contexto surge uma carência por soluções eficazes, visando atender essa necessidade surgiram estudos que revelam novas formas de reaproveitamento com alternativas interessantes de uso mais consciente da água. A captação de água da chuva e o reuso de águas cinzas, por exemplo, mostram resultados satisfatórios para substituição de parte da água potável utilizada em edificações destinadas a fins menos nobres tais como lavagens de pisos, calçadas, garagens, carros, descargas de banheiros, regas de jardins, entre outros.

São denominados de “águas cinzas” os efluentes originadas pelos lavatórios, banheiras, chuveiros e máquinas de lavar que correspondem entre 50 e 80% do total de água que vai para o esgoto. O reuso das águas cinzas se mostra uma boa alternativa para fins menos nobres que demandam águas não potáveis. (ANAMMA/Associação Nacional de órgãos municipais de meio ambiente). Estas águas são ricas em sabões, sólidos suspensos e matéria orgânica e podem possuir pequenas quantidades de bactérias.

Este trabalho abordará o sistema de reuso de águas cinzas bem como o dimensionamento de uma Estação de Tratamento de Esgoto em um edifício residencial destinada para este fim, com a finalidade de subsidiar a redução do consumo de água e de buscar a sustentabilidade hídrica pelo seu uso racional e produtivo. Serão apresentados dados que compravam a funcionalidade do sistema e seus resultados satisfatórios.