SISTEMA GALILEO
Por: Adriano Freire • 21/9/2015 • Trabalho acadêmico • 4.881 Palavras (20 Páginas) • 223 Visualizações
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
FACULDADE DE ENGENHARIA
Topografia Aplicada à Engenharia I[pic 2]
SISTEMA GALILEO
Rio de Janeiro, 3 de julho de 2015
SUMÁRIO
1 – INTRODUÇÃO ------------------------------------------------------------------------------------------ 2
2 - CONTEXTO HISTÓRICO ------------------------------------------------------------------------------- 4
3 – FUNCIONAMENTO ----------------------------------------------------------------------------------- 6
3.1 – Trilateração -------------------------------------------------------------------------------- 9
4 - COMPARAÇÃO ENTRE OS SISTEMAS GNSS ---------------------------------------------------- 10
4.1 - Vantagens do Sistema Galileo -------------------------------------------------------- 11
5 - SERVIÇOS OFERECIDOS ----------------------------------------------------------------------------- 13
5.1 - Open Service ------------------------------------------------------------------------------ 13
5.2 - Commercial Service --------------------------------------------------------------------- 13
5.3 - Public Regulated Service --------------------------------------------------------------- 13
5.4 - Safety of Life Service -------------------------------------------------------------------- 13
5.5 - Search and Rescue ----------------------------------------------------------------------- 14
6 - APLICAÇÕES DO SISTEMA GALILEO NA ENGENHARIA CIVIL ------------------------------- 15
6.1 - Locação de obras ------------------------------------------------------------------------ 15
6.1.1 - Vulnerabilidades do processo -------------------------------------------- 17
6.1.2 – Custo --------------------------------------------------------------------------- 18
6.2 - Monitoramento dinâmico de estruturas através da determinação
de deslocamentos espaciais ----------------------------------------------------------------- 18
6.2.1 - Monitoramento da oscilação de torres e arranha-céus ------------ 19
6.2.2 - Monitoramento do movimento de pontes suspensas -------------- 21
7 – CONCLUSÃO ------------------------------------------------------------------------------------------ 23
8 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ------------------------------------------------------------------- 24
1 - INTRODUÇÃO
O Galileo é o sistema de navegação global por satélite da Europa, que oferece uma garantia de serviço de posicionamento global altamente preciso sob controle civil. É interoperável com GPS (Sistema americano), Glonass (Sistema Russo) e Compass (Sistema Chinês). Essa função oferece aos aparelhos a liberdade de utilizar o sistema que apresentar as melhores condições de aplicação para o local. O sistema também apresenta relógicos atômicos muito precisos, o que possibilita a determinação de informações precisas de posicionamento e distância em tempo real, disponibilizando aos usuários informações a respeito de qualquer falha no satélite. Essa característica garante a viabilidade do sistema e o torna recomendável para diversas aplicações como guiar carros, trens, e até mesmo auxiliar na aterrissagem de aviões.
[pic 3]
Logomarca do Sistema Galileo.
Fonte: http://ec.europa.eu/enterprise/policies/satnav/galileo/
O Galileo é um sistema importante para toda a Europa, pois, segundo a Comissão Europeia, há a estimativa de que entre 6 e 7% do PIB europeu - em torno de 800 bilhões em valor - dependem de navegação por satélite. Como o uso da navegação por satélite se espalha a cada dia, as implicações de uma possível falha de sinal serão ainda maiores, colocando em risco não só o bom funcionamento dos sistemas de transportes, mas também a segurança humana.
Foi em 1990 que a União Europeia viu a necessidade de a Europa ter seu próprio sistema de navegação global por satélite, pois a dependência da Europa na utilização de sistemas desenvolvidos com cunho militar e com grande poder político, poderia por em risco toda sua população e sua economia em casos de desentendimentos futuros.
A decisão de construir um sistema de navegação próprio foi feita por motivações semelhantes às decisões na década de 1970 para embarcar em outros esforços europeus bem conhecidos, tais como o Lançador Ariane, o lançador europeu desenvolvido pela EADS e a ESA, localizado no Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa e Grupo Airbus, que é uma corporação europeia que desenvolve diversos tipos de aeronaves, dos aviões civis e militares até mísseis e foguetes espaciais.
O nome para o sistema de navegação GNSS europeu foi escolhido em referência e homenagem ao físico, matemático, engenheiro, astrônomo e filósofo italiano Galileo Galilei (1564-1642).
[pic 4]
“Galileo ante a inquisição”. Pintura de Cristiano Banti, 1857.
Fonte: http://vitruvio.imss.fi.it/foto/galileopalazzostrozzi/41545_450.jpg
2 - CONTEXTO HISTÓRICO
Em 1994, o Conselho Europeu (EC – European Council) pediu à Comissão Europeia que tomasse as iniciativas necessárias para o desenvolvimento de um sistema de navegação.
A Europa previa uma abordagem em duas etapas: a primeira visava uma expansão nos sistemas existentes (GPS e GLONASS), que acabou resultando no desenvolvimento e implantação do EGNOS (European Geostationary Navigation Overlay Service), um sistema de navegação completo europeu, com 3 satélites responsáveis pela ampliação do sistema de navegação por satélite do GPS na Europa e a adequação da sua aplicação em casos críticos de segurança tais como voar aviões ou navios navegando através de canais estreitos. Ele permite aos usuários europeus a determinação de posição dentro de 1,5 metros.
Na segunda etapa, era necessário iniciar e apoiar o trabalho preparatório para o design e organização de um sistema de posicionamento global para uso civil. A fase de definição ocorreu durante os anos de 1999 a 2002, na qual se cuidou dos requisitos iniciais e da arquitetura do sistema.
Em seguida, com a aprovação da continuidade do Galileo em março de 2003, teve início a fase de desenvolvimento do sistema.
Inicialmente, foram lançados dois satélites Galileo: o GIOVE A (2005), que transmitiu os primeiros sinais do sistema em janeiro de 2006 e o GIOVE B (2008), ambos utilizados para testar a tecnologia e proteger as frequências atribuídas ao Galileo.
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