SPT (Standard Penetration Test)
Por: paulomalta • 10/5/2015 • Artigo • 1.011 Palavras (5 Páginas) • 426 Visualizações
SPT (Standard Penetration Test)
De acordo com SCHNAID (2000) pode-se dizer que o ensaio constitui-se em uma medida de resistência dinâmica conjugada a uma sondagem de simples reconhecimento, onde o processo de ensaio SPT (Standard Penetration Test) assemelha-se a um modelo de uma estaca cravada por impacto.
A perfuração é realizada por tradagem e circulação de água utilizando-se um trépano de lavagem como ferramenta de escavação. Amostras representativas do solo são coletadas a cada metro de profundidade por meio de amostrador–padrão de diâmetro externo de 50 mm.
O ensaio de penetração consistirá na cravação do barrilete-amostrador no fundo de uma escavação (revestida ou não) através do impacto de um martelo de 65kg, caindo livremente de uma altura de 75 cm sobre a composição de hastes. Cada queda do martelo corresponderá a um golpe e serão aplicados tantos golpes quantos forem necessários à cravação de 45 cm do amostrador, a menos das exigências de Norma para interrupção face a constatação de impenetrabilidade. Deverá ser anotado o número de golpes e a penetração em cm para a cravação de cada 15 cm do barrilete até um total de 45 cm, sendo que o valor da resistência a penetração NSPT consistirá no número de golpes necessários à cravação dos 30 cm finais do barrilete-amostrador.
As vantagens deste ensaio com relação aos demais são: simplicidade do equipamento, baixo custo e obtenção de um valor numérico de ensaio que pode ser relacionado com regras empíricas de projeto (SCHNAID, 2000).
A resistência à penetração é um índice intensamente empregado em projetos de fundação. A escolha do tipo de fundação para prédios comuns, de 3 a 30 pavimentos, e as definições de projeto, como tipo e comprimento de estacas, etc, são costumeiramente baseadas só nos resultados de sondagens (identificação visual e NSPT), analisadas de acordo com a experiência regional e o conhecimento geológico do local (PINTO, 2002).
Por ser feito no campo sem a supervisão permanente de engenheiro e por depender de diversos detalhes de operação como, por exemplo, a livre queda do martelo, a folga do tubo de revestimento no fundo ou a limpeza prévia do furo, os resultados podem apresentar discrepâncias muito acentuadas. O projetista deve ter sempre uma especial atenção com relação à qualidade das sondagens (PINTO, 2002).
Sistema de Classificação NBR 7250/82 (Schnaid, 2000)
Classificação de solos (NBR 7250/82) | ||
Solo | Índice de resistência à penetração | Designação |
Areia e Silte arenoso | < 4 | Fofa |
5-8 | Pouco compacta | |
9-18 | Medianamente compacta | |
19-40 | Compacta | |
> 40 | Muito compacta | |
Argila e Silte argiloso | < 2 | Muito mole |
3-5 | Mole | |
6-10 | Média | |
11-19 | Rija | |
> 19 | Dura |
RANZINI (1988) propôs uma pequena modificação no procedimento normal do ensaio de penetração dinâmica SPT para a obtenção de um valor de atrito lateral. Na verdade, não seria bem uma modificação, mas sim um pequeno prosseguimento do ensaio após seu término, não alterando em nada o procedimento para a obtenção do índice de resistência à penetração NSPT. A medida do torque é considerada estática, sendo que é medido logo após um carregamento dinâmico para a obtenção do NSPT (PEIXOTO, 2001).
De acordo com PEIXOTO (2001) depois do final da cravação do amostrador, para facilitar sua retirada, o operador costuma aplicar uma torção à haste com uma ferramenta (chave de grifo, por exemplo). Segundo Ranzini, em lugar da chave, o operador utilizaria um torquímetro, que forneceria a medida do momento de torção máximo necessário à rotação do amostrador, ou seja, do torque máximo (Tmáx) necessário para romper a adesão entre o solo e o amostrador, permitindo a obtenção do atrito lateral amostrador – solo. Através da adesão – atrito lateral estimado desenvolvida na interface solo-amostrador pode-se por exemplo avaliar a tensão lateral em estacas. RANZINI (1994) sugere a seguinte expressão para o cálculo da mesma:
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