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Por:   •  26/9/2014  •  1.233 Palavras (5 Páginas)  •  226 Visualizações

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A Divisão do Trabalho em Adam Smith

10/03/2010

Adam Smith, nos três primeiros capítulos de sua obra “A riqueza das nações”, apresenta uma série de argumentos que corroboram para a idéia de que o aprimoramento da produção é resultado direto da divisão do trabalho.

Segundo Smith, o grau de evolução de cada país pode, normalmente, ser medido pela diferenciação e divisão do trabalho. A produção individual – que se desenvolve do começo ao fim de um determinado produto – é entendida como uma forma primitiva de trabalho, o exemplo principal é o artesão. Por outro lado, em oposição, as manufaturas em que cada trabalhador responde apenas por uma tarefa específica na produção, são vistas como em estágio desenvolvido.

Smith afirma que “a divisão do trabalho, reduzindo a atividade de cada pessoa a alguma operação simples e fazendo dela o único emprego de sua vida, necessariamente aumenta muito a destreza do operário.” Além disso, os trabalhadores não perderiam tempo passando de uma atividade a outra – sua cabeça estaria voltada unicamente para aquela simples atividade a ele atribuída. Movimento que, inclusive, aumenta as chances de o operário realizar mais rapidamente a tarefa, além de pensar em possíveis soluções como a invenção e o aprimoramento de máquinas, que facilitariam seu trabalho.

Na visão de Adam Smith, a divisão do trabalho – em todas as áreas da produção, leva a riqueza universal às camadas mais baixas da população. O princípio da mais valia seria também aplicado à produção do trabalhador, o que invariavelmente levaria a uma dinâmica da economia:

“Cada trabalhador tem para vender uma grande quantidade de seu próprio trabalho, além daquela que ele mesmo necessita; e pelo fato de todos os outros trabalhadores estarem exatamente na mesma situação, pode ele trocar grande parte de seus próprios bens por uma grande quantidade, ou – o que é a mesma coisa – pelo preço de grande quantidade de bens desses outros. Fornece-lhes em abundância aquilo de que carecem, e estes, por sua vez, com a mesma abundância, lhe fornecem aquilo de que ele necessita; assim é que em todas as camadas da sociedade se difunde uma abundância geral de bens”.

A questão é colocada em nível universal quando Smith afirma que “sem a ajuda e cooperação de muitos milhares não seria possível prover às necessidades, nem mesmo de uma pessoa de classe mais baixa de um país civilizado” . O contraponto é que a divisão do trabalho pode não ser importante para muitos reis da África, que são “senhores absolutos das vidas e das liberdades de 10 mil selvagens nus” , pois certamente as necessidades desses reis não seriam maiores do que a de um camponês europeu. Entretanto não há dúvidas de que assim que sentidos os benefícios da divisão do trabalho, não pode haver caminho de volta, pois, para Smith, este não é o sentido do desenvolvimento.

A origem da divisão do trabalho estaria na tendência do homem – apresentada de certa forma como natural – de permutar, intercambiar e trocar uma coisa pela outra. Além disso, a diferença de talentos – expressa na produção – seria efetivamente útil ao homem – pois qualquer um pode comprar qualquer parcela da produção de outro talento, de acordo com suas necessidades.

Outra questão importante é a extensão da divisão do trabalho, que nunca irá ultrapassar o poder de troca – pois, efetivamente, a produção não deve ser maior do que a demanda – ou não haverá estímulo a produzir, já que será impossível permutar toda a produção. Justamente por isso a extensão do mercado deve ser proporcional à riqueza e a reduzida densidade demográfica da região. Logo, o sentido é que o mercado do mundo todo seja aberto à produção.

Bibliografia: http://faceaovento.com/2010/03/10/a-divisao-do-trabalho-em-adam-smith/

BULINISMO

É a designação dada ao sistema monetário em que o papel-moeda é livremente conversível em metal e deve estar integralmente garantido por um encaixe metálico. O nome vem de bullion, que em inglês significa lingote ou barra de ouro ou prata. O mercantilismo espanhol foi caracterizado como bulionista por apoiar-se no grande fluxo de ouro e prata proveniente das colônias na América. O bulionismo foi uma concepção monetária muito apreciada durante o século XIX, e também muito combatida antes, principalmente por Petty, Quesnay e Adam Smith.

A teoria sobre valor de Adam Smith

A teoria sobre valor de Adam

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