Sistema Modular
Pesquisas Acadêmicas: Sistema Modular. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: renatinha12345 • 12/2/2015 • 1.748 Palavras (7 Páginas) • 351 Visualizações
Resumo
No ambiente de consórcio modular, os parceiros são responsáveis pela execução das operações ao longo da linha de montagem. Desta forma cada parceiro deve também especificar os processos, ferramentas e controles utilizados.
O sistema de planejamento de processo deve garantir informações precisas e padronizadas sobre o fluxo de produção, operações a serem executadas, ferramentas e peças utilizadas, os controles necessários e informações visuais da operação a ser realizada, que podem ser fotos ou desenhos em uma base de dados única e acessível por todos os parceiros.
Introdução
A competitividade cada vez mais acirrada e globalizada tem forçado as empresas a desenvolver produtos com maior qualidade em um menor tempo. Para isto, elas passaram a utilizar tecnologia de ponta na manufatura de seus produtos, que envolve desde a concepção do produto até sua efetiva produção.
As ferramentas mais conhecidas e utilizadas são CAE, CAD, CAM e sistemas PDM. Existe uma lacuna entre o CAD e o CAM, que é a geração de planos de processo (ou roteiros de fabricação, planos de fabricação, entre outras denominações). O plano de processo é vital para uma série de departamentos da empresa, e a atividade de confeccioná-lo e mantê-lo atualizado é um gargalo em muitas empresas.
Os planos de fabricação envolvem em muitos casos o conceito de consórcio modular. Neste conceito diversos parceiros interagem de forma a executarem todas as operações necessárias para a montagem de um produto. Como as operações de montagem e controles serão executadas por empresas diferentes, com culturas diferentes, torna-se necessário padronizar a especificação dos processos de fabricação.
Sistemas Modulares de Manufatura
Em modelos modulares a questão fundamental é a coordenação entre empresas compradoras e fornecedoras, pois em seu conceito os parceiros trabalham dentro da planta da montadora, nos seus respectivos módulos. É de responsabilidade do parceiro a montagem do módulo e a conexão deste módulo na linha de montagem final. Cada parceiro deve prover recursos materiais, peças e subconjuntos necessários na montagem, e os recursos humanos que atendam às necessidades e aos objetivos de qualidade estabelecidos pela montadora.
A montadora é responsável pelo planejamento do produto, marketing, vendas e pós-vendas, desenvolvimento do produto e pela liberação final do produto e aprovação do planejamento de sistemas de qualidade de cada módulo e da fábrica como um todo.
Como principais vantagens, o consórcio modular permite a redução nos custos de produção e investimentos. Diminui ainda os estoques e o tempo de produção, aumentando a eficiência e produtividade, além de tornar mais flexível a montagem.
A integração dos parceiros no processo produtivo permite o entendimento das implicações de seus serviços no produto final, contribuindo com soluções para a melhoria da produtividade, redução de custos e aumento da qualidade.
O modelo modular então vai adiante da mera terceirização, delegando a fornecedores a responsabilidade pela engenharia e produção de sub-montagens internas. Fornecedores projetam um módulo, fazendo algumas de suas centenas de peça e terceirizando outras. Eles estabelecem operações próximas ou mesmo dentro da operação da montadora e entregam módulos de forma correta para montagem do produto final, onde funcionários da empresa montadora ou do próprio fornecedor de módulos “parafusam-nos” formando o produto final.
As relações entre comprador e fornecedor, nesse modelo, passam a apresentar as seguintes características:
- o alargamento da duração dos acordos entre firmas;
- uma nova repartição de tarefas entre os contratantes e fornecedores;
- intensificação de intercâmbio de informações tecnológicas e mercadológicas entre os agentes;
- uma redução do numero dos fornecedores diretos;
- intensificação de praticas mais cooperativas e mais interativas.
Esta relação tem significado para o setor uma “cadeia totalmente integrada”. A montadora e os seus fornecedores trabalham conjuntamente no desenvolvimento dos produtos, na determinação dos preços (target) e no estabelecimento das suas taxas de redução. Assim, passam a ser observados novos arranjos produtivos que atribuem maior importância a proximidade e o surgimento de condomínios industriais e consórcios modulares.
Condomínio industrial é uma configuração em que alguns fornecedores, escolhidos pela montadora, estabelecem suas instalações nos arredores da planta da montadora e passam a fornecer componentes ou subconjuntos completos. Este sistema é vantajoso principalmente para aqueles componentes de alto custo logístico. Entre tanto, a opção pelo fornecimento em subconjuntos enseja a utilização do sistema just-in-sequence (just-in-sequence é uma variação do sistema just-in-time em que as entregas ocorrerem não somente no momento correto, mas também na seqüência correta determinada pelo programa de produção).
Consórcio modular é uma forma extrema de condomínio industrial em que os fornecedores de subconjuntos se localizam no terreno da montadora. O consorcio modular foi criado com o objetivo de transmitir aos fornecedores a responsabilidade pela montagem na linha de produção de todos os componentes dos produtos, conseguindo assim uma redução nos custos e estoques. Não há funcionários da montadora na linha de montagem e os investimentos neste setor são compartilhados entre montadora e fornecedores (modulistas). Neste caso, modulistas e montadora convivem numa mesma planta.
Conforme apresentado acima, a proximidade das instalações dos fornecedores é fundamental, pois, reduz os custos logísticos e permite melhor gestão dos custos de estoques e de capital de giro por parte das montadoras e das indústrias de autopeças. Como os fornecedores de primeira linha tendem a entregar subconjuntos e não mais componentes isolados, a importância da proximidade é ainda maior, inclusive para fornecedores cujo componente originalmente fabricado não possui altos custos de transporte.
Além disso, a introdução da lógica just-in-time (entre montadoras e
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