Tabela Eng

Centro Universitário São Camilo – Espírito Santo

Engenharia Civil

Disciplina de Termodinâmica

Professor Gustavo Tosta Nicoli

Conforto Térmico

3° período

Cássio Rigo Altoé, 207609

Cleber Jefte Rocha Rovetta, 205680

Neyton Biller de Souza, 206302

Verônica Bastos Sabadini,

Cachoeiro de Itapemirim – ES

2014

1- Introdução

Atualmente um dos grandes impactos que afeta todo o mundo é o aquecimento global, que gera vários efeitos a vida humana, principalmente pelo maior índice de ocorrências extremas de calor e de frio que nos atinge durante o ano.

Devido a esse é outros problemas é sempre preciso fazer um planejamento ideal quando for realizar uma obra, dando sempre atenção ao conforto térmico que ela irá proporcionar as pessoas. Esse conforto pode ser caracterizado como um local onde haja satisfação interior, sem o uso de pouca nem muita roupa.

A NBR15220 determina as características construtivas necessárias para garantir o bom desempenho térmico das habitações nos diferentes climas brasileiros. Estes parâmetros apresentam valores mínimos com caráter obrigatório, de forma a garantir o bom desempenho das habitações em relação ao conforto térmico. Mas apesar disso, a norma não se restringe apenas ao conforto térmico, mas também apresenta recomendações para o conforto visual, em relação à iluminação natural e artificial, o desempenho acústico dos materiais de vedação, a qualidade do ar, funcionalidade e acessibilidade (André, 2014).

Nesse trabalho serão discutidas algumas ideias de como deve ser planejado um ambiente civil para que ele transmita um conforto térmico buscando atingir a forma mais ideal possível.

2- Desenvolvimento

De acordo com Thomazoni (Acesso em 28 de jun. 2014) para garantir um conforto térmico é necessário que a residência seja fresca no verão e quente no inverno, ventilada e iluminada naturalmente, proporcionando também economia e sustentabilidade ao ambiente. Para esse conforto sem o uso de ar condicionado ou outros aparelhos eletrônicos e necessário que o projeto seja feito levando em conta alguns fatores que trazem influencia térmica ao ambiente, onde se destacam os seguintes fatores:

• As características dos materiais das fachadas externas;

• A cor utilizada nas fachadas externas;

• A orientação solar;

• A forma e a altura da edificação;

• A orientação e o tamanho das vedações transparentes;

• As características do entorno da edificação;

• A orientação em relação a ventilação;

• O desempenho das aberturas, quanto às possibilidades de iluminação natural, bem como suas devidas proteções à insolação inadequada;

• A localização estratégica dos condicionadores de ar artificiais.

Para as fachadas, uma alternativa interessante são as fachadas ventiladas com revestimento cerâmico, sistema que já é consolidado nos Estados Unidos, Europa e Ásia. Elas possuem juntas abertas entre as placas, cerca de 8 mm, que criam uma lâmina de ar entre as cavidades. O espaço entre a parede da edificação e o revestimento externo, que varia entre 8 e 12 cm de largura, faz com que o fluxo de ar seja sempre renovado entre os dois planos. O ar entra, esquenta, e sai por cima (Revista Habitare, 2011). Na figura abaixo é possível observar um edifício usando essa fachada.

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Fonte: Revista Habitare, 2011.

Para as cores das fachadas a Ecowise (2014) informa que as cores utilizadas nas fachadas e nas coberturas também influenciam o conforto térmico. Embora já existam tintas absorventes e refletoras de todas as cores, as cores claras não absorvem tanto o calor como as cores escuras. Com efeito, enquanto uma fachada branca pode absorver só 25% da energia do sol, a mesma fachada, pintada com cor preta, pode absorver a energia do sol em 90%. Dessa forma, como em nosso pais se concentra um clima tropical é aconselhável o uso de cores mais claras.

A orientação solar deve ser aproveitada como forma de energia. Por isso o engenheiro/arquiteto deve posicionar a casa para aproveitar o Sol para aquecer o ambiente no inverno e para se proteger de sua radiação no verão. Na figura abaixo fica fácil entender como funciona essa projeção.

Fonte: Thomazoni (Acesso em 28 de jun. 2014).

Romano (2013) confirma que com o posicionamento certo da edificação, a localização das janelas e entradas de ar é possível utilizar as brisas e a vegetação como aliadas, proporcionando vantagens naturais.

Também é importante analisar o tamanho das janelas e sua abertura, quanto maiores as janelas, mais claros e ensolarados ficarão os ambientes internos. No Brasil, geralmente os caixilhos (esquadria da janela) são de más qualidade, com isso os vento entra dentro de casa mesmo com a janela fechada. Nos países em que o inverno é rigoroso, é comum encontrar caixilhos pesados e com vidros duplos ou triplos, cujo isolamento é perfeito. Por isso a melhor dica é analisar a característica do local e na hora de comprar a janela observa o acabamento, o encaixe entre as peças, e certifica que o isolamento é adequado. Uma prática bastante eficiente para manter a temperatura da sua casa agradável é ficar atento para a temperatura no interior e no exterior. Durante o dia, é normal a temperatura externa ser maior que a interna. Assim, deve-se abrir as janelas, levantar as cortinas, deixar o sol e o ar quente entrar (se estiver muito frio, mas ensolarado, deixe apenas o sol entrar). A casa será aquecida mais rapidamente.