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Por:   •  22/3/2016  •  Relatório de pesquisa  •  1.280 Palavras (6 Páginas)  •  242 Visualizações

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FACULDADE DE HORIZONTINA – FAHOR

CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

Disciplina: Administração da Produção

Professor: Paulo Klafke

Aula 9

37. Estoques 

Pressupostos e Limitações do sistema de ponto de reposição e lote econômico

O sistema de ponto de reposição e lote econômico tem seu uso bastante disseminado, e possui uma conotação analítica favorável, mas exige alguns pressupostos bem determinados, para que reproduza com um mínimo de fidelidade a realidade modelada. Os principais pressupostos são:

  • Constância da demanda: este condição as vezes é plausível de ser assumida, mas nem sempre. Se a demanda não for constante, não podemos assumir o estoque médio como sendo o lote dividido por dois, o que torna a não totalmente correta a determinação do “lote econômico”, onde o custo é minimizado. Uma das situações que melhor ilustram esta quebra de constância da demanda, é o problema que trata dos estoques de itens componentes (semi-acabados, componentes e matéria-prima).
  • Possibilidade de determinação de custos unitários envolvidos – custos unitários de armazenagem e custos unitários de fazer um pedido. Esta determinação nem sempre é simples ou possível. Por exemplo, se pagamos um valor fixo pelo espaço total de armazenagem, independente da quantidade estocada, a hipótese de linearidade (de que pagamos proporcionalmente a quantia de produto armazenada) não será verdadeira. Quando a parcela referente ao espaço é relevante, este desvio pode levar a erros na determinação do custo mínimo, ou seja, a uma não-aderência ao modelo de lote econômico. A mesma dificuldade ocorre quando tentamos determinar exatamente quanto custa colocar um pedido ao fornecedor (tanto interno, como esterno). Como este é um parâmetro do cálculo de custo mínimo, ele normalmente é estimado. Se o valor ficar muito longe do real, pode comprometer o cálculo do custo mínimo.
  • Ocorrendo a não-aderência ao modelo matemático, pode-se chegar a um valor irreal de lote que minimiza os custos. A empresa acredita estar com um custo mínimo, que não corresponde a realidade. Um pequeno desvio, multiplicado por milhares de itens, pode comprometer seriamente toda a gestão de estoques.

Modelo de Revisão Periódica: É um sistema mais simples que o anterior, e baseia-se em, periodicamente, verificar o nível de estoque do item e, baseado neste valor, determinar a quantidade a ser ressuprida, de modo que ao recebê-la seja atingido um nível de estoque predeterminado.

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 Definição de parâmetros para sistema de revisão periódica:                            

Q = M  (E + QP)

Onde:

Q = Quantidade a pedir;

M = Estoque máximo;

E = Estoque presente;

QP = Quantidade pendente (já pedida)  eventual.

Mas,

M = D x (P + LT) + ES

Onde:

M = Nível máximo de estoques (atingido logo que um recebimento é feito);

D = Taxa de demanda;

P = Período de revisão;

LT = Tempo de ressuprimento (lead time);

ES = Estoque de segurança.

Então:

Q = D x (P + LT) + ES  (E + QP).

Ex.: Situação é tal que o período de revisão de um sistema é P = 15 dias, o lead time LT = 3 dias, a taxa de demanda D = 6 litros/dia, o estoque de segurança foi definido em 8 litros, o estoque presente é de 18 litros e a quantidade pendente é 0, ou seja, não há pedidos pendentes. De quanto seria a quantidade a pedir se fosse deita agora uma revisão?

Q = D x (P + LT) + ES  (E + QP)

Q = 6 x (15 + 3) + 8  (18 + 0) = 98 litros.

Este sistema é barato e fácil de operar, não exigindo a verificação constante do saldo em estoque, nem demanda constante, mas apresenta riscos pois as revisões são a intervalos fixos. Assim, normalmente este sistema está associado a níveis maiores de estoque de segurança. Por isso ele é usado para produtos de menor valor e de menor custo de armazenagem, para os quais a manutenção de um estoque alto não seja tão grave.

38. Curva ABC

Considerando que determinados itens têm custo de manutenção de estoques maior que outros, passa a ser necessário pensar em classificar os itens em ordem de importância, de forma a definir quais os itens merecem maior atenção, e recursos alocados, em sua gestão. Isto ocorre porque alguns itens apresentam ganho marginal maior, em uma gestão mais apertada, que outros, enquanto que os recursos totais destinados à gestão normalmente são limitados. Uma das formas adotadas para realizar esta classificação de importância de itens de estoque é a chamada curva ABC ou Curva de Pareto.

A técnica ABC é uma forma de classificarmos todos os itens de estoque de determinado sistema de operações em três grupos, baseado em seu valor total de uso. O objetivo é definirmos grupos para os quais diferentes sistemas de controle de estoques serão mais apropriados, resultando em um sistema total mais eficiente em custos. Assim serão utilizados sistemas mais caros de operar que permitem um controle mais rigoroso, para controlar itens mais importantes, enquanto sistemas mais baratos de operar e menos rigorosos são utilizados para itens menos “importantes” (em valor de uso).

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