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É Assim Que é

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Por:   •  16/10/2013  •  389 Palavras (2 Páginas)  •  341 Visualizações

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Posted in Artigos, com etiqueta filosofia, Heráclito versus Parmênides, Heráclito X Parmênides, Matheus Venâncio, problemática, relação entre o Ser e a Realidade on 29 de Agosto de 2009 | Deixar um Comentário »

Foi por meio da problemática-tema deste artigo, duas concepções dominaram o pensamento filosófico durante muito tempo.

Por um lado Heráclito, que defendia a idéia de um mundo em continuidade, um mundo contínuo. Do outro lado, Parmênides, que definia um ser único – um ser imóvel.

Heráclito acreditava num mundo contínuo, um mundo em constante movimento, em constante transformação. Para ele, o mundo era um fluxo contínuo, onde nada permanece idêntico a si mesmo, mas transforma-se no seu oposto (negação, contradição). Tudo flui, tudo passa. O homem também muda.

Há uma metáfora que ele utilizou, a da vela acesa: quando vemos a chama acesa de uma vela, temos a impressão de que ela é sempre a mesma. No entanto, estamos diante de um processo de transformação que se opera naquele instante, que é o seguinte: a cera da vela é transformada em fogo, o fogo em fumaça e a fumaça em ar. Este é o processo contínuo de transformação que opera no mundo, segundo Heráclito.

Bem, já Parmênides nos oferece uma idéia contrária à de Heráclito. Em seu pensamento, o filósofo define o seguinte: o ser é único, imutável, infinito e imóvel. Para ele, o ser é sempre idêntico a si mesmo. Por outro lado, Parmênides irá defender a idéia de que, a aparência sensível do mundo não existe. Ele quer dizer que o nosso conhecimento perseptivo, ou sensitivo das coisas, só nos fornece uma aparência, uma ilusão do movimento, uma ilusão do devir, quando somente o conhecimento intelectivo nos permite contemplar a realidade como idêntica a si mesma.

Para contrapor ao debate entre Heráclito e Parmênides, surge Platão, que nos oferece uma nova concepção de como o ser percebe o mundo, de como o ser interpreta o mundo. Para Platão, é possível dividir o mundo em dois aspectos: o primeiro, é o mundo sensível, que na verdade é aquele que provém de nossa experiência sensível com as coisas do mundo. É o mundo material ou físico, que por sua vez, para Platão, não passa de uma aparência ou uma cópia do mundo real. Já o mundo inteligível, é o mundo das idéias, onde estão as essências verdadeiras – aquilo que é imutável.

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