O Diário de Campo
Por: Iead Pratápolis • 29/9/2020 • Projeto de pesquisa • 2.377 Palavras (10 Páginas) • 242 Visualizações
[pic 1] | UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO Centro de Educação Aberta e a Distância Curso de licenciatura em Matemática | [pic 2] |
EAD551: Prática de Ensino VII
Redação em Educação Matemática
ATIVIDADE AVALIATIVA FORMATIVA II
Aluno(A): Ariadne dos Santos Ribeiro
Matrícula:14.2.0880
Polo: Passos
Professor: Doutor Milton Rosa
Passos (MG)
2018
ATIVIDADE AVALIATIVA FORMATIVA II
Prof. Dr. Milton Rosa
EAD551: Prática de Ensino VII – Redação em Educação Matemática – Trabalho Final
Nome: Ariadne dos Santos Ribeiro
Número de Matrícula: 14.2.0880
Data: 30/06/2018
Polo: Passos
Para a realização dessa atividade, siga os passos abaixo:
- O Diário de Campo é um arquivo no qual você registra as etapas que realiza no desenvolvimento do seu projeto. Esse registro deve ser detalhado e preciso, indicando datas e locais de todos os fatos, passos, descobertas e indagações, investigações, percepções, ocorrências e observações. Esse é um Diário que deve ser preenchido no desenvolvimento de seu projeto de intervenção pedagógica.
- Escreva todas as observações e ocorrências de seu Diário de Campo no documento providenciado abaixo. Esse documento deverá conter no mínimo 5 páginas e no máximo 10 páginas escritas em Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento 1,5.
- Essa atividade vale 4 pontos.
Nome: Ariadne dos Santos Ribeiro Data: 30/06/2018 Número de matrícula: 14.2.0880 Polo: Passos |
Diário de Campo 28 de março de 2018, 06h40 – Cheguei à Escola Estadual de Furnas para, conforme combinado com a Direção escolar e com a professora Sônia Porto Bueno, dar o início ao meu Projeto de Intervenção Pedagógica solicitado pela disciplina EMA551 - Prática de Ensino VII: Redação em Educação Matemática, do curso de Licenciatura em Matemática da Universidade Federal de Ouro Preto – Centro de Educação aberta e a Distância. De acordo com o planejado com a professora, essa intervenção será realizada em quatro (04) dias: 28/03, 18/04, 16/05 e 06 de junho desse ano de 2018. Segundo o planejamento, o projeto será realizado com a turma do 7° ano nas datas citadas, sendo que todas são quartas-feiras, nos dois primeiros horários, dando início às 07h00 e finalizando às 08h40. Ao final do projeto, totalizarão 8 horas-aula de intervenção. C.O. Enfim, quando soou o sino às 07h00, fomos para a sala de aula para o início. Entramos na sala do 7° ano e depois do tradicional e alegre bom dia, expliquei para os alunos o motivo pelo qual eu estava na sala deles. Confesso que, ao primeiro momento, lembrei do início do projeto, em novembro de 2017, onde eles, aqueles mesmos alunos, expuseram suas ideias em relação à matemática no dia-a-dia. Expliquei para os alunos como e quando nós estaremos trabalhando nesse projeto, eles ficaram bastante eufóricos, principalmente quando eu disse que os resultados desse projeto serão apresentados num trabalho meu na faculdade. Pedi que eles anotassem as datas em que estaremos trabalhando juntos e pedi para que evitassem faltar de aula nessas datas, pois a participação deles é essencial. Passamos para a primeira etapa do projeto: o preenchimento de um questionário. Percebi que eles ficaram bastante pensativos com relação a algumas perguntas. Perguntaram se poderiam trocar ideias entre si. Eu propus a eles que tentassem responder sozinhos, já que não vale pontos por questão respondida e sim, pela participação. Assim, ficaram menos preocupados e logo responderam o questionário e me devolveram já respondido. Ao final da aula, lembrei-lhes que nosso próximo encontro será no próximo dia 18 de abril. Recolhi os questionários e agradeci a participação de todos. Dia 18 de abril de 2018, 07h00 – A professora Sônia me acompanhou até a sala de aula para o segundo dia de intervenção. Comecei o segundo dia dessa intervenção perguntando sobre a matemática no dia-a-dia. Passei o filme “Donald no País da Matemágica”. Esse filme é interessante, pois, conta de uma maneira divertida, um pouco da História da Matemática. Assim, através do filme, os alunos puderam conhecer um pouco das contribuições dos gregos para a Matemática. No filme viram um pouco sobre Pitágoras, Arquimedes, Euclides, Platão, entre outros. No filme, conceitos básicos matemáticos são mostrados de maneira divertida, o que atrai ainda mais a atenção. Quando o filme, que dura cerca de 30 minutos, terminou, mostrei-lhes um Tangram. Expliquei sobre, contei a história, e propus que eles construíssem um. Para a construção do Tangran, entreguei, para cada um dos alunos, um pedaço de cartolina (1/6 da cartolina, para ser mais precisa). Entreguei também 3 folhas de papel A4. Cada um construiu seu Tangram. Logo após a construção do Tangram, pedi que formassem duplas e que cada dupla montasse, riscando na folha A4, 3 figuras diferentes utilizando as peças do Tangram por eles construídos. C.O. Não que eu duvide da capacidade dos alunos, mas ao iniciar a aula, fiquei um pouco apreensiva em relação ao horário. Percebi que quando expliquei o Tangran, eles tiveram muita dificuldade em assimilar o que eu estava propondo, então tive que passar um vídeo sobre o Tangran para esclarecer. Devido a isso, o tempo estimado não fora o suficiente. Com isso, tive que mudar o meu cronograma. Tudo bem, pois a professora e a direção da Escola me deram total apoio. Depois disso, a aula transcorreu acima de minhas expectativas. Aqueles alunos me surpreenderam. Depois que construíram as figuras que solicitei utilizando o Tangram, eles apresentaram os contornos das figuras, sendo que apresentaram cada contorno em uma folha A4. Assim, terminamos nosso tempo de aula sorteando algumas das folhas. De acordo com o meu cronograma inicial, ainda nesse dia, teríamos que discutir sobre as figuras sorteadas, porém o tempo não fora suficiente. Expliquei a próxima etapa aos alunos, que é a explicação dos desenhos formados por eles por meio do Tangran. Ao soar o sino anunciando o término da aula, 08h40, lembrei aos alunos do nosso próximo encontro, dia 16 de maio de 2018, às 07h00, e para esse encontro deveriam trazer câmeras fotográficas ou celulares por a nossa atividade envolve fotografia. Dia 16 de maio de 2018, 07h00 – Finalmente, pra eles e pra mim, chegou o dia de mais um “encontro”! Durante esse tempo que não voltei a essa sala de aula, foi muitas vezes surpreendida no corredor da Escola pelos alunos, perguntando sobre a nossa próxima atividade. Bom, então chegou o dia! Conforme combinado, os alunos levaram o material que pedi: câmeras fotográficas e celulares. Lembrei aos alunos de que ficou faltando a última etapa da atividade anterior. Assim, com meia hora de aula, concluímos a etapa que faltava. Aproveitando, fizemos uma revisão sobre figuras geométricas. Orientei aos alunos sobre a atividade desse dia: fotografar o que encontrassem na paisagem que os fizessem lembrar-se de uma das figuras geométricas. Demos o nome dessa etapa de volta pedagógica. Para essa tarefa, alguns professores se propuseram a nos acompanhar, já que estaríamos saindo do ambiente escolar e com isso seria melhor nos precavermos, apesar de que o bairro onde se localiza a Escola é um bairro bastante calmo. Já com os professores que havia nos oferecido ajuda em seus postos, fomos dar a nossa volta pedagógica no quarteirão ao redor da escola. C.O. Muito interessante o comportamento dos alunos mediante a euforia em que se encontravam. Eles saíram sem gritaria pelo corredor, e até que saímos no portão eles não conversaram em voz alta. Quando chegamos à rua, em frente à escola, pedi para que eles tivessem muito cuidado ao atravessar a rua, caso fosse necessário, e que sempre comunicasse a mim ou algum dos professores que estavam nos acompanhando. E assim fizeram: durante nossa caminhada, os alunos permaneciam sempre nas calçadas e quando precisavam atravessar, fizeram sempre em acompanhamento de um adulto responsável. Nossa caminhada ao redor do quarteirão durou cerca de 40 minutos. E que 40 minutos! Foram várias perguntas, várias fotografias, vários conhecimentos acrescidos aos alunos. Senti que a matemática, enfim, estava contagiando a turma! Ao chegar à escola, fomos para o Laboratório de Informática. Lá, orientei aos meninos como “descarregar” as imagens. Salvaram as imagens numa pasta com o nome de cada um. Salvei as fotos num pen drive para que no nosso próximo encontro pudéssemos prosseguir com o nosso projeto: A IMPORTÂNCIA DA CONEXÃO ENTRE COTIDIANO E CONTEÚDOS MATEMÁTICOS. Chegando ao final da aula, ficaram com um pesar, mas lembrei que teríamos mais um encontro, dia 06 de junho. E que, nesse encontro, eu os prepararia para uma atividade onde poderiam expor tudo o que aprenderam para a comunidade escolar. Despedi dos alunos lembrando-lhes do nosso próximo encontro, dia 06 de junho, e que para esse encontro seriam necessários que eles tivessem em mãos canetinhas, pois iríamos trabalhar nas imagens coletadas por eles na nossa volta pedagógica ao redor do quarteirão da escola. Dia 06 de junho de 2018, 07h00 – De acordo com o cronograma, esse é o nosso último encontro necessários para o desenvolvimento desse projeto. Porém, não posso deixar de registrar que a direção solicitou que esse projeto fizesse parte da Feira Cultural desenvolvida pelos alunos da Escola. Ao entrar na sala de aula, contemplei a ansiedade dos alunos. Então, acalmei a todos e, utilizando um projetor, fui mostrando as imagens captadas por eles na nossa volta pedagógica. Eles ficaram muito animados e cada um foi se manifestando quando a imagem fotografada aparecia. Logo, entreguei 5 imagens impressas para cada aluno, independente de quem fosse o “autor” da fotografia. C.O. Para tornar mais interessante, coloquei embaixo de cada imagem o nome do aluno que a fotografou. Assim que fui distribuindo, eles começaram a procurar entre eles onde estavam as outras imagens fotografadas. Pedi para que eles se assentassem e que cada um permanecesse com as imagens que entreguei. Assim, muito obedientes assentaram e ficaram quietos esperando minhas orientações. Então expliquei a atividade. Pedi para que eles marcassem com as canetinhas as figuras geométricas que encontrassem em cada uma das imagens. Entreguei uma folha A4 em branco. Ensinei-lhes como se fazia uma legenda, e assim fizeram na folha A4. Assinaram embaixo da folha. Entreguei, então, metade de um papel cartão para cada aluno e pedi que pregassem a fotografia e a legenda nesse papel cartão. Achei que os alunos tiveram muita dedicação nessa atividade. Realmente ficou muito bom o resultado: digno de ser apresentado na feira cultural da Escola, digno de ser admirado pela comunidade escolar. Antes de terminar a aula, informei-lhes que não haveria mais tempo para que eu voltasse em sala de aula, então sugeri que eles fizessem maquetes que representassem as fotografias, ou o bairro, ou o quarteirão onde demos nossa volta pedagógica. Logo começaram a trocar informações, eu teria certeza de que seria um sucesso a apresentação na feira cultural. Entreguei uma lembrancinha para cada aluno e para a professora, agradeci a colaboração de todos para meu projeto de pesquisa. A aula terminou e, confesso, que apesar do contra-tempo que tivemos no nosso segundo encontro, a realização desse projeto foi um verdadeiro sucesso. Dia 16 de junho de 2018, 09h00 – Em pleno sábado, ás 9:00 horas, na Escola Estadual de Furnas, inicia a Feira Cultural 2018. Atendendo ao convite da Direção Escolar, mas principalmente dos alunos que estarão apresentando o projeto A MATEMÁTICA NO COTIDIANO (adaptação do projeto de pesquisa que desenvolvi com os alunos do 7° ano da Escola de Furnas), lá estava eu, ansiosa para ver a apresentação. Fui direto à sala 3, local reservado aos alunos do 7° ano. C.O. Ao entrar na sala, às 9:17 horas, fui recebida com muito carinho pelos alunos. A sala estava linda: pregaram os cartazes, contendo as imagens e legendas, nas paredes da sala e, no centro, colocaram as maquetes dos principais pontos fotografados no quarteirão onde fica localizada a Escola. A explicação deles foi muito interessante, pois iam mostrando na maquete onde estava cada uma das figuras geométricas. Após explicar na maquete, apresentaram os cartazes e cada um dos alunos que eram o autor da imagem, explicou como e porque escolheu aquele ângulo para fotografar. Senti um orgulho imenso, já que indiretamente participei da montagem desse projeto na Feira Cultural. Meu orgulho maior foi ao chegar à explicação do último cartaz. Esse cartaz era uma dedicatória e dizia assim: Dedicamos nosso Projeto da Feira Cultural 2018, A MATEMÁTICA NO COTIDIANO, para a Professora Ariadne dos Santos Ribeiro que nos fez enxergar a importância da matemática no nosso dia-a-dia. A ela, nosso muito obrigado! Com amor, 7° Ano. Ahh, renderam algumas lágrimas em público! Agradeci o carinho dos alunos e da professora Sônia, que também estava presente na sala. Agradeci a confiança da Direção e o apoio. A realização desse projeto foi um verdadeiro sucesso! Saí da sala e fui embora para casa realizada. E, assim que cheguei, para que eu não me esquecesse de nenhum detalhe, já fui redigir essa última etapa do meu Diário de Campo do projeto de pesquisa A IMPORTÂNCIA DA CONEXÃO ENTRE COTIDIANO E CONTEÚDOS MATEMÁTICOS. |
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