MODELO DE REFERENCIA OSI E ARQUITETURA TCP/IP

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIENCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ

CURSO TÉCNICO EM MANUTENÇÃO E SUPORTE EM INFORMÁTICA

ALINE SAMARA LIMA DE JESUS

MODELO DE REFERENCIA OSI E ARQUITETURA TCP/IP

PESQUISA ORIENTADA

ÓBIDOS

2017

RESUMO

Quando as redes de computadores sugiram, as soluções eram, na maioria das vezes, proprietárias, isto é, uma determinada tecnologia só era suportada por seu fabricante. Não havia a possibilidade de se misturar soluções de fabricantes diferentes. Dessa forma, um mesmo fabricante era responsável por construir praticamente tudo na rede. Para facilitar o processo de padronização e obter interconectividade entre máquinas de diferentes fabricantes, a Organização Internacional de Padronização - ISO aprovou, no início dos anos 80, um modelo de referência para permitir a comunicação entre máquinas heterogêneas, denominado OSI. Esse modelo serve de base para qualquer tipo de rede, seja de curta, média ou longa distância. O estudo do modelo OSI e TCP/IP não é necessário apenas para se conseguir aprovação nos exames de certificações, da Cisco e Microsoft, por exemplo. Na realidade, o estudo desses dois modelos de referência de protocolos em interconexão de redes, nos auxilia profissionalmente, principalmente na retirada de defeitos em uma rede de computadores e isso demonstra a importância no estudo e entendimento dos principais conceitos desses dois modelos de referência. O modelo OSI foi dividido em 07 camadas distintas, com funções bem definidas, justamente para facilitar o entendimento da tarefa complexa que é a transmissão de informações numa rede de computadores, desde um computador de origem até o computador de destino, São elas: física, enlace, rede, transporte, sessão, apresentação e aplicação. A Arquitetura TCP/IP é composta por dois protocolos principais: o IP responsável pelo encaminhamento de pacotes de dados entre diversas sub-redes desde a origem até o seu destino, e o TCP, que tem por função o transporte fim-a-fim confiável de mensagens de dados entre dois sistemas. Modelo TCP/IP O modelo TCP/IP é baseado em 4 níveis, o de Host/rede, o de Inter rede, o de Transporte e o de Aplicação.

Palavras-chave:  padronização. Interconectividade. Comunicação.        Modelo. Redes.  

ABSTRACT

When computer networks suggest, the solutions were, for the most part, proprietary, that is, a certain technology was only supported by its manufacturer. There was no possibility of mixing solutions from different manufacturers. In this way, the same manufacturer was responsible for building almost everything on the network. To facilitate the process of standardization and obtain interconnectivity between machines of different manufacturers, the International Organization Standardization - ISO approved, in the early 1980s, a reference model to allow communication between heterogeneous machines, called OSI. This model is the basis for any type of Network, whether short, medium or long distance. The study of the OSI and TCP / IP model is not only necessary to pass certification exams, from Cisco and Microsoft, for example. In fact, the study of these two reference models of network interconnection protocols helps us professionally, especially in the removal of defects in a network of computers and this demonstrates the importance in the study and understanding of the main concepts of these two reference models.The OSI model was divided into seven distinct layers, with well-defined functions, precisely to facilitate the understanding of the complex task that is the transmission of information in a network of computers, from a source computer to the destination computer. They are physical, Link, network, transport, session, presentation and application. The TCP / IP architecture consists of two main protocols: the IP responsible for routing data packets between several subnets from the source to their destination, and TCP, whose function is the reliable end-to-end transport of data messages between two systems. TCP / IP model The TCP / IP model is based on four levels, the Host / Network, the Inter Network, the Transport and the Application.

Keywords: standardization. Interconnectivity. Communication. Model. Networks.

1 INTRODUÇÃO

As primeiras empresas que se utilizaram dos computadores para processamento comercial foram as grandes corporações, sendo que o modelo utilizado era totalmente centralizado. Os computadores habitavam grandes salas refrigeradas, os Centros de Processamento de Dados (CPDs). No início dos anos 60 foram criados os primeiros protocolos de comunicação BSC-1 para transmissão de informações remotas em batch, e BSC-3 que permitia a integração do usuário com o sistema através de terminais, ou seja, o processamento on-line. Esses avanços tecnológicos proporcionaram um alto grau de conectividade para os sistemas da época, impulsionando novos avanços. A partir desse ponto, foram desenvolvidos vários tipos de mainframes para disputar o mercado, cada um deles utilizava uma arquitetura de rede própria e incompatível entre si, como por exemplo o SNA (IBM), o XNS (Xerox) e o DECNET (Digital). Os problemas começaram a surgir quando os usuários tiveram necessidade de interconectar os diferentes sistemas entre si, evidenciando assim as incompatibilidades: os aplicativos, placas de memória, expansões de terminal, placas controladoras e demais componentes geralmente só funcionavam se pertencessem ao mesmo fabricante do mainframe, fazendo com que os usuários ficassem praticamente "presos" a um único fornecedor. Esses sistemas proprietários foram assim criados para forçar barreiras de mercado contra a competição, gerando mercados cativos para cada fornecedor. Sistemas desse tipo são conhecidos como sistemas fechados, pois não existe uma padronização consensual para os protocolos executados, que normalmente são conhecidos somente pelo fabricante. Um dos problemas que surge é se uma empresa adquire outra empresa com um tipo diferente de sistema. Ambos vão querer se comunicar, e as incompatibilidades se tornam difíceis de superar. Iniciou-se a busca de sistemas abertos para resolver os problemas de conexão, integração de aplicações e transparência no acesso às informações. Os sistemas abertos são baseados em definições públicas e consensuais de interfaces, dessa forma, o usuário possui liberdade para escolha de fabricante de equipamento, banco de dados, protocolos utilizados e outros componentes que, obedecendo certos padrões, garantem a portabilidade das aplicações em diferentes plataformas. Daí vem o maior benefício dos sistemas abertos: liberdade de escolha de plataformas de hardware e software, assim, o cliente pode concentrar mais sua atenção às aplicações críticas do seu negócio, sem estar limitado à oferta de um único fornecedor.