Migração do Netflix para Nuvem AWS
Por: arsaraiva • 13/10/2019 • Trabalho acadêmico • 638 Palavras (3 Páginas) • 175 Visualizações
Migração do Netflix para nuvem AWS
A Netflix é uma empresa de aluguel de filmes e series que possui mais de 130 milhões de assinantes e está presente em mais de 130 países, que utilizava em 2008 a tecnologia de banco de dados relacional em seus data centers, até que uma falha nos seus bancos de dados interrompeu seus serviços por três dias.
Diante deste “desastre” a empresa foi obrigada a escolher entre usar data centers de classe mundial ou migrar seus serviços para a nuvem pública. A dificuldade para usar data centers de classe mundial seria atender com velocidade suficiente o volume de dados que estavam sendo gerados. Por outro lado, a nuvem pública permitiria a utilização de muitos servidores espalhados por diversas regiões do mundo e a manipulação de pentabytes de dados de forma rápida.
Tudo isso foi possível graças uma reformulação completa da infraestrutura tradicional da empresa e a uma transformação radical das operações de TI, retirando todos os seus sistemas corporativos monolíticos do data center tradicionais e colocado em centenas de micros serviços na Amazon Web Services (AWS).
A escolha pelo AWS como provedor de nuvem se deu pelo amplo portfólio de serviços e recursos oferecidos, como segurança e escalabilidade, além de outros. A AWS é totalmente implantada na nuvem e todos os aspectos da aplicação são executados nela. Segue principalmente o modelo de Infraestrutura como um serviço, abreviada como IaaS, onde contém os componentes básicos da TI em nuvem, e, geralmente, dá acesso a recursos de rede e computadores, como também espaço para o armazenamento de dados.
Porém essa migração não se deu da noite para o dia, foi necessário desenvolver muitos sistemas novos e aprender novas habilidades, prolongando por sete anos a migração para a nuvem. Em fevereiro de 2016, os últimos data centers restantes usados pelo Netflix foram desativados, dando lugar a infraestrutura em nuvem.
Segundo a Netflix, a possibilidade de utilizar múltiplas regiões da nuvem AWS, espalhadas pelo mundo inteiro, permite realizar mudanças e expandir a capacidade mundial de infraestrutura, melhorando a escalabilidade e a disponibilidade de serviços e a velocidade com que a empresa pôde lançar novos conteúdos, recursos, interfaces e interações.
Porém, como nem tudo são flores, na véspera do Natal de 2012 por problemas no serviço que distribui automaticamente o tráfego de entrada de aplicativos entre diversos destinos, o Elastic Load Balancer (ELB) da Amazon Web Services (AWS), causaram uma interrupção parcial do streaming da Netflix. Mas no geral, a nuvem permite criar serviços confiáveis, com 99,99% de disponibilidade.
Outro benefício foi a redução dos custos, que segundo a Netflix, os custos por começo de transmissão na nuvem são uma fração dos custos do centro de dados. Isso é possível graças à elasticidade da nuvem, que permite otimizar continuamente o serviço e aumentar ou reduzir o tamanho da infraestrutura conforme a necessidade.
"A outra coisa é que o modelo de custo é realmente bom para nós", acrescentou Dave Hahn, engenheiro sênior da equipe de operações e confiabilidade em nuvem da Netflix. "Você paga pelo que usa. Isso nos permite fazer muitas experimentações”.
Por fim, esta mudança se deu de forma transparente para os usuários em geral e a Netflix é considerada o padrão-ouro para aproveitar a computação em nuvem, possuindo os recursos e a reputação necessária para realizar uma migração completa para a nuvem pública.
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