AS REDES DE COMPUTADORES

1. INTRODUÇÃO

Entre outros desenvolvimentos e conquistas tecnológicas do Século XX, vimos o nascimento e o crescimento da indústria da informática, que apesar de ainda ser jovem, obteve espetacular progresso num curto período de tempo, possibilitando a fusão dos computadores e das comunicações. Essa fusão deixou o conceito de "centro de computação", uma sala com um grande computador no qual os usuários levam seus trabalhos para processamento, completamente obsoleto sendo substituído pelo de “redes de computadores”, um conjunto de computadores autônomos, porém, interconectados por uma única tecnologia e capazes de trocar informações entre si (TANENBAUM, 2003).

De acordo com GUTIERREZ e PAN (2008), até a década de 1940, as plantas eram operadas manualmente por um grande número de operadores, com poucos instrumentos mecânicos, que realizavam controle local. Logo após, surgiram os instrumentos pneumáticos que permitiam a transmissão de informações sobre as variáveis do processo, através de tubulações específicas, até certa distância, o que tornou possível que os controladores ficassem reunidos em uma sala de controle do processo. Posteriormente, nas décadas de 1950 e 1960, a introdução da eletrônica analógica possibilitou a ampliação dessas distâncias e também a simplificação da transmissão de informações. Isso contribuiu para a disseminação de sistemas de controle automático, que nos anos de 1970 e 1980, com a criação da instrumentação eletrônica digital, fez ampliar o grau de automação das instalações industriais.

As redes de comunicação foram desenvolvidas para a interconexão entre computadores e com os microprocessadores chegando até os instrumentos do chão de fábrica, podemos caracterizar estes como computadores também (COGHI, 2003).

Os sistemas de automação industriais são compostos por uma variedade de tecnologias onde as áreas de computação, comunicação e controle formam um cenário heterogêneo de tecnologias, visando o desempenho da produtividade, qualidade e manutenção para a indústria de manufatura e processo. Temos nestes sistemas, uma arquitetura de computação distribuída, em que diversos elementos de campo e suas funcionalidades operam unificados, garantindo o correto funcionamento do processo produtivo, sendo necessários para isso, os barramentos de interligação das diferentes unidades de controle, que são denominados de redes industriais (LUGLI e SANTOS, 2011).

Ainda segundo LUGLI e SANTOS (2011), para um maior benefício em todos os níveis de desenvolvimento desde a concepção dos sistemas de automação, tem-se os processos de comissionamento e padronização que visam assegurar que os elementos de campo e suas funcionalidades estejam e se mantenham de acordo com as necessidades operacionais.

1.  JUSTIFICATIVA

O trabalho proposto apresenta as inovações a serem implantadas na Cia. Portuária Baía de Sepetiba, uma subsidiária própria da Vale S/A. Aperfeiçoando a rede para que a mesma fique mais ágil e fácil a comunicação entre os setores da empresa, assim podendo resolver algum problema com mais rapidez, melhorando o prazo para a solução do problema.

1.  OBJETIVO

1. Objetivo Geral

A finalidade desse trabalho é esclarecer o projeto da rede de automação, criando um padrão que facilite a compreensão de seu funcionamento e equipamentos nela instalados e que garanta a configuração ideal definida.

No final do trabalho, deseja-se ter o projeto da rede padronizada, com uma configuração que atribua confiabilidade, segurança e desempenho. Tendo isso, o resultado esperado é a atenuação das perdas por falhas na rede de automação presente.

1. Objetivos Específicos

• A implementação de ativos capazes de gerenciar o sistema
• Melhoramento da redes em:

•        Carregador de Navios;

•        ERS-1;

•        ERS-3;

•        Laboratório de Amostragem;

•        Prédio Supervisão (Sala de Automação, Data Center TI, Sala Pátio, Sala 2º Andar, Sala Elétrica 02 - SE02A);

•        Sala Elétrica 01 (SE01);

•        Sala Elétrica 03 (SE03);

•        TE 02;

•        Virador de Vagão (VVS1);

•        CCO CEAM.

1. REDES DE COMPUTADORES

Para MENDES (2007), as Redes de Computadores criam uma forma padronizada de interligar um ou mais computadores de forma que possibilite o compartilhamento de recursos físicos ou lógicos, que podem ser definidos como diretórios do disco rígido, impressoras, scanners, placa de fax modem entre outros.

O termo Rede de Computadores é utilizado quando quisermos mencionar um conjunto de computadores autônomos interconectados por uma única tecnologia com o intuito de trocar informações. Essa conexão pode ser feita por um fio de cobre, fibras ópticas, micro-ondas, ondas de infravermelho e satélite de comunicações (TANENBAUM, 2003).

De acordo com COSTA (2010), inicialmente o processamento das aplicações dos usuários eram centralizados em um único ponto devido ao alto custo de um computador, porém, com a redução desses custos e a introdução dos microcomputadores, surgiu uma estrutura distribuída (fig.1), na qual, diversos equipamentos processam informações de formas isoladas. Tal estrutura acarreta problemas como a duplicação desnecessária de recursos de hardware e de software, surgindo então, as Redes de Computadores, onde um sistema de comunicação foi introduzido para interligar os equipamentos de processamentos de dados com o objetivo de permitir o compartilhamento de recursos.

No início da concepção das redes, cada fabricante possuía a sua forma de trabalho e sua própria linha de desenvolvimento de tecnologia que só poderiam ser conectados com equipamentos também desenvolvidos por ele. A fim de resolver esta incompatibilidade entre fabricantes, na década de 1970 a International Organization for Standardization (ISO) criou um padrão universal padrão para arquitetura de redes Open Systems Interconnection (OSI) (MENDES, 2007).

FIGURA 1 – Sistema de Comunicação Distribuído