Impermeabilização
Projeto de pesquisa: Impermeabilização. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: edfla • 17/10/2014 • Projeto de pesquisa • 1.940 Palavras (8 Páginas) • 259 Visualizações
Impermeabilização
Apesar de o custo da impermeabilização não ser muito significativo, costuma-se ainda dar pouca atenção a essa etapa ou mesmo omitir a impermeabilização onde seria necessária. "Normalmente, em habitações populares, as construtoras têm que apertar o custo em algum ponto. Então se impermeabiliza o mínimo possível. A falta de impermeabilização - está provado - compromete a durabilidade do empreendimento. Armaduras com baixo cobrimento de concreto, por exemplo, onde seria necessário algum sistema de impermeabilização, podem entrar em contato com a água e, ao sofrer corrosão, expandir e estourar elementos estruturais. Também podem ocorrer manchas nas paredes, destacamento do piso, formação de limo e bolores, entre outras patologias.
Norma de desempenho
A NBR 15.575 (Edifícios Habitacionais até Cinco Pavimentos - Desempenho) determina aspectos de durabilidade que dependem da impermeabilização, mas restringe-se a citar as normas prescritivas existentes. Os projetos que já atendem a essas normas não foram afetados com a Norma de Desempenho. Mantas em geral são mais fáceis de aplicar, geram menos sujeira, e as sobras podem ser aproveitadas em outra obra, na primeira camada ou sobre camada já existente. A impermeabilização com emulsão, porém, requer mão de obra bem mais preparada para preparar a superfície e garantir a espessura adequada da camada aplicada, requerendo mais de uma demão. Menos comuns, as mantas de polipropileno requerem uma instalação precisa, sem enrugamentos. Há muitas telas no mercado mas poucas atendem à norma de impermeabilização.
Fundações
Nas fundações, o princípio é impedir que a umidade do solo entre em contato com o material. Para construção de casas populares, quando o solo permite, a construção de radier é mais recomendada. Nesse caso, em vez de impermeabilização, executa-se um sistema de drenagem sob esse tipo de laje. Em contato com o solo, pode ser aplicada uma manta de polipropileno que impede a subida da água por capilaridade, antes da camada de brita e da concretagem. As paredes externas não devem entrar em contato com o solo, e a interface com o radier, onde formam juntas com esse, devem receber emulsão asfáltica até a meia altura ou argamassa polimérica. Caso a água da chuva que incide sobre a parede venha a se infiltrar poderá fissurar o radier. Quando os edifícios são suportados por sapatas de concreto, podem prescindir de impermeabilização, caso o concreto seja de baixa permeabilidade. Quando o edifício se encontra em um terreno que não é plano e tem vários níveis, são feitas paredes de encosta, em contato com o solo e que precisam ser impermeabilizadas. O ideal é que a impermeabilização seja feita pelo lado externo, trabalhando por pressão positiva. Nesse caso, aplica-se membrana ou manta asfáltica, por serem flexíveis.
Quando não há condição técnica de executar ou fazer o acesso pela área externa, a impermeabilização é feita pelo lado interno, por "pressão negativa". O material utilizado deve ser rígido, por exemplo, como o cimento polimérico. "Como a água percola a parede, formaria bolhas em um produto flexível", explica Camargo. "É necessário um produto rígido, para ter alta aderência e não se destacar." A quantidade de material usado é um pouco maior do que se usa na alvenaria, cerca de 4 kg/m2. As paredes externas devem ser impermeabilizadas até a altura de 1 m no lado externo e 0,5 m no interno, para evitar infiltração de água por capilaridade, mais 0,20 no piso. Um produto bastante utilizado é o cimento polimérico, bicomponente, aplicado em forma de pintura na proporção de 3 kg/m2.
Áreas internas
Nos edifícios populares, o andar térreo geralmente possui estacionamento ou salão de conveniências. Nesse caso, são impermeabilizadas as áreas molháveis e depósito de materiais de limpeza, se houver, e os baldrames, geralmente com cimento polimérico. Nas áreas internas impermeabilizam-se as áreas dos banheiros e áreas frias (molháveis) também com cimento polimérico. Além do baixo custo, o critério é a facilidade de aplicação, em forma de pintura sobre tela de poliéster. A manta asfáltica não é utilizada em banheiros. Ela requer uma argamassa para receber acabamento e isso pode aumentar o custo. Com cimento polimérico, o azulejo pode ser assentado diretamente. O ideal, porém é impermeabilizar a estrutura, que recebe um contrapiso e o acabamento cerâmico. As marquises, por sua vez, geralmente recebem emulsão acrílica, que são brancas e podem ficar expostas ao sol. Se houver tráfego sobre a laje, é feito um contrapiso como proteção mecânica, para proteger dos esforços sobre ela. Nos casos onde houver contrapiso, pode ser utilizada emulsão ou manta asfáltica.
Cobertura
Aqui também há diferenças entre casas e edifícios populares. Se há telhado na casa, não é necessário impermeabilizar a laje superior. Se a laje é exposta, utilizam-se bastante as mantas e membranas asfálticas e resinas acrílicas. São áreas de menor solicitação. A membrana é menos utilizada por uma questão de prazo, pois exige várias demãos com intervalo de tempo de secagem e o teste de estanqueidade. A manta asfáltica é o material que melhor cobre esses critérios. As convencionais precisam de uma proteção mecânica, de argamassa.
A laje de concreto pode ter ganho de custo com utilização de membrana líquida que tenha característica de refletir os raios solares, o que traz também um conforto térmico. Tais membranas podem ser de base acrílica, de poliuretano ou híbridas, com ambos os materiais. Na laje de cobertura do edifício, além da impermeabilização também vem sendo executado isolamento térmico, o que proporciona conforto aos moradores e economia de energia elétrica.
A cobertura de áreas técnicas, como casas de máquinas ou reservatórios, deve ser impermeabilizada. Para caixas d'água e caixas de água de reúso em áreas térreas e subsolos é utilizado cimento polimérico. Nas caixas superiores, sujeitas à movimentação, é usada uma camada de resina termoplástica com reforço em tela de poliéster, que forma a membrana impermeabilizante. Nos barriletes, lajes de apoio para os reservatórios, pode haver caixas d'água de concreto ou reservatórios de fibra. Em ambos os casos, é usado um cimento polimérico com reforço em tela de po¬liés¬ter é um material mais barato e atende às necessidades perfeitamente.
Alguns
...