A Agrotóxico no Ambientei
Por: igordgi • 18/7/2021 • Trabalho acadêmico • 797 Palavras (4 Páginas) • 268 Visualizações
História | ||
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Cabe ressaltar que o deslocamento da questão dos agrotóxicos, antes restrita aos círculos acadêmicos e publicações técnicas para o centro da arena pública, foi, sem dúvida, o maior mérito de Rachel Carson, como pioneira na denúncia dos danos ambientais causados por tais produtos. | ||
No Brasil, no início dos anos 50, a introdução de inseticidas fosforados para substituir o uso do DDT, veio acompanhada de um método cruel. Foi ensinado que para misturar o DDT, formulado como pó solúvel na água, o agricultor deveria usar o braço, com a mão aberta girando meia volta em um e outro sentido, para facilitar a mistura. Como o DDT tem uma dose letal alta (demanda uma alta absorção do produto para provocar a morte), somente cerca de 15 anos depois os problemas de saúde apareciam. Contudo, quando o agricultor tentava repetir a técnica com o Parathion, primeiro fosforado introduzido no Brasil, caía morto, fulminado; fato que se repetiu em diversas regiões do país. | ||
Os agrotóxicos chegaram ao sul do país junto com a monocultura da soja, trigo e arroz, associados à utilização obrigatória desses produtos para quem pretendesse usar o crédito rural. Hoje em dia, os agrotóxicos encontram-se disseminados na agricultura convencional, como uma solução de curto prazo para a infestação de pragas e doenças. | ||
Um fato histórico muito importante também correlacionado com o uso desses produtos foi a Guerra do Vietnã, ocorrida entre os anos de 1954 e 1975. O país se dividiu em duas metades: o Vietnã do Norte, apoiado pelos soviéticos e chineses e o Vietnã do Sul, fortemente armado pelos norte-americanos que para lá enviaram milhares de soldados. Dentre as todas armas de guerra presentes, destacaram-se os herbicidas desfolhantes ( o mais famosos ficou conhecido como "agente laranja"), que foram utilizados pelos norte-americanos pela seguinte razão: como a resistência vietnamita era composta por bandos de guerrilheiros que se escondiam nas florestas, formando tocaias e armadilhas para os soldados americanos, a aspersão de nuvens de herbicidas por aviões fazia com que as árvores perdessem suas folhagens, dificultando a formação de esconderijos. | ||
Contudo, essa operação militar aparentemente bem sucedida trouxe consequências ambientais e de saúde catastróficas para a população local, que foram:
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Fatos como estes nos remetem a outro tema importante na história desses produtos: a toxicologia dos agrotóxicos (estudo dos efeitos tóxicos desses produtos para os seres humanos). Esta teve início com a verificação da letalidade para um indivíduo de forma aguda (capacidade de provocar a morte num curto prazo de tempo) Atualmente, ela já se preocupa com a letalidade crônica e com as alterações sobre aparelhos (nervoso, circulatório, excretor, entre outros) do corpo nos médio e longo prazos. Também já existe a preocupação com alterações em nível celular (tumores). Amanhã, é provável que enfoque o nível molecular e até energético do metabolismo humano. Isso significa o reconhecimento por parte da comunidade científica que os agrotóxicos não agem mais sobre o indivíduo, seus órgãos e aparelhos, mas sobre suas células e o interior destas. | ||
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