A Ciências Cognitivas na Educação

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Disciplina: Ciências Cognitivas na Educação

Aluna: Bianca Thaís Dalberto

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O conceito de modelo mental vem sendo usado em várias áreas do conhecimento para se estudar as representações de usuários sobre sistemas e eventos físicos, e também o conteúdo dessas representações. Ele não pode, no entanto, ser considerado um conceito unitário. Este conceito foi proposto Johnson-Laird em 1983. Ele sugere que as pessoas raciocinam com modelos mentais. Modelos mentais são como blocos de construção cognitivos que podem ser combinados e recombinados conforme necessário (JOHNSON-LAIRD, 1990).

Como quaisquer outros modelos, eles representam o objeto ou situação em si; uma de suas características mais importantes é que sua estrutura capta a essência (se parece analogicamente) dessa situação ou objeto. Os modelos mentais são, portanto, uma forma de representação analógica do conhecimento: existe uma correspondência direta entre entidades e relações presentes na estrutura dessa representação e as entidades e relações que se busca representar (JOHNSON-LAIRD, 1983).

Um modelo mental é uma representação interna de informações que corresponde analogamente com aquilo que está sendo representado. Assim, de acordo com Johnson-Laird (1983) representações internas, ou representações mentais, são maneiras de “representar” internamente o mundo externo. As pessoas não captam o mundo exterior diretamente, elas constroem representações mentais (quer dizer, internas) dele.

O interesse em modelos e modelos mentais deve-se, em parte, à aceitação ampla da ideia de que nós só podemos apreender o novo construindo modelos dele, a partir daquilo que já conhecemos. Assim, eles têm uma perspectiva na cognição dos estudantes, onde as teorias cognitivas têm um importante papel na preparação da pesquisa e subsidia com informações que auxiliam na constatação e análise dos resultados.

A aprendizagem mecânica desfavorece a construção de novos modelos mentais que visam buscar a relação e compreensão dos fenômenos químicos (área em que atuo), de modo que para isso é necessário que os alunos partam de seus modelos e entendam o processo da ocorrência daqueles. Com isso, a partir de seus referenciais teóricos (por exemplo, os livros didáticos) possam desenvolver a observação e confronto de informações, conduzindo as soluções das situações problemas propostos (BORGES, 1999).

Referências:

1. JOHNSON-LAIRD, Philip N. Mental models. In: Posner, M. (ed.), Foundations of cognitive science. Cambridge, MA: MIT Press, p. 469-499, 1990.
2. JOHNSON-LAIRD, Philip N. Mental models. Cambridge, MA: Harvard University Press. 1983.
3. BORGES, A. T. Como evoluem os modelos mentais. Revista Ensaio, v. 1, n. 1, p. 66-92, 1999.