A Hidrodestilação

Experimento 4: Hidrodestilação

1. INTRODUÇÃO

Os óleos essenciais desde a antiguidade já eram isolados pelos homens, inicialmente aquecendo e mais tarde destilando em corrente de vapor, através dessas técnicas obtinha compostos que tinham odor característico, que passou a se denominar óleos essenciais. Esses óleos essenciais são uma mistura de substâncias voláteis, lipofílicas, geralmente odoríferas e líquidas. Também são conhecidos como óleos voláteis ou essências, sendo geralmente incolores ou amarelados, de origem natural ou sintética e com vasto campo de aplicação. Os óleos essenciais de cítricos são extraídos das cascas e os de laranja podem ser usados diretamente para dar o sabor em bebidas, sorvetes e outros alimentos, e na fabricação de medicamentos e cosméticos, como sabonetes e perfumes. [1]

Um produto majoritário na casca da laranja é o limoneno, um liquido incolor, volátil e oleoso. É produzido em mais de 300 espécies de plantas cítricas, na laranja está presente em cerca de 95 % do óleo encontrado na casca, apresentam estruturas diversas como o terpeno. Porém, este não é o único composto encontrado no óleo essencial da laranja, também são encontradas em quantidades consideráveis outras duas substâncias no óleo essencial da laranja; o mirceno e o linalo. [2]

Foi realizado a extração do óleo essencial através da hidrodestilação, que é o método de extração mais simples e consiste em um sistema onde a matéria prima é colocada juntamente com água. O balão contendo a mistura é ligado a um condensador por onde há fluxo de água para refrigeração. A mistura água e matéria prima são aquecidas diretamente. O vapor produzido na destilação condensa-se no condensador e é recolhido. A separação se faz facilmente pelo fato do óleo e água não serem miscíveis.

2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Para realização do experimento foram retiradas as cascas de algumas laranjas, com o sistema de destilação simples já montado, adicionou-se o material coletado no balão de destilação até a metade de sua capacidade, em seguida adicionou-se agua destilada até o cobrimento do material. Colocaram-se algumas pedras de porcelana para auxiliar a destilação, o sistema foi vedado e manteve-se o controle da temperatura da manta de aquecimento. Ao estabilizar-se a destilação, manteve-se o aquecimento por volta de 40 minutos, após esse tempo de destilação, deu-se inicio ao arraste do óleo essencial, que era aos poucos depositado em um béquer. Produziu-se então em uma pequena quantidade, um óleo incolor com densidade menor que a da água.

Foi desligado o aquecimento e colocou-se a mistura de água e óleo em um funil de separação onde foi adicionado a esta mistura o solvente orgânico diclorometano, agitou-se a nova mistura e se fez a retirada dos gases para que não houvesse problemas com a pressão gerada. Observou-se a formação da fase orgânica (A) e aquosa (B), onde foi retirada e colocada em um béquer, a fase orgânica com o diclorometano e o óleo essencial que ficou abaixo da água no funil. Repetiu-se esse procedimento com adição de diclorometano mais duas vezes.

A solução obtida da fase orgânica foi então colocada em um béquer onde se adicionou uma pequena quantidade de sulfato de sódio, em seguida com a ajuda de um funil de separação, separou-se a solução do sulfato de sódio. Posteriormente, a solução foi levada ao rotavapor para a vaporização do solvente orgânico, restando assim uma pequena quantidade do óleo essencial. Adicionou-se hexano ao óleo e pipetou-se uma pequena quantidade dessa nova solução que foi armazenada em recipiente apropriado para a avaliação quantitativa e qualitativa do óleo essencial.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Quando se adicionou as casas das laranjas cortadas no balão de fundo redondo juntamente com a água destilada, depois de um período de aquecimento, pôde-se perceber a formação do óleo, de acordo com a literatura o produto majoritário da casca de laranja é o limoneno que apresenta uma estrutura apolar, para a obtenção total deste óleo foi adicionado o solvente orgânico diclorometano,