A Lei de Ohm e Condutibilidade
Por: Matheusagabo • 17/7/2023 • Relatório de pesquisa • 1.009 Palavras (5 Páginas) • 104 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS INSTITUTO DE QUÍMICA
FÍSICO-QUÍMICA EXPERIMENTAL II
Efeito da Concentração sobre a Condutividade Específica,
Ponte de Wheatstone de Corrente Alternada
Discentes: Lucas Francisco Franca
Maria Eduarda Fideles Pereira Docente: Prof. Dr. Martin S. Barbosa
Goiânia, 08 de maio de 2023
- Introdução
Soluções eletrolíticas são formadas por eletrólitos quando dissolvidos em água, ou em outro solvente adequado, que conduz corrente elétrica. Nesse caso, ocorrendo uma ionização quando se tem uma molécula e passa a ter íons, e dissociação quando tem compostos iônicos para íons. O formador do eletrólito que constitui a solução, pode ser eletrólitos fortes como sais inorgânicos, hidróxidos alcalinos e alcalinos terrosos ou eletrólitos fracos como ácidos orgânicos e bases inorgânicas.[1]
Para medir a condutividade de uma solução eletrolítica é preciso entender os fatores que alteram o sistema durante a medida, como a velocidade dos íons de carga oposta, aparecimento de gradientes de concentração e a eletrólise nos eletrodos. Portanto, para eliminar os efeitos, usa-se corrente alternada e eletrodos de platina, e a célula de condutividade é colocada em ponte de Wheatstone[2]. A ponte é usada para encontrar a resistividade, e a partir dela é possível ser calculada a condutividade, sendo inversamente proporcionais.
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Experimentalmente é possível perceber diferentes concentrações obtém-se diferentes condutividades, com o intuito de entender melhor a influência da solução eletrolítica é feito o cálculo da condutividade molar. Nesse caso, ela é a medida da capacidade de transportar corrente de uma dada quantidade de eletrólito, dependendo da carga, volume e atração eletrostática, utilizando a equação 2. [pic 4]
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Para eletrólitos fortes, quando maior a concentração, maior a quantidade de carga por volume, diminuindo a velocidade dos íons, aumentando a condutividade da solução. Isso está relacionado a dissociação completa, sendo possível prever o comportamento utilizando a Lei de Kohlrausch, demonstrado na equação 3, em que Λ◦ é a condição mola limite, ou seja, c=0, e o K é a constante de Kohlrausch.
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Objetivo
Medir a condutividade de eletrólitos fracos e moderados em diferentes concentrações, e verificar a validade de Koahlrausch da L vs (Ce)1/2
Procedimento experimental
Procedimentos detalhados e descritos na referência “Universidade Federal de Goiás (UFG)” - Instituto de Química - “Físico Química experimental II (2022) páginas: 8 e 9. (Adaptado pelo Professor Dr.Matin Scwellberger Barbosa)
Resultados e discussões
A tabela 1 apresenta dados sobre a condutividade molar e a raiz da concentração nominal do ácido acético:
c^1/2 (mol/L) | Λm (S.cm^2/mol) |
0,02236068 | 147,54 |
0,031622777 | 63,53 |
0,070710678 | 21,96 |
0,1 | 16,37 |
0,141421356 | 10,57 |
0,173205081 | 8,95 |
0,316227766 | 4,453 |
Tabela 1: raiz da concentração e condutividade molar das soluções de ácido acético
A partir de dessa tabela foi montado o gráfico 1 abaixo:
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Gráfico 2: Λm vs c1/2 de CH3COOH
Ao analisar o gráfico é possível notar que ele não possui uma linearidade, o que deixa isso mais nítido é que ao passar uma linha de tendência o fator R2 está bem longe de 1. Dessa forma, não é aplicável a relação feita por Kohlrausch evidenciando que a sua lei não engloba eletrólitos fracos (baixa ionização) como o ácido acético.
A seguir foi montada a tabela 2 e o gráfico correspondente com os dados relacionados as soluções de KCl:
c^1/5 (mol/L) | Λm (S.cm^2/mol) |
0,0005 | 153,25 |
0,001 | 147,8 |
0,005 | 138,7 |
0,01 | 123,1 |
0,03 | 126,66 |
0,1 | 103,9 |
Tabela 2: raiz da concentração e condutividade molar das soluções de kCl
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Gráfico 2: Λm vs c1/2 de KCl
Esse segundo gráfico diferente do anterior apresenta uma relação bem mais linear com o fator R2 mais próximo de 1. Assim, é viável as previsões através dos parâmetros de kohlrausch para tal substância e possibilitando calcular a constante K e a condutividade molar na diluição infinita:
y = -407,09x + 142,17
Λm = Λm0 - kc1/2
Λm0 = 142,17
K = -407,09
Ainda por cima, é valido destacar que a enorme distinção entre o gráfico de ácido acético e cloreto de potássio é resultado da grande diferença do potencial de formarem íons entre as duas substâncias. Em que o KCl apresenta um grande Kps e o ácido um Ka extremamente baixo.
Em sequência, foi feita a titulação de uma solução de ácido acético com concentração desconhecida, mas que como descrito no procedimento experimental deve equivaler de três possíveis valore: 0,1; 0,5 ou 1,0 mol.L-1. Ademais, foi elaborado uma tabela com o volume de NaOH adicionado pela condutividade descrita no equipamento:
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