A Produção de Sabão
Por: raauldias • 27/5/2016 • Ensaio • 1.106 Palavras (5 Páginas) • 352 Visualizações
ETEC CIDADE DO LIVRO
ADILSON KAMIMURA
ARMANDO PACCOLA
EDSON GONÇALVES
RAUL DIAS
PRODUÇÃO DE SABÃO:
SAPONIFICAÇÃO
Lençóis Paulista – SP
2016
ADILSON KAMIMURA
ARMANDO PACCOLA
EDSON GONÇALVES
RAUL DIAS
PRODUÇÃO DE SABÃO:
SAPONIFICAÇÃO
Trabalho prático sobre preparação de sabão da Disciplina Tecnologia dos Processos Industriais da ETEC Cidade do Livro, para obtenção da Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio de Técnico em Química.
Prof. Luciane Paccola
Lençóis Paulista – SP
2016
Sumário
1 – INTRODUÇÃO
2 – OBJETIVO
3 – MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 – MATERIAIS E REAGENTES
3.1.1 – MATERIAIS
3.1.2 – REAGENTES
3.2 – MÉTODOS (PROCEDIMENTO)
4 – RESULTADOS E DISCUSSÕES
5 – CONCLUSÕES
6 – BIBLIOGRAFIA
1 – INTRODUÇÃO
Os sabões e os detergentes servem, principalmente, para livrar-nos da sujeira. A sujeira é composta, na maioria das vezes, por óleos e gorduras, podendo ser acompanhada por microrganismos ou outras substâncias, polares ou pouco polares, como pó, restos de alimentos, etc.
Óleos e gorduras, são substâncias formadas a partir de ácidos carboxílicos com cadeias carbônicas longas, conhecidos por ácidos graxos. Esses ácidos geralmente são monocarboxílicos (possuem apenas uma carboxila -COO-) e formam os glicerídeos que pertencem à família dos lipídeos.
Os ácidos graxos formadores dos óleos diferem dos formadores das gorduras por possuírem mais insaturações (ligações duplas) em sua cadeia. Devido a isso, os óleos possuem menor ponto de fusão e ebulição que as gorduras sendo, por isso, geralmente, líquidos na temperatura ambiente (± 20ºC). Já gorduras, nesta temperatura, são, geralmente, sólidas. (ZAGO NETO; PINO, 1997)
Há diferenças entre óleos de origem animal e vegetal. Os de origem animal, geralmente são mais densos que os vegetais, devido ao menor número de insaturações da cadeia carbônica.
O sabão é produzido a partir de óleos e gorduras e de bases como hidróxido de sódio e hidróxido de potássio, que quando reagem, realizam o processo de saponificação (figura 1).
Figura 1 - Reação de saponificação |
[pic 1] |
O glicerídeo é um triéster, formado pela reação da glicerina com ácidos graxos. A reação do glicerídeo com a base forte, forma um sal. Os sais, são substâncias que possuem, pelo menos, uma ligação com caráter tipicamente iônico. O sal formado pela reação de saponificação possui característica básica, pois deriva de uma reação entre uma base forte e um ácido fraco (ácido graxo). Por esse motivo o sabão não atua muito bem em meios ácidos, nos quais ocorrerão reações que impedirão uma boa limpeza (figura 2).
Figura 2 - Molécula de sabão (Laurato de sódio) |
[pic 2] |
A molécula que constitui o sabão, como já foi dito, pertence à função química sal; logo, ela possui uma ligação iônica, e, portanto, polar. Essa polaridade, bem como o tamanho da cadeia carbonada apolar, possibilita que o sabão se dissolva em substâncias polares, e até mesmo nas duas ao mesmo tempo. É essa propriedade que faz com que o sabão limpe. A dissolução da sujeira ocorre devido à formação de ligas intermoleculoares entre a sujeira e a parte apolar da molécula do sabão (parte hidrofóbica - figura 3).
Figura 3 - Superfície suja com água e sabão |
[pic 3] |
Ocorre a formação de micelas solíveis em água e dessa forma pode-se eliminar a sujeira da superfície (figuras 4 e 5).
As diferenças encontradas entre os sabões e detergentes situam-se, principalmente, em sua forma de atuar em águas duras e águas ácidas. Os detergentes, nessas águas, não perdem sua ação tensoativa, enquanto que os sabões, nesses casos, reduzem grandemente e até podem perder seu poder de limpeza. Os sais formados pelas reações dos detergentes com os íons cálcio e magnésio, encontrados em águas duras, não são completamente insolúveis em água, o que permite ao tensoativo sua permanência na solução e sua possibilidade de ação. Em presença de águas ácidas, os detergentes são menos afetados pois possuem também caráter ácido e, novamente, o produto formado não é completamente insolúvel em água, permanecendo, devido ao equilíbrio das reações químicas, em solução e mantendo sua ação de limpeza. (ZAGO NETO; PINO, 1997)
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