O Ponto de Ebulição
Por: Mariana Figueiredo • 24/5/2017 • Relatório de pesquisa • 492 Palavras (2 Páginas) • 144 Visualizações
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Nome: Mariana Figueiredo da Silva
Orientador: Waldimir Barroco
Tema: Descolonização do conhecimento: um novo caminho para o conhecimento da ciência através da ancestralidade para alunos negros produzindo ciência.
Objetivo
O objetivo do projeto final de curso é mostrar como a ciência foi desenvolvida a partir de uma perspectiva eurocêntrica e tentar traçar um novo caminho a partir da ciência negra, buscando na história toda a ancestralidade e as contribuições da população negra ao longo da história. O trabalho busca retomar a autoestima dos estudantes negros no ramo da ciência e mostrar como a polarização da produção e divulgação da ciência influencia nas escolhas de carreiras da população negra. Seguindo a mesma linha, o projeto visa relatar como é difícil para a população negra acadêmica, na ciência principalmente, enfrentar os desafios em instituições com um conteúdo extremamente eurocêntrico, voltado para o protagonismo de uma ciência branca.
O abjetivo é nos libertar do colonialismo científico, criando um espaço promissor de enunciação intelectual e científica. Precisamos deixar de sermos intelectualmente colonizados e começar a pensar a ciência como algo não polarizado. Começar a pensar a ciência como multipolarizada.
Onde estão os pensadores negros? Não brancos?
A produção cientifica é voltada a experiência do atlântico norte- tanto europeia, quanto norte-americana. São nesses exemplos que nós, da periferia, acabamos baseando nosso discurso intelectual sociológico, antropológico, político e historiográfico.
Em 2000, o indiano Dipesh Chakrabarty, da universidade de Chicago, escreveu um livro chamado Provincializando a Europa [Provincializing Europe]. O argumento básico do livro diz que a Europa é como se fosse uma paróquia. Só que essa paróquia se mundializou, a partir de um longo processo histórico associado ao colonialismo. E passamos a acreditar que nela estaria alguma espécie de grande verdade.
( http://www.cienciahoje.org.br/revista/materia/id/815/n/descolonizacao_do_pensamento).
Sabemos que é um grande desafio incluir outra perspectiva de produzir ciência no ensino e no debate.
Professor, eu tenho muitos textos para ler ainda, mas gostaria de adiantar que vou usar “Tornar-se Negro” da Neusa Souza Santos que trata a questão da autoestima e como esse pensamento de inferioridade influencia nossas escolhas profissionais também. Quero fundamentar minhas ideias com ajuda do livro Pele Negras Máscaras Brancas de Frantz Fanon.
Comprei os livros: Diversidade Étnico-racial e Educação Superior Brasileira - Experiências de Intervenção e Racismo, Sexismo e Desigualdade No Brasil - Col. Consciência Em Debate. Quarto de Despejo - Diário de Uma Favelada
Posso abordar a questão das mulheres negras na ciência. Para falar de questões raciais tem que fazer um recorte de classe e gênero. É um recorte muito importante porque fala de como é difícil para uma mulher estar produzindo ciência, protagonizando questões importantes e como isso é mais difícil ainda para uma mulher, negra e pobre. Tenho muitas ideias na cabeça. Tô perdida. rs
Quero falar sobre as questões subjetivas que influenciam e são superimportantes nas escolhas dessas pessoas negras. Auto-estima, influência do meio em que vive, etc.
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