Prática de Ensino em Ciências nos Anos Finais do Ensino Fundamental

Prática de Ensino em Ciências nos Anos Finais do Ensino Fundamental

Aluna: Cássia Priscila Cunha da Cruz

RGM: 20713207

Curso: QUÍMICA (LICENCIATURA) – Polo: São Miguel Paulista

Tutor(a): Prof º Carlos Adriano Martins

Atividade Reflexiva- Unidade I - O Aluno “Docente”: Possibilidades e Desafios do Estágio

Introdução

Com a leitura do material didático, artigos científicos, e vídeos relacionados ao tema sugerido, foi possível compreender a importância da prática do estágio curricular supervisionado para alunos de cursos de licenciatura e as dificuldades enfrentadas pelos mesmos. Através da rotina de estagio podemos ter uma análise melhor sobre a rotina didática da equipe acadêmica (professores, administração, conselho pedagógico) e dizer que esse conjunto é indispensável para a resolução de dificuldades enfrentadas por professores de ciências na atuação profissional.

Transformações vistas em metodologias de ensino em ciências, vão além das paredes da sala de aula, o ensino deve ser abordado de forma dinâmica e ampla, buscando sempre manifestar a curiosidade do aluno em desenvolvimento de pesquisas, levantando dúvidas e questionamentos, para que professores possam direcionar os mesmos para experiências e metodologias que proporcionem alternativas de aprendizagem, despertando no aluno a vontade de construir o próprio conhecimento com auxílio do professor.

 

Discussão

Segundo Santos (2005) o estágio supervisionado torna-se um espaço de construção significativa no processo da formação de professores, contribuindo para o seu desenvolvimento didático. Ele deve ser visto como uma oportunidade de formação pedagógica. O licenciado terá um papel ativo e isto exige que esteja aberto para mudanças com o objetivo do crescimento pessoal e profissional.

É essencial ao docente a prática do estágio, pois assim ele terá uma vivencia do que irá enfrentar no âmbito de sua área de atuação, podendo também compreender a metodologia de ensino do professor orientador e vivenciar as dificuldades enfrentadas pela área acadêmica.

Ao longo dos anos podemos observar que houveram grandes mudanças como: no sistema de ensino, nas leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, mudanças no desenvolvimento de metodologias de ensino, mas ainda assim professores tem enfrentado grandes dificuldades em relação a adaptação dessas mudanças.  

Entre algumas variáveis que tornam complexo o processo da implementação do ensino de ciências que estão descritas nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) se destacam: a formação do profissional da educação, incluindo graduação e as continuidades, o funcionamento da instituição de ensino, as condições de trabalho, práticas educativas adotadas por professores. Por outro lado, as ações dos professores podem atuar como barreira em relação as diretrizes do PCNs, podendo ser aceitas, repelidas ou ainda adaptadas à pedagógica (BEJARANO E CARVALHO, 2003).

Podemos considerar três grupos de desafios enfrentados na formação de professores de ciências, estando esses inter-relacionados, sendo o primeiro grupo: as condições de trabalho e finalidades de ensino, que aborda a má remuneração de professores, a jornada excessiva de trabalho, a precariedade na estrutura escolar (material didático, biblioteca e laboratórios) e a influência negativa na preparação do conteúdo pedagógico, pois os professores de ciências acabam preparando os alunos apenas para exames de vestibulares devido as exigências curriculares

(MARTINS,2005).

MARTINS ainda afirma que mesmo que esses parâmetros sejam superados ainda teremos outros dois, sendo o segundo à formação básica e formação continuada, professores devem ser profissionais qualificados, não bastando somente saber a matéria a ser ensinada, mas também a didática de ciências, conhecer o Movimento de Concepções Alternativas (MCA), responsável pelo pensamento de estudando acerca dos mais variados conceitos científicos e os mesmos devem dar continuidade aos estudos e estar se atualizando em relação aos novos conteúdos. E o terceiro a alfabetização científica para o diálogo (com a cultura científica), onde ele descreve que para que possuirmos uma cultura cientifica não é um processo fácil, ou imediato. Os professores irão enfrentar grandes desafios como: fornecimento de elementos para que os sujeitos possam dialogar com essa cultura, interpretar o mundo onde está inserido com toda a complexidade. Ou seja, esse processo dependera de professores competentes e capacitados para suas diversas funções.

O Professor Celso Antunes no vídeo Ser Professor Hoje ressalta que nos dias atuais a função do professor não é a mesma de antigamente de ser um transmissor de informações, pois no mundo atual o acesso a informação está muito mais fácil, cabe ao professor buscar desenvolver competências e até mesmo de certa forma um estimulador de inteligência. Segundo ele para um professor ser realmente bom, não deve apenas saber o conteúdo, mas também saber de maneira eficaz transmitir esse conteúdo estimulando o aluno a pensar e se questionar sobre o mesmo. Celso Antunes tem a visão do professor atual como um constante aprendiz, buscando aprimorar seus conhecimentos e novas formas de ensinar, pois a maneira que você transmite uma mensagem é muito mais importante que a própria mensagem a ser transmitida.