Relatorio formulação de sabonete liquido

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS

DEPARTAMENTO DE QUÍMICA

BACHARELADO EM QUÍMICA TECNOLÓGICA

Laboratório de Processos Industriais

Profª.: Angela de Mello Ferreira

Fabricação de Sabonete Líquido

DAYANE APOLÔNIO DO CARMO

DIOGO AUGUSTO GONÇALVES

Belo Horizonte 2016

Introdução

Os sabonetes líquidos, assim como todos os sabões, são produtos de limpeza que se baseiam em substancias anfifílicas, isto é, compostos que são capazes de se dissolver tanto na água quanto em lipídeos e outras substâncias apolares. Ele é recomendado espacialmente para higienização das mãos, sendo inclusive recomendado pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária para remoção da microbiota transitória em procedimentos médicos.

O sabonete líquido não havia sido inventado até o final do século 19. Em 1898 foi patenteado um produto feito a partir de óleos de palma e de oliva. O sucesso foi tão grande que originou a companhia Palmolive.

Ambos os processos de mistura contínua e batelada são usados ​​para fabricar produtos de limpeza na forma líquida e gel. Estabilizadores podem ser adicionados durante a fabricação para garantir a uniformidade e estabilidade do produto acabado.

Em um processo contínuo típico, os ingredientes secos e líquidos são adicionados e misturados a uma mistura uniforme utilizando misturadores de linha ou estáticos.

Recentemente, produtos líquidos mais concentrados foram introduzidos. Um método de produção destes produtos utiliza novos processos de mistura de alta energia em combinação com agentes estabilizadores.

Objetivos

Estudar a formulação de sabões líquido e sólido, bem como estudar suas propriedades físico-químicas.

Materiais

Reagentes

• Lauril Éster Sulfato de Sódio
• Amida 60%
• Nipagin
• Cloreto de Sódio
• Cloreto de sódio
• Água destilada
• Agente Perolizante
• Corante
• Essência

Vidrarias

• Colher de madeira
• Bastão de plástico
• Frasco de plástico transparente
• Pipeta volumétrica 25±0,02 mL e de 5±0,02 mL
• Béqueres

Equipamentos

• Balança analítica (Ohaus/Adventurer™) 
• Espátula
• Formas de madeira

Equipamento de proteção individual

• Guarda pó; óculos de proteção; luva de látex; luva de amianto; protetor facial para altas temperaturas.

Procedimentos

1 - Foram dissolvidos 150 mL de lauril em 500 mL de água e em seguida 15,0 mL de amida 60.

2- 0,5 g de Nipagin foram dispersos em cerca de 20 mL de água e em seguida adicionados à mistura.

3- 10 g de cloreto de sódio foram dissolvidos em 10 mL de água e adicionados à mistura.

4- Foi adicionado o corante e essência.

Resultados e Discussão

O lauril éter sulfato de sódio tem a função de tensoativo. Ele é um organossulfato derivado do ácido láurico, portanto possui uma cadeia alifática de doze carbonos, e um grupo éter cujo número de carbonos pode variar.

[pic 1]

Figura 1 – Estrutura do lauril éter sulfonato de sódio

O expessante utilizado foi a dietanolamina de ácidos graxos de cocô é comercializada sob a forma de amida 60%. Ela tem a função de aumentar a viscosidade do produto, aumentar a estabilidade da espuma e da um efeito emoeliente, isto é, de maciez para a pele.

O sabão é passível de colonização por microrganismos gram-negativos, portanto deve-se utilizar um agente conservante. O Nipagin é o nome comercial do metilparabeno agente antimicrobiano derivado da esterificação do ácido 4-hidroxibenzóico, utilizado como conservante de produtos aquosos e oleosos.

Os agentes perolizantes são utilizados nos produtos cosméticos com função meramente estática. Eles mascaram eventuais imperfeições nas formulações e dar brilho e cor ao produto. São materiais cerosos do tipo álcoois, glicerídeos, ésteres amidas e ácidos carboxílicos de ponto de fusão superior a 50 °C.

Entre as vantagens de se produzir sabonetes líquidos sintéticos podem-se citar o controle do pH, já que permite fácil controle do seu pH para que fique próximo ao da pele humana, neutro ou mesmo básico; viscosidade, podendo-se obter sabonetes bastante líquidos, densos ou na forma de gel; os aditivos, como extratos glicólicos, essências e corantes, entre outros, são facilmente incorporados; o custo, já a matéria prima para a fabricação de sabonetes líquidos sintéticos são relativamente baratos e o preparo, já que o processo de produção dos sabonetes líquidos sintéticos é fácil e rápido.

Conclusão

Pode-se concluir que ambos agentes de limpeza (sabões) são fabricados segundo o mesmo princípio, apesar de possuírem aplicações e matéria-prima distintas. Ambos são de fácil síntese, sendo produzidos em escala industrial e artesanal. Assim, diz-se que os resultados foram satisfatórios e que o objetivo do experimento foi executado.

Referências Bibliográficas

• Química Nova Interativa, “Metilparabeno” – DOMINGOS, H. Acessado em 25/10/2016 http://qnint.sbq.org.br/qni/popup_visualizarMolecula.php?id=F7V0wfLtbwmNfZoUQstNASgQj_-6JyowhxzWYWaQB_33EYWkUunWPvyJrLoUuxKZCfVbhrd64qzEayFDn-bQKQ 
• Agência Nacional de Vigilância Sanitária (BR). Segurança do paciente. Higienização das mãos. Brasília: Ministério da Saúde; 2008.  
• SWOBODA, S.M., et al. Electronic monitoring and voice prompts improve hand zhygiene and decrease nosocomial infections in an intermediate care unit. Crit Care Med, v.32, p.358-363, 2004.
• Ficha Técnica da Dietanalamida de Ácido de Cocô (Macler Produtos Químicos Ltda.)  acessado em 25/10/2016-file:///C:/Users/user/Downloads/52_amida_60_-_ficha_tecnica.pdf
• NIPAGIN® M e NIPASOL® M Metilparabeno e Propilparabeno – Informatico técnico Pharma Special.
• Revista Households e cosméticos – “Aditivos estéticos: opacificantes e perolizantes”, Ricardo Pedro acessado em 25/10/2016

http://www.freedom.inf.br/artigos_tecnicos/29092006-2/adtivos.asp

QUESTIONÁRIO

1) Quais são os parâmetros de qualidade você poderia estabelecer para controlar a qualidade do sabão líquido, justifique?