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VANIN, José Atílio. Alquimistas e químicos: O passado, o presente e o futuro

Por:   •  19/3/2016  •  Artigo  •  921 Palavras (4 Páginas)  •  1.215 Visualizações

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VANIN, José Atílio. Alquimistas e químicos: O passado, o presente e o futuro. (2 Ed São Paulo: Moderna, 2005, p. 32-41),

O capítulo 3 do livro resenhado aborda os detalhes da vida e das grandes idéias de um químico que marcou todo o desenvolvimento da ciência, em específico a química, analisando desde a origem de todo o seu conhecimento até a visão atual com os novos rumos não só hoje, para toda a investigação química, mas para seus contemporâneos trazendo uma compreensão para o mundo.

Antoine Laurent Lavoisier, um Químico francês, filho de uma família rica, nasceu no ano de 1743, no dia 26 de agosto em Paris. Lavoisier era um aluno simplesmente brilhante. Estudou no colégio Mazarin, e ao completar seus dezessete anos, foi matriculado na Universidade de Paris para estudar Matemática e Filosofia. Como filho único para viver além da infância, era natural que se tornasse advogado aceitando esse caminho de poder e influência, mas seu interesse estava na ciência. Então, sua graduação em direito serviu apenas para mais uma de suas especialidades, pois Lavoisier não exerceu sua profissão de advogado, e sim, se estabilizou como cientista. Mas e toda essa paixão pela ciência, de onde veio? Bom, acredita-se que Guettard, fundador da geologia moderna contribuiu para que Lavoisier se tornasse um esplêndido apaixonado pelas ciências. Interessante é que atualmente no Brasil nunca existiu ligações entre ciências e humanas, e um aluno de direito, seguir carreira para cursos de ciência é algo bastante interessante. Lavoisier participou de leituras públicas, fez cursos privados, e trabalho de campo. Um homem realmente encantador, ele consegue montar seu próprio laboratório com os melhores equipamentos disponíveis naquela época, e todos estes equipamentos utilizados por ele, eram todos encomendados da França, isso deu garantia para que o cientista pudesse desenvolver suas teorias e corrigir muitas concepções.

Um grande exemplo para todos, um homem super apaixonado pela ciência, sem recursos adequados, tudo improvisado, mas conseguiu dar um avanço gigantesco. Depois, ele melhorou a qualidade da pólvora, e fez uma lei, extinta, a que permitia ao rei o privilegio de sequestrar do celeiro de qualquer súdito usando-a como adubo para pólvora. Lavoisier ainda fez muitas outras coisas, assumiu cargos públicos importantíssimos, defendeu os direitos do cidadão, defendeu também a liberdade de imprensa, apoiou a revolução francesa, mas depois, seu prestígio todo entrou em decadência. Lavoisier foi preso, acusado de desviar dinheiro público, os cientistas de toda a Europa, temendo pela vida de Lavoisier, enviaram uma petição aos juízes para que o poupassem em respeito a seu valor científico. O presidente do tribunal, recusou o pedido com uma frase que se tornou famosa "A FRANÇA NÃO PRECISA DE CIENTISTAS". A acusação, assim, passou de peculato para traição e Lavoisier foi guilhotinado no dia 8 de Maio de 1794. Lagrange, que era matemático e que sobreviveu a Lavoisier, atribuiu-se uma frase que serviria de bom epitáfio ao infortunado químico: "NÃO BASTARÁ UM SÉCULO PARA PRODUZIR UMA CABEÇA IGUAL À QUE SE FEZ CAIR NUM SEGUNDO". O fato é que, por todas as suas grandes contribuições, foi considerado o pai da Química Moderna, e importante não só pelas suas descobertas originais, mas também por fornecer o melhor possível para seus contemporâneos.

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