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A Administração História e evolução da Administração

Por:   •  7/5/2017  •  Seminário  •  4.731 Palavras (19 Páginas)  •  883 Visualizações

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2. A ADMINISTRAÇÃO

2.1 História e evolução da Administração

Há vários relatos de como e onde surgiu o primeiro ato de se administrar, o fato é que, se analisarmos ao fundo os pontos do ato administrativo, podemos perceber que esta ação já existe desde a pré-história. Um bom exemplo é nos submetermos ao mundo pré-histórico, há milhões de anos atrás, em um ambiente não tão agradável, onde grandes animais lutavam por um único objetivo, a sobrevivência. Neste mesmo ambiente, um ser tanto quanto rústico, mas que estava ali lutando para se manter vivo, apesar de ser uma presa fácil neste mundo, no entanto para não morrer de fome nem de frio, a única solução que se encontrava ali era a caça daqueles que, por assim dizer, eram os seus caçadores (animais famintos). Porem, este único ser descobre que sozinho sua busca por comida era mais difícil, quando num certo dia reunido com os demais de sua espécie, se deparam com um mamute, era a certeza de comida, contudo, para comê-lo, primeiro deviam matar o animal, por se tratar de um animal grande, um único homem não o mataria, foi então que um deles teve a idéia de fazerem um cerco ao redor do animal, enquanto os demais se colocassem em um ponto estratégico para que assim todos pudessem atacar o grande animal ao mesmo tempo, feito isso, todos puderam se alimentar.

Analisando esta estória, podemos tirar vários pontos de administração, o primeiro ponto é: alguém teve a idéia de matar o mamute para se alimentarem, o que se percebe que, quem teve esta idéia se destacava como um líder natural dentro do grupo de primitivos; depois com toda elaboração de um plano de ação (de cercar e todos atacarem ao mesmo tempo), estava nascendo ali um planejamento, este, no entanto faz parte da administração, contudo o que se pode concluir é que ali surgia a administração.

Outro fato que relata o surgimento da Administração ocorreu por volta do ano 5000 a.C., na Suméria, devido à necessidade dos antigos habitantes em terem uma melhor resolução para os seus problemas, a partir daí surge a arte e o exercício de se administrar. Depois é a vez do Egito, com Ptolomeu que planejou e dimensionou um sistema econômico que não teria como operacionalizar sem a ajuda de uma administração pública sistêmica e organizada. Logo depois, na China em 500 a. C., havia uma necessidade de ter um sistema organizado de governo para o império, a Constituição de Chow, exemplifica a tentativa chinesa de definir regras e princípios da administração, junto com as oito Regras de Administração Pública de Confúcio: 1- O Alimento; 2- O mercado; 3- Os Ritos; 4- O Ministério de Emprego; 5- O Ministério da Educação; 6- A administração da Justiça; 7- A Recepção dos hospedes e 8- O Exército.

E ainda as instituições otomanas, pelo jeito de como eram administrados seus grandes feudos e, os prelados católicos, que na Idade Média destacavam-se como sendo administradores natos.

Entre 1550 a 1700, na Alemanha e na Áustria, através do surgimento de um grupo de professores e administradores públicos denominados Fiscalistas e Cameralistas. Ainda, os mercantilistas franceses, cuja valorização era voltada à riqueza física e ao Estado, pois ao lado das reformas fiscais davam a importância a uma administração sistemática, em especial no setor público.

Com a evolução histórica da administração, podem-se apontar duas instituições que se destacaram: a Igreja Católica Romana e as Organizações Militares.

A Igreja católica romana pode ser considerada a organização formal mais eficiente da civilização ocidental, tem atravessado séculos e sua forma primitiva tem permanecido mais ou menos a mesma: um chefe executivo, um colégio de conselheiros, arcebispos, bispos, párocos e a congregação de fiéis. Apoiada não só na força de atração de seus objetivos, mas também na eficácia de suas técnicas organizacionais e administrativas, a Igreja tem sobrevivido às revoluções do tempo e oferecido um exemplo de como conservar e defender suas propriedades, suas finanças, rendas e privilégios. Sua rede administrativa espalha-se por todo o mundo e exerce influência inclusive sobre o comportamento dos fiéis.

A organização de exércitos nacionais tem-se constituído numa das principais preocupações do Estado moderno. O exército aparece nos tempos modernos como o primeiro sistema administrativo organizado, substituiu as displicentes ordens de cavaleiros medievais e posteriormente, os exércitos mercenários que proliferaram nos séculos XVII e XVIII. O exército moderno se caracteriza não só por uma hierarquia de poder que vai desde o comando em chefe até o último soldado, como também pela adoção de princípios e práticas administrativas comuns a todas as empresas modernas. No entanto, com todos esses momentos históricos, é difícil relatar até que ponto os homens da antiguidade, Idade Média e até mesmo do inicio da Idade Moderna, estavam conscientes de que já estavam administrando.

O que se pode afirmar é que o fenômeno que provocou o aparecimento da empresa e da moderna administração, ocorrido no final do século XVIII e se estendeu até o século XIX, chegando ao começo do século XX e que trouxe profundas e rápidas mudanças sociais, econômicas e políticas, foi a Revolução Industrial.

A moderna administração surge em resposta a duas consequências geradas pela Revolução Industrial, segundo Chiavenato (2003), houve um crescimento desordenado e caótico das empresas. Os recursos eram mal aproveitados e desorganizados, portanto havia a necessidade de aumento da eficiência e de substituição do empirismo por métodos científicos.

No primeiro momento, foi o crescimento desenfreado e desorganizado das empresas que passaram a pedir uma administração cientifica que fosse capaz de substituir a praxe e a improvisação.

A segunda consequência foi à necessidade de uma maior eficiência e produtividade das empresas, para fazer face à intensa concorrência e competição no mercado.

Observa-se a evolução da Administração mais claramente quando se identificam as principais escolas, orientações e abordagens seguidas pelos estudiosos desta área, nas várias tentativas já efetivadas para a formulação de uma teoria Administrativa.

A partir da Revolução Industrial é que a Administração passou a ser estudada como ciência, porém antes mesmo da Revolução já havia a administração, contudo até a ocorrência da Revolução Industrial, em 1776, não existiam empresas no mundo, a primeira a surgir foi na Inglaterra, devido ao acoplamento dos motores movidos a vapor aos Teares, daí surge o primeiro tipo de empresa que foi a indústria têxtil.

O fato de haver algumas problemáticas na Revolução Industrial, é que foi propício para que surgissem assim as escolas pioneiras da Administração: a Administração Científica e a Teoria Clássica. Assim, no inicio do século XX é que surge Frederick Winslow Taylor (1856-1915), engenheiro americano que apresentou os princípios da Administração Cientifica e o estudo da Administração como Ciência. De acordo com Chiavenato (2003), Taylor identificou três males nas indústrias (vadiagem sistêmica, desconhecimento pela gerencia do trabalho dos operários e falta de uniformidade dos métodos de trabalho).

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