A Administração e Orçamento
Por: Ana Luiza Almeida • 18/5/2021 • Resenha • 1.342 Palavras (6 Páginas) • 117 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO[pic 1]
Centro de Filosofia e Ciências Sociais - CFCH
Escola de Serviço Social – ESS
Disciplina: Administração e Orçamento
Alunas: Ana Luiza Almeida, Julia Oliveira, Leticia Rangel
Professora: Verônica Cruz
Carga Horária: 60 horas.
2020.2
Fazer uma associação com o que propõem os autores Taylor, Ford, Fayol e Mayo.
O trabalho consiste em relacionar o filme “Revolução em Dagenham” às teorias administrativas propostas por estes autores.
Teoria administrativa de Ford
A linha de montagem é um tema bastante discutido quando estudamos Ford, pois dita o ritmo de trabalho. Ford estabeleceu o padrão de organização de processos produtivos que se tornaria universal, pois logo após Ford fazer a linha de montagem na Ford Motors, ela se expandiu para toda a indústria. Esse padrão de organização possibilitou a produção em massa que resultou em um ritmo de trabalho ultra sobrecarregado. A busca pela produtividade incorporou mecanismos e a mecanização trouxe inúmeros problemas para os trabalhadores, como lesões, acidentes de trabalho, doenças motoras, entre outros.
O pensamento de Ford e sua teoria inovaram totalmente a questão da fabricação, facilitando a produção, apesar de não facilitar, como citado, a vida do trabalhador. Para a produção em massa ocorrer, Ford implantou dois princípios: a divisão do trabalho, que ocorria com o trabalhador repetindo a mesma atividade todos os dias, pois era sua parte designada na produção, e com essa repetição ele se tornava especializado; E o outro princípio é o da fabricação de peças e componentes padronizados.
No filme, Rita e as outras mulheres costureiras trabalham em uma Indústria Ford, então logicamente os princípios de Henry Ford estão presentes. Logo no início do filme, um narrador aponta em números a produção em massa na Indústria Ford de Dagenham, que graças a linha de montagem tinha uma produção de 3.000 automóveis por dia, o que com certeza não aconteceria sem esse sistema. Além disso, podemos citar o princípio da divisão do trabalho, que é um princípio que faz parte da teoria administrativa de Ford e é visto com muita clareza no filme, com as mulheres costureiras tendo como responsabilidade diária fazer a mesma atividade, e assim, se especializando na mesma.
Teoria administrativa de Taylor
Taylor, em sua teoria administrativa, acreditava na melhoria da produtividade de suas fábricas, portanto começou a desenvolver meios para que isso ocorresse. O avanço da tecnologia não era de seu interesse, apenas o aumento de produtividade, portanto Taylor passou a controlar a jornada de trabalho de seus operários e passou a controlar o tempo como forma de melhorá-las. Seu objetivo era fazer que o trabalhador produzisse mais em menos tempo, sem elevar os custos de produção da empresa, por isso que ele considerava importante a divisão do trabalho, pois o operário passaria a se especializar em uma única tarefa e com essa especialização o indivíduo realizaria seu trabalho cada vez mais rápido.
Relacionando o pensamento de Taylor com o filme “Revolução em Dagenham”, podemos fazer essa relação da divisão do trabalho com as costureiras, pois no filme há essa retratação: um espaço somente com costureiras realizando a mesma tarefa, que é costurar os bancos dos carros da Ford. Essa ideia de que há desempenho de cargos e tarefas específicos para pessoas específicas, é muito trabalhada quando estudamos esse pensador.
No filme também é retratada a precarização das relações de trabalho, no qual Taylor não concordava, pois está também relacionado à produtividade. O conforto é fundamental na execução de tarefas dos operários. É possível observar que no filme as costureiras trabalham em uma fábrica muito quente e sem ventilação, visto que quando elas chegam em seu local de trabalho, todas tiram pelo menos uma peça de roupa para refrescar-se. E quando chove também observamos outro problema, que são as goteiras.
Teoria administrativa de Fayol
Fayol foi o primeiro a entender e colocar em prática a ideia de que a administração deve ser vista como uma função separada de outras funções em uma empresa. A partir disso, entende que o gerente tem um trabalho totalmente diferente dos outros operários técnicos da empresa. Ele foi o pioneiro na interpretação e cuidado da empresa do nível mais alto ao nível mais baixo, dando enfoque ao nível executivo, enquanto Ford e Taylor abordavam esse mesmo cuidado começando do nível mais baixo ao mais alto, dando enfoque a fábrica.
É com Fayol que se abre o debate a respeito do dirigente, aquele que tem poder para tomar decisões em uma empresa, comandar e coordenar o andamento das coisas. Para completar sua teoria, o pensador trouxe para seu debate quatorze princípios que, segundo ele, devem ser seguidos para uma administração bem feita, com bons resultados.
Dos quatorze princípios, quatro são notáveis no filme “Revolução em Dagenham”. O primeiro deles é a “divisão do trabalho”, o trabalho específico e repetido que as costureiras efetuam, que lhes concede especialização. Outro princípio de Fayol que é possível perceber no filme é o “espírito de equipe”, a união das mulheres em todos os momentos é incomparável, e elas mostram a importância desse laço na hora da luta. Fayol defendia a “remuneração do pessoal de forma equitativa”, e essa é a luta das costureiras da fábrica Ford: Igualdade salarial, condições iguais e salários que refletem o trabalho executado, independentemente do gênero, tudo de forma justa, e isso está diretamente ligado também ao princípio de Fayol que diz respeito sobre a “equidade”, que é o tratamento justo e benevolente para com as pessoas. Entre tantos princípios, estes são bem visíveis no filme que traz uma boa reflexão sobre outras diversas questões, para além da teoria administrativa.
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