A Sustentabilidade em Organizações
Por: juglanssevero • 29/8/2016 • Resenha • 1.085 Palavras (5 Páginas) • 232 Visualizações
Unoesc - Mestrado Profissional em Administração - Sustentabilidade em Organizações
Aluno: Juglans Aimi Severo
Position Paper
Os artigos abordados neste position paper evidenciam a importância da escolha correta e da clareza de indicadores para medir as ações sustentáveis.
Como resultado da conferência Eco-92 surgiu um documento diretriz para ações cunho ambiental em níveis globais, nacionais e locais, chamado Agenda 21, envolvendo a sustentabilidade, quebrando paradigmas de desenvolvimento, baseado na relação continua e interdependente dos 3 fatores base da sustentabilidade (econômico, social e ambiental). Os indicadores de sustentabilidade requerem uma visão integrada do mundo com indicadores multidimensionais mostrando as inter-relações existentes entre eles. Esta mudança de paradigma, obriga a indústrias a buscarem um novo padrão atuar, respeitando a natureza, não buscando lucros à qualquer custo, mas integrando as necessidades dos stakeholders à uma criação de valor de longo prazo. Para conseguir efetivamente utilizar os indicadores, fez-se necessário desenvolver novas ferramentas, sistemas, técnicas e medidas de desempenho, que fornecessem as informações necessárias para abranger um efetivo controle gerencial. Os principais desafios da construção do desenvolvimento da sustentabilidade é criar instrumentos que associem as diversas formas de mensuração, com indicadores que contribuam para a busca de soluções, apresentando a resultados para os problemas sociais, econômicos e ambientais enfrentados pela sociedade.
Essas medições fornecem a base empírica e quantitativa para avaliação do desenvolvimento para fazer comparações de tempo e espaço, descobrindo novas correlações. A Global Reporting Initiative (GRI) foi a organização mundial não governamental que tem a rmissão de desenvolver e disseminar globalmente as diretrizes para a elaboração de relatórios de sustentabilidade. Os principais desafios da construção do desenvolvimento sustentável é criar instrumentos de mensuração que associem as variáveis de diversas esferas com indicadores que contribuam para a busca de soluções que levem a reversão dos problemas sociais, econômicos e ambientais enfrentados pela sociedade. “Este indicadores são como guias que permitem medir não somente a eficácia das ações tomadas, mas também os vieses entre programado e realizado” (KARDEC, FLORES E SEIXAS, 2002 apud CALLADO, FENSTERSEIFER, 2009). Ainda sobre os indicadores, estes devem ser simples, abordando desde os fornecedores até os consumidores finais da cadeia de valor.
Há uma clara distinção entre Desenvolvimento sustentável (o conjunto de ações que promove a satisfação das gerações presentes sem comprometer a capacidade das gerações futuras de reunir e satisfazer suas próprias necessidades) – corroborado por Turano, Cherman e Franca (20114) - e sustentabilidade (um processo continuo em que a meta precisa ser continuamente controlada e melhorada, ou como uma filosofia que busca uma permanente melhoria). Os diversos modelos de indicadores de sustentabilidade apresentados, são formas e métodos diferentes para controlar e gerir aspectos relacionados ao alcance de metas sustentáveis.
Mastroti e Souza (2009) expõem indicadores de desempenho com uma relação matemática que aferem as características de um processo e seus resultados, preocupando-se com a gestão da qualidade dos processos. Cada alteração/evolução no cenário econômico, social, ambiental e cultural alterava a maneira de ver, analizar e selecionar os indicadores a serem utilizados para medir a sustentabilidade, incluindo indicadores que abordassem as pessoas.
A utilização do Balanced ScoredCard é interessante, pois esta metodologia inclui diversos desdobramentos estratégicos que englobam perspectivas, financeiras, de clientes de processos e de aprendizagem e crescimento. Deve-se tomar cuidado para escolher os indicadores efetivamente relevantes, clareando e sensibilizando à todos o entendimento de sua importância. Ao analisar o caso exposto (de empresas semelhantes em culturas diferentes) parece importante que se simplifique a estratégia e sua comunicação, alinhando a organização como um todo dentro de uma estratégica clara de interface entre os indicadores, alinhando-os de forma conjunta, levando em consideração a realidade interna e de stakeholders, consolidar as informações em um único documento, entre outros.
Turano, Cherman e Franca iniciam o artigo evidenciando os impacto socioambientais de nossa evolução econômica. Logo após deixam claro que nem mesmo os gestores organizacionais saber efetivamente o que é sustentabilidade (79% sabe) e 55% da população ouviu falar no termo. A pesquisa realizada procura evidencias a discrepância entre o que é apresentado pela empresas e o que elas efetivamente fazem.
Neste ponto, os autores apresentam um conceito diferente de sustentabilidade do expresso por Callado e Fensterseifer, “um conjunto de valores, objetivos e processos que uma empresa deve focar, com o objetivo de criar valor econômico, social e ambiental e, por meio desse conjunto, minimizar qualquer dano resultante de sua atuação” (ELKINGTON, 1994).
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