Administração Pública-o Começo
Por: Renato Barbosa • 21/5/2017 • Trabalho acadêmico • 1.418 Palavras (6 Páginas) • 192 Visualizações
Instituto Politécnico do Cavado e do Ave
Escola Superior de Gestão
Finanças
Comentário
“Administração Pública, que era politicamente condicionante e economicamente condicionada, apresentasse-nos agora no pólo aposto, sendo hoje politicamente condicionada e economicamente condicionante”. (Freitas do Amaral)
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Trabalho realizado por:
Renato Barbosa nº: 11039
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Índice
A posição da Administração Pública 3
Politicamente: 3
A nível mundial: 3
Em Portugal: 4
Economicamente: 5
A nível mundial: 5
Em Portugal: 5
Conclusão 6
Bibliografia 7
A posição da Administração Pública
Politicamente:
A nível mundial:
A Administração Pública nasceu da necessidade de um órgão completamente soberano imperial na melhoria das condições do seu império, aquilo a que se chama de um upgrade de forma a elevar a matéria em seu domínio, uma mera questão de interesse. Desde o antigo Egipto até à época medieval estende-se uma linha com uma única quebra, como se de uma onda se tratasse, na crista dessa onda situa-se o interesse de um só ou de vários grupos de interesse de forma a elevar o poder do órgão soberano, mas o que realmente movimenta essa onda gigantesca é a complexidade com que o mundo se expandiu.
Nesta expansão mundial a Administração Pública iniciou a sua divisão por diversos órgãos que permitiam manter o poder soberano como no Egipto, Grécia e Roma, nesta altura ela era politicamente condicionante sendo que a sua divisão só se dava pela incapacidade de uma pessoa só conseguir dirigir todos os setores de cada império, sendo assim, cada novo grupo que surgia possuía a função de tornar mais fácil regular e fazer a manutenção desse mesmo império.
Como se tratam de regimes completamente ditatoriais, ligeiramente disfarçados por amostras de democracia que não estavam á disposição de todos (Grécia e Roma), só dominava quem realmente possuía o apoio oficial dos diversos senhores com poder económico para constituir grandes exércitos e cuja população seguia cegamente ou por medo, é possível verificar completamente que politicamente a AP era condicionante. Contudo existia um trabalho a ser garantido por cada Imperador, trabalho esse que consistia em entrar em alguma consolidação com os seus “cidadãos” (grupos de interesse), caso este aspeto falhasse o destino do imperador ou era completamente garantido pelo medo e assassinato desses mesmo cidadãos (que visavam o seu interesse próprio) antes que estes virassem o povo contra o imperador ou por outro lado podia dar-se a queda do imperador como aconteceu com Caio Júlio César.
Neste fio que apresentamos anteriormente estabelece-se uma quebra, a queda do império romano, a forma como o imperador e os seus grandes senhores se organizavam tinha-se alterado com esta mudança, passando a ver uma descentralização do poder com a época medieval, sendo que cada senhor que possuía terras e capacidade de constituir um exército cunhava a sua própria moeda e delimitava quais as suas necessidades de carater público, sendo que todo este conjunto de senhores que possuíam os seus vassalos juntamente com o clero (outro grupo de interesse) fortaleciam a posição de um rei com uma linhagem de sangue pura.
Com a revolução Industrial, não esquecendo a revolução Francesa, os ditos “puros sangue” e o Clero começam a perder o seu poder e forma-se um novo grupo de interesse dominante, a classe burguesa que era dotada da capacidade de constituir riqueza e elevar o seu poder.
Atualmente estas situações não se verificam, a AP é condicionada politicamente, e porquê?
O que se passou é que de um interesse de alguém ou de um grupo muito restrito a AP passou a servir, isto com a evolução politica, a própria população que passou a determinar que grupos parlamentares dominavam no parlamento de forma a possuírem poder suficiente para se sentir as suas escolhas, e cada um destes grupos parlamentares imana um leque vasto de pontos de vista que alteram a atuação da AP.
A nível político esta evolução faz com que toda a teia da AP que conhecemos hoje em dia se tenha desenvolvido a partir de um só elemento para um vasto grupo de setores que permitem a manutenção de uma nação, mesmo não sendo eficiente de todo.
Em Portugal:
Em 1910 inicia-se a Primeira República, e com isto inicia-se também uma onda de inovação política em Portugal, mas com uma grande instabilidade, não se sabia como agir e reagir, além disso havia também uma enorme instabilidade política, foi claramente uma época de onda/ contra onda acompanhada de crescimento orgânico da AP. Com o Estado Novo inicia-se uma nova ditadura militar que se manteve até Abril de 1974, com esta ditadura a AP cai novamente na mão de um ditador que usa e abusa dela para fazer sentir mais uma vez as suas necessidades como supremo líder, foi como retroceder na história.
Por fim surge a Terceira República com o 25 de Abril e a partir daí começamos a ver um modelo semelhante à nossa AP moderna, em que o cidadão já é capaz de desenvolver um papel a nível político, surge também a elevação do poder político para o privado que agora pode começar a intervir e a defender os seus direitos.
Economicamente:
A nível mundial:
Antigamente dentro de qualquer sociedade a AP apresentava uma dimensão mais reduzida com um peso económico desnutrido face ao total do peso económico de outros setores de atividade. Quando recorremos ao registo histórico observamos que a complexidade da AP tem vindo a criar em torno de si centenas e centenas de novos focos de atuação e para suportar cada novo upgrade efetuado ela necessitou de recorrer ao crescimento, hoje em dia dentro de maior parte das sociedades a AP apresenta-se completamente complexa e rica em termos de matéria orgânica, este novo conceito de matéria orgânica leva a que o setor público se eleve face aos outros setores e esta mesma elevação torna a AP dominante. Desta forma podemos considerar que a AP inicialmente era economicamente condicionada por todo o sistema económico que a envolvia, este sistema económico por vezes obrigava a diferentes formas de atuação mas no mundo moderno a AP torna- se completamente economicamente condicionante pois possui um elevado peso dentro de qualquer sociedade e pode influenciar a economia dentro dessa mesma sociedade. Isto sem esquecer toda a evolução histórica que foi necessária para que a dimensão crescesse em termos de complexidade e eficiência.
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