Admistração da Produção
Por: Mariane Fonseca • 6/5/2017 • Resenha • 1.044 Palavras (5 Páginas) • 225 Visualizações
APS e capacidade finita
O ambiente onde essas regras são normalmente implementadas para gerar a sequência de ordens de produção, conhecidos atualmente como sistemas APS (Advanced P'anning and Scheduling), chamado aqui de sistema de programação avançada, por serem softwares que normalmente serão operados pelo pessoal de programação dos próprios setores responsáveis pela produção das ordens, identificados como PCP setoriais.
Uma das características desses sistemas APS é trabalhar em cima de um calendário real de disponibilidade de produção nos recursos, seqüenciando ordem por ordem, segundo suas regras, até o limite de tempo disponível no recurso, sendo por isso chamada de sistema de programação de capacidade finita. Para permitir a visualização do que foi seqüenciado, esses sistemas utilizam normalmente um calendário de forma gráfica, chamada de gráfico de Gantt e a partir desses gráficos podem-se arrastar os ícones das ordens programadas nos recursos para se gerar automaticamente uma nova solução de seqüenciamento.
As telas de APS do Jogo LSSP PCPC 2 permitem que se edite uma ordem especifica já emitida ou se apague uma ordem, ou um conjunto de ordens, já emitida, no sentido de organizar segundo regras próprias do programador o seqüenciamento de ordens para o período. Como o objetivo dos jogos desenvolvidos é o de explorar de forma dinâmica as funções do PCP, foram programadas duas heurísticas, uma para as OM e outra para as OA e OE com foco na redução dos setups e na capacidade finita dos recursos, para fazer a função de um APS automático.
Uma facilidade, em geral incluída nos modernos APS, é a possibilidade de visualizar o efeito do seqüenciamento sob a ótica dos recursos, nos chamados gráficos de Gantt.
No APS da tecelagem, o botão APS AUTO OF/OA dispara uma rotina automática de seqüenciamento simultâneo das ordens de fixação (OF) e de acabamento (OA) com foco na redução de setups. Como as ordens de fixação e de acabamento competem pelos mesmos recursos (Jets e Rama), a rotina automática seqüencia ambas as ordens em simultâneo, seguindo os seguintes passos:
- como para se emitir uma OA há necessidade de se ter em estoque a malha fixada correspondente, aloca inicialmente as ordens de fixação em lotes de 120 kg, programado de forma alternada as de malha fixada Piquet no JET2 e as de malha fixada Maxim no JET3, até completar as quantidades liberadas pelo MRP. Dos Jets as ordens seguem diretamente para programação na Rama;
- após a programação das ordens de fixação são disparadas as ordens de acabamento. Para as ordens de acabamento, visando reduzir os setups nas mudanças de cores nos Jets, a rotina faz a programação das cores brancas no JET1, das cores azuis no JET2 e das cores verdes no JET3, programando alternadamente uma malha acabada branca, uma azul e uma verde, até completar as quantidades liberadas pelo MRP. Dos Jets as ordens seguem diretamente para programação na Rama.
O resultado da aplicação dessa heurística para um conjunto de lotes padrões de 120 quilos de malhas fixadas liberados pelo MRP, sendo 10 lotes da MF1, 10 lotes da MF2 e 7 lotes da MF3. Todas as ordens das MF1 foram carregadas No JET1, as da MF2 no JET2 e as da MF3 no JET3, alternadamente. Para o carregamento dos Jets e da Rama foram empregadas as taxas de produção fornecidas pela Engenharia, onde um lote de MF1 ou da MF2 consome na purga 1,00 hora de Jet e na fixação na Rama 0,24 horas, enquanto um lote da MF3 consome 1,50 horas de Jet e 0,36 horas de Rama. Quanto aos tempos de setups, na carga e descarga da fixação na Rama ele é de 0,10 horas, independente do tipo de malha. Como já apresentado, os Jets trabalham em dois turnos de segunda a sábado, das 5,00 horas até as 19,00 horas, e a Rama trabalha em um turno de segunda a sábado, das 5,00 horas até as 12,00 horas.
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