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Análise dos resultados Características básicas da população de estudo

Por:   •  6/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.182 Palavras (5 Páginas)  •  168 Visualizações

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Análise dos resultados

Características básicas da população de  estudo

A PeNSE 2009 estimou em 618 555 o número de escolares do  ano do ensino fundamental frequentando a escola nas capitais  brasileiras e no Distrito Federal. Desse total, 293 596 escolares (47,5%)  são do sexo masculino e 324 958 escolares (52,5%) são do sexo  feminino. Na maior parte das capitais, houve ligeira predominância  de escolares do sexo feminino. As maiores presenças de escolares  do sexo feminino foram observadas em Maceió (57,3%), Salvador  (57,2%) e Aracaju (57,1%). Os maiores percentuais de escolares do  sexo masculino foram encontrados em São Paulo (50,1%), seguido  por Goiânia (49,0%) e Florianópolis (49,0%).  A população estimada, segundo a dependência administrativa  da escola, foi composta por 489 865 (79,2%) escolares que estudavam  em escolas públicas e 128 690 (20,8%), escolares que estudavam em  escolas privadas. Em Vitória (61,9%), Natal (62,2%), Aracaju (66,2%) e  Teresina (66,5%) foram verifi cados os menores percentuais de escolares  de escolas públicas (Tabelas 1.1 e 1.2).  A estrutura etária  observada entre os participantes da pesquisa  revelou que 89,1% dos escolares frequentando o 9 º ano tinham idade entre  13 e 15 anos, segmento etário preconizado pela Organização Mundial da  Saúde - OMS como referência para os estudos de adolescentes escolares.  Cabe ressaltar que  7,1% tinham 14 anos de idade. Entretanto, nota-se  uma variação importante na distribuição dos escolares, segundo a idade  entre as capitais. Os maiores percentuais de escolares com idade igual  ou inferior a 13 anos foram encontrados em Curitiba (44,1%), Campo   Grande (37,7%) e Rio Branco (37,2%). Os menores percentuais de escolares com esta idade  foram encontrados no Rio de Janeiro (11,2%), Belo Horizonte (16,6%) e Salvador (17,6%). Entre todas as capitais e Distrito Federal, 10,2% dos escolares  presentaram idade igual  ou superior a 16 anos, sendo Salvador (21,8%), Aracaju (19,3%) e Maceió (18,8%) as que  tiveram os maiores percentuais A  distribuição dos escolares, segundo a cor ou raça, para o conjunto das capitais e o Distrito Federal, mostra maiores proporções de brancos (40,1%) e pardos (39,1%).  Entretanto, há importantes variações nesta distribuição. A proporção de pretos para  o total das cidades estudadas foi de 12,9%, sendo mais elevada em Salvador (34,8%)  e mais reduzida em Curitiba (7,0%). Os percentuais de brancos são maiores nas  capitais do Sul do País: 70,6%, em Florianópolis; 69,8%, em Porto Alegre; e 62,8%, em  Curitiba. Boa Vista e São Luís apresentaram as maiores proporções de escolares que  se declararam de cor parda (60,9% e 60,5%, respectivamente). No total, apenas 1,4%  dos escolares não prestou informação sobre a variável cor ou raça (Tabela 1.4).

Contextos social e familiar

A estrutura familiar tem mudado de forma expressiva, seja pela redução  da fecundidade, seja pela mudança das composições e formatos de família, com

crescimento dos divórcios, e aumento do percentual de famílias monoparentais,  o  qual a mãe ou o pai assume a chefi a da família isoladamente (SÍNTESE..., 2007).

A família é dinâmica e afetada por mudanças sociais, culturais, históricas, assim  como pelos ciclos de vida e transições próprias, como a infância, a adolescência e  a maturidade. Cada ciclo tem uma dinâmica e preocupações próprias. No caso da  adolescência, há aumento dos confl itos entre pais e fi lhos e mudança nas relações  de poder em decorrência dos adolescentes assumirem papel mais ativo na tomada  de decisões na família. Este é um momento importante de redefi nição nas relações  familiares. Esta transição tende a ser mais fácil quando existe comunicação entre  pais e filhos, compartilhamento de tempo e troca de opinião apoiados em princípios  democráticos e de afeto (RODRÍGUEZ et al., 2005).

A família agrega um conjunto de valores, crenças, conhecimentos e hábitos que  podem infl uenciar práticas que promovam a saúde de seus componentes, ou, ao contrário,  aumentem a vulnerabilidade dos mesmos para as doenças (CURRIE et al., 2008).

Mesmo diante das mudanças na estrutura das famílias contemporâneas, elas  permanecem provendo funções básicas, como cuidados físicos e psicológicos. Esta  atuação de proteção acolhe os adolescentes no momento de transição para a vida  adulta. Estudo com adolescentes, realizado na Espanha, mostrou que 86,7% deles  residiam com ambos os pais, enquanto nos Estados Unidos este percentual foi de  60,0% (RODRÍGUEZ et al., 2005).

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