Apostila de Analise de Investimentos
Por: João Paulo Diniz • 17/8/2015 • Artigo • 25.796 Palavras (104 Páginas) • 266 Visualizações
PROFESSOR CARLOS ALBERTO VITTORATI
APOSTILA REFERENCIAL DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
DOURADOS – MS, FEVEREIRO A JUNHO DE 2014
INTRODUÇÃO
É importante destacar que a disciplina de Análise de Investimentos tem como finalidade precípua fazer com que os acadêmicos de Administração/Ciências Contábeis tenham a mais efetiva noção de como os investimentos produtivos são importantes para fazer com que exista, efetivamente, condições de crescimento da produção econômica e, consequentemente, da economia do país. E, é oportuno destacar, ainda, que ambas as profissões referenciadas, seja a do administrador, seja a do contabilista, dependem da efetividade do crescimento econômico para que se lhes haja mercado de trabalho. Ou seja, Administração e Ciências Contábeis conformam afazeres científicos profundamente ligados com a ampliação da capacidade de crescimento das economias nacionais.
Outro aspecto importante a ser destacado é que a análise de investimento parte do pressuposto referencial de que os investimentos conduzidos de forma científica partem de um Projeto de Viabilidade Econômica e Financeira, elemento que permite antever condições prévias de lucratividade e de capacidade de pagamento, permitindo que se possa perceber as reais possibilidades de sucesso do investimento econômico projetado.
Há que se destacar, ainda, que todo investimento nasce do pressuposto de que os negócios econômico-produtivos é que se conformam como elementos capazes de gerar lucro e, o lucro é o motor maior que impulsiona os investidores capitalistas a correrem os riscos do empreendimento econômico produtivo. No entanto, é preciso que os riscos sejam corretamente medidos, tendo como elemento de comparação as possibilidades de ganhos financeiros delineadas no Projeto de Viabilidade Econômica e Financeira. E, se as possibilidades de ganhos financeiros forem suficientemente atraentes, efetivam-se os investimentos econômicos, por meio dos quais se conformam o crescimento da produção econômica e a geração de emprego e renda.
E, para que se possa dar efetividade de conformação à disciplina ora apresentada, desenvolver-se-á, ao longo do semestre letivo, o seguinte referencial de conteúdos:
Conceito de Investimentos; Formas de Investimentos; O Mercado Financeiro e as Principais Formas de Aplicação Financeira no Brasil; a Noção Técnica de Projetos de Investimentos; A Noção Técnica de Projeção de Investimentos; Da Estrutura Técnica do Processo de Análise de Investimentos; O Fluxo de Caixa e a Base Referencial do Processo de Análise de Investimentos; Técnica nº 01 – Pay Back; Técnica nº 02 – Referenciação de Caixa e Capacidade de Pagamento; Técnica nº 03 - A Técnica de Análise: Valor Presente Líquido (VPL); Técnica nº 04 – A Técnica da TIR – Taxa Interna de Retorno; A Inflação e seus Efeitos na Análise de Investimentos; A Utilização dos Fluxos de Caixa Nominais e Reais na análise de Investimentos; Imposto de Renda e Depreciação na Análise de Investimentos; A Empregabilidade do Processo na Economia Atual. |
Finalmente, é preciso deixar claro que, o que se busca, efetivamente, é fazer com que Vossa Senhoria, caro(a) acadêmico(a) de Ciências Contábeis/Administração possa se preparar para desenvolver um serviço de excelsa qualidade, afinal, o mercado brasileiro necessita de bons profissionais para fazer com que a economia brasileira conforme os parâmetros de excelência que tanto se almeja.
Sucesso e grandes realizações, é o que lhes desejam a direção da Instituição de Ensino Superior, a coordenação de curso e o seu professor.
PARTE I
CONCEITO E NOÇÕES DE INVESTIMENTO
1 – CONCEITO DE INVESTIMENTO
De acordo com o BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Investimento é a alocação ou colocação de dinheiro ou recursos financeiros na efetivação de atividades que tenham a real preocupação de aumentar ou ampliar a produção econômica da localidade, da região e/ou do país. E, em face do aumento ou da ampliação da produção econômica, ter-se como consequente, a geração de emprego e renda para a população envolvida.
E importante mencionar, ainda, que o Investimento é a mola propulsora do crescimento referenciado da produção econômica, sendo fundamental para:
- gerar ocupação econômica para os contingentes humanos, cada vez mais numerosos;
- estimular a modernização técnica dos produtos, o que permite que se possa atender as demandas efetivas dos contingentes populacionais atuais;
- gerar conformantes de emprego e renda, tendo em vista que a população, além de economicamente ocupada, precisa dispor de condições efetivas de consumo.
É oportuno destacar, ainda, que o conceito de investimento econômico é importante, ainda, para fazer com se perceba que Investimento significa a aplicação de capital em meios de produção, visando o aumento da capacidade produtiva (instalações, máquinas, transporte, infraestrutura), ou seja, em bens de capital. O investimento produtivo se realiza quando a taxa de lucro sobre o capital supera ou é pelo menos igual à taxa de juros ou que os lucros sejam maiores ou iguais ao capital investido.
E, é importante que se perceba, ainda, que os investimentos podem ser classificados em Investimentos Brutos e Investimentos Líquidos, sendo q ue:
- O Investimento Bruto corresponde a todos os gastos realizados com bens capital (máquinas e equipamentos) e formação de estoques; e
- O Investimento Líquido exclui as despesas com manutenção e reposição de peças, depreciação de equipamentos e instalações. Como está diretamente ligado à compra de bens de capital e, portanto, à ampliação da capacidade produtiva, o Investimento Líquido mede com mais precisão o crescimento da economia.
Finalmente, é possível determinar que o Investimento é o referencial de fundamental importância da economia, tendo em vista que só há crescimento da produção econômica quando os detentores de capital decidem correr os riscos de empreender atividades econômicas as mais diversas possíveis. E, ao assim proceder, permitir a ampliação do espectro produtivo da economia.
...