Biografia: Edgar graeff
Por: 0729282 • 26/2/2016 • Bibliografia • 1.129 Palavras (5 Páginas) • 1.376 Visualizações
Edgar Graeff
Biografia:
Nasceu em 1922 e faleceu em 1990
Arquiteto praticante, teórico ( tendo assim produzido assim grande produção intelectual ) e professor do curso de arquitetura na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, foi também um dos fundadores da UnB.
Importante arquiteto Brasileiro, natural do Rio Grande do Sul. Possuidor de Renome Nacional.
Estudou na faculdade Nacional de Arquitetura da Universidade do Brasil, ingressando em 1943 e formando-se em 1947.
Ingressou um pouco depois da formação de grandes arquitetos brasileiros porém num ótimo momento para arquitetura brasileira, sendo o inicio e momento ápice do modernismo no Brasil, teve a oportunidade de conhecer grande obras icônicas do modernismo brasileiro logo após serem construídas e teve um bom embasamento teórico para mais tarde aplicar em suas obras.
Foi precursor do modernismo arquitetônico introduzido por Le Corbusier ( tendo acesso aos ensinamentos do mesmo em primeira mão ) no Brasil.
Principal introdutor e precursor do modernismo carioca na capital gaucha Porto Alegre, contribuindo com suas intervenções e tendo como forte influencia de Lúcio Costa, Niemeyer e outros arquitetos da escola carioca.
Em sua homenagem, a prefeitura de Porto Alegre nomeou uma praça com seu nome, localizada na rua: Av. Rachel Wolfrid n° 57 — bairro Jardim Ypu.
Publicou artigos como: ‘Arquitetura contemporânea no Brasil”, livros como: ‘Arte e técnica na formação do arquiteto’ que ultrapassou as barreiras da vida acadêmica e influenciou gerações e neste defendeu o papel do arquiteto na sociedade brasileira, ‘Cadernos Brasileiros da Arquitetura’, ‘Edifício’ em que propõe ampliação da escala da arquitetura e com isso amplia também para a escala da cidade.
Passou 15 anos( a partir dos anos 70 ) trabalhando sobre a pesquisa: ‘Oito vertentes e dois momentos de síntese da arquitetura brasileira’ para o ministério da Educação e isso fez com que fosse aprofundado seus conhecimentos sobre composição e especialidades brasileiras. Este lhe rendeu outras publicações, como o livro: ‘1983 - Goiânia 50 anos.’
Foi também protagonista do urbanismo introduzindo na cidade de Goiânia, juntamente com Gerônimo Bueno, um plano que envolvia política e urbanismo, participando do processo de ampliação da escala da ‘morada humana’ ( assim chamada por ele) e sua principal linha de defesa da arquitetura brasileira era a noção de escala humana, defendia um ‘edifício-tipo’.
Segundo Graeff, a humanidade de Goiânia esta expressa nas contradições presentes em seu plano urbanístico ( feito por Attilio Correia Lima )
Características de seus projetos:
A produção arquitetônica de Edgar tinha caráter inovador pois o mesmo estudava o conforto térmico e consequentemente incidência solar nas fachadas, intervenções que acabavam mudando os aspectos plásticos e funcionais dos edifícios.
Levando novos itens de composição as suas obras. Ex: brises solei, painéis de azulejos, cobogós, paisagismo, pilotis, janelas ou varandas com treliçado de madeira, painéis cerâmicos, aberturas circulares, elementos curvos em planta, uso de panos de vidro como alternativa de buscar integrar o interior com exterior ( Nada mais do que alguns dos pontos da arquitetura moderna, em que se Baseava Le Corbusier )
Ajustava o modernismo e sua tipologia construtiva aos materiais disponíveis no Brasil, sendo visto como um ponto positivo, levando a arquitetura brasileira à singularidade, criando de uma identidade nacional arquitetônica ( pois a arquitetura no Brasil antes disso apenas reproduzia o que era visto em outros países, principalmente nos europeus ) e consequentemente dando reconhecimento internacional.
Analise de Primeira obra residencial executada:
Iniciou a carreira profissional projetando a casa de Edvaldo Paiva em 1948, e já nesse primeiro projeto pôs em prática tudo o que havia aprendido, desde soluções estilísticas até a forma com que problemas projetuais foram resolvidos, sendo essa obra o marco divisor e introdutório do movimento na cidade de Porto Alegre .
Utilizou-se dos preceitos ditados pela carta de Atenas juntamente com o que a arquitetura brasileira podia oferecer, nesse caso se aliou a arquitetura colonial aqui existente
O proprietário da obra era um amigo e simpático da arquitetura moderna possibilitando a Graeff que pusesse em prática os conhecimentos adquiridos de forma livre, deixando que o arquiteto introduzisse conceitos.
Tal projeto foi completo desde elaboração do programa de necessidades até o design do interior e decoração.
Localizada na Tv. Otávio Corrêa, nº48 /Cidade Baixa – Porto Alegre – RS.
É uma área central da cidade e seu lote é estreito e profundo tendo parte frontal da rua com 8,50 metros.
Em seu partido, Edgar usou composições alternando cheios e vazios em planta, os setores são separados por pátios internos intercalando-se. Esquadrias de vidros grandes e extensos fazem a separação das áreas do interior e exterior da casa.
Nela foi introduzida o pé direito duplo e um mezanino sobre a sala de estar e jantar( para que deste, o usuário pudesse ver com amplitude sua construção ) e no próprio mezanino foi concebido com estúdio e sala de reuniões.
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