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Contabilidade Gerencial e Contabilidade Financeira

Por:   •  10/6/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.604 Palavras (7 Páginas)  •  472 Visualizações

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Etapa 1

Contabilidade Gerencial e Contabilidade Financeira

O objetivo da Contabilidade Gerencial e auxiliar a gerência na tomada de decisões, auxiliar na  identificação dos fatos contábeis e sua quantificação para estabelecer as diretrizes a serem adotadas pelos administradores devem acompanhar passo a passo o cotidiano empresarial. Neste particular compete ao contador gerencial evidenciar aquilo que é relevante ou irrelevante para ser objeto de análise, aliás, a simples aglomeração de dados é algo extremamente simples de se obter através dos atuais sistemas de informações computacionais, a relevância da contabilidade gerencial reside na identificação daquilo que realmente vai fazer a diferença na decisão de fabricar um bem ou adquirir de terceiros, deixar de produzir uma linha de produtos, terceirizar, enfim, cabe ao contador atuar para subsidiar o modelo para a decisão entre diferentes linhas de ação. Cabe ao contador gerencial fornecer dados e analises entre períodos e exercícios anteriores, atuais e projeções futuras passiveis para tal entidade.  

Segundo a tipologia estabelecida por Padoveze (2000, p.34), existem três macros conjuntos de informações:

Gerenciamento Contábil Global o primeiro conjunto de informações se da para satisfazer a alta administração da empresa, essas informações são caracterizadas por se apresentarem de forma sintética em grandes agregados a fim de possibilitar ao administrador uma visão conjuntural da empresa, tratam-se de informações sobre o todo empresarial.

Gerenciamento Contábil Setorial o segundo conjunto de informações, objetiva suprir à demanda da média administração, neste grupamento as informações são pouco mais detalhadas que a anterior, mas ainda contém elevado grau de sintetização, tais informações objetivam o estabelecimento de contabilidade por responsabilidade ou contabilidade divisional em que as informações contábeis qualificam e quantificam a desempenho de unidades, divisões, departamentos.

Gerenciamento Contábil Específico o qual fornece informações detalhadas relativas as atividades operacionais, neste conjunto de informações inexiste a visão de conjunto sendo as informações diretamente associadas a uma unidade e ou setor específico.
 Demonstrar de forma clara e objetiva a cada setor as informações que são necessárias a cada um deles, destacar com eficácia e relevância quais informações que realmente deverão ser absorvidas por cada setor para a melhor tomada de decisão.

Então os objetivos segundo Atkinson et al. (2000, p. 45), seriam:

Controle Operacional – Fornece Informação (feedback) sobre a eficiência e a qualidade das tarefas executadas.

Custeio do produto e do cliente – Mensura os custos dos recursos para se produzir, vender e entregar um produto ou serviço aos clientes.

Controle administrativo – Fornece informação sobre o desempenho dos gerentes e de unidades operacionais.

Controle estratégico – Fornecem informações sobre o desempenho financeiro e competitivo de longo prazo, condições de mercado preferência dos clientes e inovações tecnológicas.

Em que ponto começa a Contabilidade Gerencial e termina a Contabilidade Financeira? Padoveze (2000, p.31) nos diz que:

Os relatórios mais utilizados pela contabilidade financeira são: o Balanço Patrimonial, a Demonstração de Resultados, a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, Demonstrativo de Fluxo de Caixa, Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos. A Gerencial utiliza: orçamentos, relatórios de custos, relatórios de desempenho e outros facilitadores da tomada de decisão. Enquanto os primeiros possuem uma frequência regulamentada, anual, mensal, os últimos são elaborados de acordo com a necessidade da administração da entidade.

Isto deixa claro que a Contabilidade Gerencial não está regulamentada por normas rígidas. Ela é aplicada conforme a necessidade dos gestores em obter informações. Na Contabilidade Gerencial os usuários das informações geradas são usuários internos, como funcionários e gestores. Já a Contabilidade Financeira atende, primordialmente, aos usuários externos, como os acionistas, credores e o fisco, além de atender também aos usuários internos. Entretanto, segundo Horngren et al. (2000), a Contabilidade Gerencial é também direcionada as partes externas, onde os administradores cada vez mais compartilham a informação contábil com os fornecedores e clientes. Outra característica apresentada pro Atkinson et al. (2000), que diferencia as duas contabilidades, é que a Financeira é muito agregada e refere-se a toda a empresa. A Gerencial fornece as informações das decisões e ações locais de forma não agrupadas.

Crepaldi (1998, p.29) define as características do contador gerencial da seguinte forma:

O contador gerencial deve esforçar-se para assegurar que a administração tome as melhores decisões estratégicas para o longo prazo. O desafio é propiciar informações úteis e relevantes que facilitarão encontrar as respostas certas para as questões fundamentais, em toda a empresa, com um enfoque constante sobre o que dever ser feito de imediato e mais tarde. É necessário que os contadores gerenciais ultrapassem a informação contábil para serem proativos no fornecimento, para suas equipes de administração, de dados pertinentes e oportunos sobre essas questões empresariais mais amplas.

“O Contador Gerencial - este cargo ou função não existe, trata-se de atitudes, da formação, das características do contador com ‘mentalidade gerencial’.”, nos diz Iudícibus (1998, p.23).

Então tal função segue algumas funções ou características deste contador gerencial:

  • Garantir que as informações cheguem às pessoas certas no tempo certo;
  • Fazer compilação, síntese e análise da informação;
  • Fazer planejamento perfeito com objetivo de se chegar a um controle eficaz, ou seja, controlar as atividades da empresa;
  • Elaborar relatórios padrões para facilitar sua interpretação;
  • Avaliar e assessorar os gerentes e o presidente;
  • Organizar o sistema de informação gerencial a fim de permitir à administração ter conhecimento dos fatos ocorridos e seus resultados;
  • Comparar o desempenho esperado com o real;
  • Proteger os ativos da empresa;
  • Fazer avaliação econômica para tomada de decisões;
  • Propor medidas corretivas a fim de melhorar a eficiência da empresa.

Etapa 2

Definições

As definições de cada método, de cada fórmula usada na contabilidade sejam qual for o ramo é tão necessário quanto o saber de como e quando aplica-las então segue algumas definições:

  • Custos são os gastos, não investimentos, necessários para fabricar os produtos da empresa. São os gastos efetuados pela empresa que farão nascer os produtos. Portanto, podemos dizer que os custos são gastos relacionados aos produtos, posteriormente ativados quando os produtos objeto destes gastos forem gerados. De modo geral são gastos ligados diretamente a área industrial da empresa.
  • Custos Diretos são os custos que podem ser fisicamente identificados para um segmento particular sob consideração. Assim se o que esta sob consideração é uma linha de produtos, então os materiais e a mão de obra envolvidos em sua manufatura seriam ambos custos diretos. Dessa forma, relacionando-se então com os produtos finais, os custos diretos são gastos industriais que podem ser alocados direta e objetivamente aos produtos.
  • Custos Indiretos são gastos industriais que não podem ser alocados de forma direta ou objetiva aos produtos ou a outro segmento ou atividade operacional, e caso sejam atribuídos aos produtos, serviços ou departamentos, sera através de critérios de distribuição ou alocação. São também denominados custos comuns. Podem ser fixos ou variáveis.
  • Custos Fixos apesar da possibilidade de classificarmos uma serie de gastos como custos fixos, é importante ressaltar que qualquer custo é sujeito a mudanças. Mas os custos que tendem a manter-se constantes nas alterações das atividades operacionais são tidos como custos fixos. De modo geral são custos e despesas necessárias para manter um nível mínimo de atividade operacional, por isso são também denominados custos de capacidade.
  • Custos Variáveis são assim chamados os custos e despesas cujo montante em unidades monetárias variam na proporção direta das variações do nível de atividade. Um custo é variável se ele realmente acompanha a proporção da atividade com que ele e relacionado.
  • Perdas são fatos ocorridos em situações excepcionais que fogem a normalidade das operações da empresa. São considerados não operacionais e não fazem parte dos custos de produção dos produtos. São eventos econômicos negativos ao patrimônio empresarial, não habitual e eventual.
  • Investimentos são os gastos efetuados em ativo ou despesas e custos que serão imobilizados ou diferidos. São gastos ativados em função de sua vida útil ou benefícios futuros.
  • Rateio é uma divisão proporcional por uma base que tenha dados conhecidos em cada uma das funções em que se deseja apurar custos. Tal base deve constituir-se de dados que guardem estreita correlação com o custo, ou seja, o custo ocorre em condições semelhantes aos dados da base.

Rateio convencional, em que são alocadas as parcelas dos custos indiretos aos diversos centros de custos, tanto os de apoio quanto os produtivos;

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