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Curso de graduação em Engenharia de Produção

Por:   •  17/6/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.093 Palavras (5 Páginas)  •  112 Visualizações

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Universidade Estadual Norte Fluminense Darcy Ribeiro

Centro de Ciências Tecnológicas

Curso de graduação em Engenharia de Produção

Milena Lourencini Palaoro

SALÁRIO, PREÇO E LUCRO

KARL MARX

Campos dos Goytacazes – RJ

2019

Em primeiro plano podemos analisar que Marx, se dividiu em dois lados, inicialmente analisando a concorrência capitalista e lucro, e de outro lado, a procura e oferta de mercadorias juntamente com seus preços. O capital se caracteriza por uma busca onde os lucros são maiores, isso acarreta em um aumento da oferta e com a concorrência, a taxa de lucro tende a reduzir. Com isso, conseguimos observar que a lei da oferta e procura regula os preços no mercado.

Marx analisa de onde vem os preços da mercadoria, para produzir a mesma, ocorre uma determinada quantidade de trabalho, com isso, a variação dos preços das mercadorias acontece pela soma de trabalho realizado. Pôde observar também que é a quantidade de trabalho para a produção que determina o valor da sua mercadoria. Ele analisou que as forças de trabalho produtivas variam na quantidade de trabalho necessário para tal mercadoria. Portanto ele diz que "Os valores das mercadorias estão na razão direta do tempo de trabalho invertido em sua produção e na razão inversa das forças produtivas do trabalho empregado."

Ele considera que as variações de preço de acordo com a oferta e procura se dão em torno de um preço central ou preço natural, que é o valor, com isso, com o tempo esses dois fatores se conciliam. Marx dizia então que em um período de tempo longo as mercadorias se vendem pelos seus respectivos valores e então seria um absurdo supor que o lucro vem do fato de que uma mercadoria seja vendida por um preço que exceda o seu valor.

De onde provinha mesmo o lucro? Esse era o questionamento de Marx. Para produzir a mercadoria, ocorre uma determinada quantidade de trabalho, com isso, existe um valor para obter essa quantidade de trabalho. Toda a força de trabalho que o operário realiza é remunerada pelo patrão ao final de uma semana. O capitalista, ao comprar a mercadoria força de trabalho, passa a ter direito do uso dessa força durante todo o dia. E então o valor da força de trabalho é completamente distinto do seu produto final.

Marx diz que "este tipo de intercâmbio entre o capital e o trabalho é o que serve de base à produção capitalista, ou ao sistema do salariado, e tem que conduzir, sem cessar, à constante reprodução do operário como operário e do capitalista como capitalista." o capitalista quando vende a mercadoria pelo seu valor está vendendo a quantidade total de trabalho nela realizado e está vendendo com lucro.

Os salários e os lucros são retirados do trabalho dos operários mais a mercadoria no processo de sua produção. Esse valor líquido é calculado pela quantidade de tempo de trabalho dos operários, mas, o montante entre salários e lucros pode variar. Quanto um é alto o outro é baixo, podendo ocorrer uma inversão.

 A taxa de mais-valia é à proporção que o capital variável cresceu, é a proporção entre o trabalho pago e o não remunerado. Portanto, quanto mais crescer os salários, menor será a taxa de mais-valia. Podendo acontecer também que quanto menos o patrão desembolsar em salários, maior será o seu lucro.

A palavra lucro é usada por Marx "para exprimir o montante total de mais-valia extorquida pelo capitalista". Consideramos o lucro e o capital que o patrão investe em máquinas, ferramentas, matérias-primas, etc. O capital total é a soma do capital constante com o capital variável. A taxa de lucro é a proporção em que cresceu o total do capital, é a grandeza relativa entre a mais-valia e o conjunto do capital. Portanto, na busca de uma taxa de lucros elevada, o capitalista procura manter a mais-valia elevada, ou seja, a maior quantidade de trabalho não remunerado possível

Marx dizia: "as lutas da classe operária em torno do padrão de salários são episódios inseparáveis de todo o sistema do salariado; que, em 99% dos casos não são mais que esforços destinados a manter de pé o valor dado do trabalho e que a necessidade de disputar o seu preço com o capitalista é inerente à situação em que o operário se vê colocado e que o obriga a vender-se a si mesmo como uma mercadoria." Tanto o aumento ou diminuição da produtividade do trabalho, variações que ocorrem de tal força produtiva do trabalho seja. No primeiro caso a taxa de mais-valia cresceria e, ainda que o padrão de vida do trabalhador continuasse o mesmo, a posição social do operário em relação à do capitalista pioraria. Quando ocorresse a diminuição seria preciso mais tempo de trabalho para produzir uma quantidade de mercadorias que teriam mais valor. Se os salários não acompanharem esta elevação no valor das mercadorias o padrão de vida do trabalhador também piorará.

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