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Ensaio sobre Comunicação

Por:   •  19/11/2021  •  Ensaio  •  767 Palavras (4 Páginas)  •  84 Visualizações

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TRABALHO

Os ensaios individuais, são trabalhos de síntese posicionada (ou seja, síntese dos principais argumentos do texto e posicionamento do leitor em relação a estes mesmos argumentos) que tem como ponto de partida as leituras indicadas.

No texto de Kunsh (2009) é interessante observar a evolução nos estudos da comunicação organizacional. Desde os primeiros estudos onde o foco se dava na eficácia na comunicação gerencial e de gestão industrial e, com o tempo, foi agregando mais elementos e interlocutores incluindo feedbacks e aspectos culturais até concluir que o processo de comunicação mais contemporânea se dá de forma multidirecional e multitemporal.

No texto de Sarotte (2019) a narrativa traz um fato histórico repleto de falhas sucessivas na comunicação, desde a forma, momento e interlocutores que culminam na queda do muro de Berlim sendo o ápice de uma tempestade perfeita. Para muitos, é difícil supor que uma situação semelhante possa ocorrer em seus negócios ou ambiente de trabalho, afinal o ambiente da época sob um regime extremamente centralizador e hierárquico. Não obstante, é possível sim traçar alguns paralelos em organizações de hoje em dia.

O medo de falhar, a recriminação do erro, a necessidade de ser uma referência assertiva entre outros são culturas muitas vezes cultivadas em algumas organizações ou departamentos. “Na dúvida, faça o que foi mandado”. Esse tipo de atitude e sentimento são muitas vezes seguidos nos processos mais ordinários até deliberações relevantes. Não é incomum ver situações paralelas chegarem em camadas de decisões mais altas nas organizações.

Como exemplo pessoal, me recordo de uma reunião de diretoria em uma das empresas que trabalhei na minha carreira. Na época, havia um problema reincidente de furto de energia em uma determinada região de cobertura de uma distribuidora de energia. Muitos esforços de comunicação e conscientização tinham sido aplicados, mas sem sucesso. Até que uma área de engenharia propôs o aumento da voltagem na baixa tensão a fim de inibir o furto por aumentar o risco de manuseio dos equipamentos daquela distribuidora. Essa proposta fluiu no campo e no corpo técnico daquela diretoria e restava apresentar ao comitê executivo para aprovação final e implementação.

A apresentação foi feita, os resultados pareciam ser promissores e a implementação relativamente fácil e com baixo custo. Até que eu, que não sou engenheiro, muito menos eletricista, levantei a mão e perguntei se acaso essa alteração era algo permitido pela regulação vigente e/ou pelas normas da ABNT. Cabe ressaltar que numa empresa de distribuição de energia, se você não é engenheiro elétrico você está num patamar inferior. Fazer essa colocação sendo um dos pouquíssimos não engenheiros do corpo de direção era praticamente uma heresia. Ainda assim me pareceu muito estranho que uma solução viável pudesse ser através do aumento do risco de fatalidade do infrator. Como resultado, a minha pergunta foi relativamente bem recebida, apesar de ter ficado um “ar” de audácia e, realmente acabou sendo descartada depois terem feito uma consulta a Aneel. As vezes penso se eu não tivesse levantado a mão naquele momento, será que alguém teria? E se tivesse implementado, que consequências desastrosas poderiam ter ocorrido?

Outra

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