Eu pago! Todo mundo paga! Será?

Eu pago! Todo mundo paga!  Será?

        Somos brasileiros e como todo bom cidadão tupiniquim, gostamos de viver a vida boa e tranquila, com “sombra e água fresca”!  E isso é de longe um problema, pois, desde o início da civilização, a lei do menor esforço para se obter as coisas, influenciou nossa sociedade, inclusive automatizando e industrializando tudo que consumimos, pois, não podemos perder tempo, porque tempo é dinheiro.  Mas todo esse processo industrializante custa muito caro.  Em todos os setores da sociedade o custo está presente.  Se o indivíduo está com vontade de tomar água de coco mas encontra-se a mil quilômetros da praia mais próxima, não interessa, ele quer, e quer agora!  Basta ir até o mercadinho mais perto e comprar água de coco na caixinha, Obrigado!  Confira na embalagem!  Se é água de coco ou não, essa não é a questão, mas sim, a facilidade que a industrialização trouxe para nossas vidas, atrelada a isso um custo de produção enorme, porém, geração de muitos empregos nesse processo produtivo e até mesmo logístico deste produto que, já era tão bem embalado naturalmente dentro de uma fruta encontrada em qualquer praia brasileira, de graça.

        Mas quem ganha mais com todo esse processo produtivo? Será o fabricante da caixinha mágica com água de coco? Será a empresa que confecciona a caixinha? Será a empresa transportadora? Será o agricultor que é dono do coqueiro? Ou será o governo que com seus impostos espalhados por todo esse processo produtivo/logístico se alimenta dos nossos centavos de real.  Que injustiça concluir que um órgão que menos participa no processo de construção de uma economia, seja o maior beneficiário da mesma.

        Gostei muito de ver no vídeo elaborado pela TV Câmara sobre a questão da tributação, a origem dos impostos.  Nossos lordes de hoje em dia são tão egocêntricos quanto os de antigamente, só que agora dá pra comprar mansão em Miami e mandar fortunas para paraísos fiscais, e escapar dos impostos que eles mesmos ajudam a criar.

        Eu pago imposto de renda. No ano passado deixei só com esta tributação mais de R$ 4.000,00.  E pra quê?  Se continuo comprando produtos com uma carga tributária incrivelmente alta, assim como quem não pagou imposto de renda.  Aquele profissional liberal ou informal, que sonega imposto de renda, vai comprar uma casa com subsídio do governo de até R$ 27.000,00 e eu que pago por isso, e não tenho o mesmo direito.  Ajudo a financiar o Sistema Único de Saúde mas não o utilizo, pois pago plano de saúde particular.

        Se eu quiser comprar um perfume francês que em Miami custa R$ 250,00 aqui no Brasil terei que desembolsar pelo menos R$ 600,00.  Aí eu aprendi em Introdução a Economia que quando um produto está caro, trocamos por um substituto em alternativa.  Pois bem, vou comprar Jequiti e o que encontro ali?  Em um perfume totalmente nacional, tenho que pagar quase 80 % de imposto, pois não é um produto de primeira necessidade, não é?  Bom, então o jeito é ficar fedido mesmo!

        Aprendi que em análise e melhoria de processos, que eu posso usar o Braimstorm e o Benchmark.  Ou seja, tempestade de ideias para melhorar um processo ineficiente ou ineficaz, ou Benchmark que nada mais é do que aquela olhadinha para o lado, no intuito de ver no vizinho o que ele está fazendo de diferente neste mesmo processo que o levou a ter resultados tão melhores que os meus.  O grande problema é que nossos governantes estão olhando para nossos vizinhos, sem levar em consideração que todos eles são no mínimo dez vezes menores que nossotros, ¿Mira?