MARTIN LUTHER KING UM LÍDER PACIFISTA
Por: Felipe Zizalo • 18/4/2017 • Trabalho acadêmico • 2.845 Palavras (12 Páginas) • 538 Visualizações
MARTIN LUTHER KING UM LÍDER PACIFISTA
1 INTRODUÇÃO
A habilidade de conduzir, gerar resultados através da motivação, ética de forma entusiasta e voluntária; na busca de conquistas de objetivos propostos, chamamos de liderança. O mundo possui grandes lideres que se tornaram famosos, pela condução de seus atos e de seus liderados. Alguns se destacando mais do que outros, alguns atuando de forma positiva e outros de forma negativa.
O presente trabalho abordará a trajetória do líder Martin Luther King Jr., que lutou pelos direitos civis dos afro-americanos, utilizando uma liderança pacífica, da não violência. Sua história, seu movimento politico, sua liderança ativista são destacadas pela sua capacidade de saber liderar, e utilizar esse poder de forma equilibrada e harmônica.
A liderança de Martin, enaltecida em seus discursos propiciava a presença do sentimento de igualdade, e fraternidade entre negros e brancos, demonstrando o grau de aceitação que conseguia com as multidões. Entre marchas, passeatas, discursos realizados com uma comunicação perfeita, que encoraja todos a lutar, contudo de forma pacífica. Tornou-se um líder dos direitos civis, aclamado inclusive pela mídia, que antes o marginalizava, reconhecidamente era um líder que possuía a confiança de seus liderados.
2 HISTÓRIA DE MARTIN LUTHER KING JR.
Martin Luther King Jr. nasceu em Atlanta-Estados Unidos; filho e neto de pastores da Igreja Batista, formou-se em Teologia e conclui o doutorado na cadeira de Filosofia em 1955.
Martin era filho de Luther King, pastor adjunto de uma comunidade e seu sogro também pastor, Adam Daniel Williams muito influente na cidade. Em 1929 época da grande Depressão norte-americana que atingiu vários afro-americanos os deixando sem trabalho e sem moradia, não atingiu a família King. Os pais e avós de Martin nunca moraram de aluguel e sempre tiveram carros, quando terminavam de pagar adquiria outro veículo mais moderno e confortável.
A família King possuía estabilidade financeira e familiar, embora seu pai apresentasse um comportamento inconstante e emotivo, a mãe equilibrava com sua calma e tranquilidade. Contudo mesmo com esse panorama Martin tentou suicídio duas vezes, antes de completar 13 anos, denotando sua instabilidade, enraizada através do preconceito que o negro sofria por fazer parte da sociedade.
As duas tentativas foram frustradas, a primeira foi quando sua avó Jennie Williams sofreu um acidente, Martin saltou da janela achando que sua avó havia falecido; a segunda foi em 1941, quando de fato sua avó faleceu e Martin salta do primeiro andar, sofrendo pequenas escoriações.
Na cidade de Montgomery, Estado do Alabama em 1954, Martin Luther King Jr., assume a função de pastor da Igreja Batista da Avenida Dexter, nascendo não apenas o líder religioso, mas o líder que lutaria contra a segregação racial e os direitos civis.
Figura 01: O Pastor Martin Luther King Jr., cumprimentas os membros de sua Igreja, 1956.
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Fonte: http://www.seculoshistoria.com.br/2013/10/martin-luther-king-e-luta-pelo-direitos.html
A sociedade americana atuava de forma aberta e violenta contra os negros, através de grupos liderados pela polícia e a Ku Klux Klan, conhecidos popularmente como KKK, grupo de extrema direita que defende a supremacia branca, a anti-imigração, o nordicismo, o anticatolicismo e o antissemitismo.
3 LÍDER E ATIVISTA POLITICO
O líder é necessariamente alguém que possui sabedoria, conhecimentos, precisa ser um comunicador, possuir coerência de pensamento e ação para lidar com os seus liderados; Arellano e Limongi-França (2002, p. 259) esclarecem que: “a liderança é um processo social no qual se estabelecem relações de influência entre pessoas. O núcleo desse processo de interação humana é composto do líder ou lideres seus liderados, um fato e um momento social.”
Martin era exatamente esse líder, que apresentava coerência e dinâmica em sua comunicação, porém sua maior arma era pregar a não violência, evitando com isso conflitos civis armados, contudo liderando com o objetivo de resistências pacificas, seguindo o mesmo formato adotado por outro grande líder pacifista Mahatma Ghandi.
Gandhi disse que, embora estivessem dispostos a morrer pela independência, os indianos não deveriam matar para conquistá-la, mesmo que tratado com extrema brutalidade. A partir da experiência dos indianos, Martin começou a acreditar que o que ocorrera na Índia poderia ocorrer também nos Estados Unidos [...] Não imaginava que um dia iria liderar um vasto movimento pelos direitos civis [...] tendo como principio a não violência. (SHOLEREDT E BROWN, 1993, p. 14).
Em seus discursos durante os protestos, não era admitida violência da parte de seus liderados. Abordava passagens da Palavra de Deus, levantando não somente a questão racial, mas incansavelmente a correspondência com a democracia e os direitos civis, pois onde impera a segregação racial não pode haver democracia e o reconhecimento de direitos.
Figura 02: Marcha de Washington, Memorial Lincon, 28 de agosto de 1963, 200 mil pessoas.
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Fonte: https://noticias.uol.com.br/album/2013/08/28/veja-momentos-na-trajetoria-de-martin-luther-king.htm
Em 1957 Martin funda a Conferência da Liderança Cristã do Sul (SCLC), Southen Christian Leadership Conference, organização não governamental direcionada para as questões dos direitos civis dos afro-americanos. A influência dessa organização foi tão importante, que entre as décadas de 1950 e 1960 atuou em vários Movimentos dos Direitos Civis.
4 MOVIMENTO DOS DIREITOS CIVIS DOS NEGROS NOS ESTADOS UNIDOS
Embora Martin possuísse um caráter totalmente pacifista, e demonstrava isso não somente em seus discursos, como em suas passeatas e manifestações públicas, no fim da década em 1960, depois de liderar vários protestos, sua família foi ameaçada de morte, sua casa foi destruída, e mais tarde foi preso acusado de desordem pública. Contudo mantinha sempre a postura de líder, e deixava claro que não deveria ocorrer nenhum conflito entre os manifestantes e a polícia, alegava que a violência gerava problemas e somente mais violência.
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