O Legado Cultural
Por: pedrocraxd • 21/5/2018 • Projeto de pesquisa • 1.293 Palavras (6 Páginas) • 140 Visualizações
INTRODUÇÃO
O legado cultural deixado por Roma é sem dúvidas um dos mais importantes para a formação das sociedades contemporâneas, principalmente as ocidentais. Os primeiros registros históricos romanos datam aproximadamente do ano 2000 a. C., período em que a região foi habitada por sete diferentes povos indo-europeus: sabinos, úmbrios, équos, oscos, volcos, samnitas e latinos.
Com o passar dos anos, o povo etrusco se sobressai e impõe sua cultura sobre os demais e se estabelece na região conhecida como Lácio, onde fatores como a fertilidade do solo e o isolamento geográfico natural possibilitaram o desenvolvimento agrícola e comercial, e o consequente aumento populacional naquela região.
Além da origem histórico-geográfica, a civilização romana possui também uma origem mítica que carrega grande importância simbólica. De acordo com a mitologia romana, os irmãos Romulo e Remo, filhos de Marte, nasceram na região de Alba Longa e foram jogados no rio Tibre para serem mortos, pois eram considerados pelo rei um risco ao seu reinado, porém acabam sendo resgatados por uma loba, e, posteriormente, criados por um casal de pastores. Já adultos, os irmãos retornam para sua região natal e conquistam o poder. No ano de 753 a.C. foi fundada Roma, e alguns anos mais tarde, Rômulo matou Remo após um desentendimento.
Houve três diferentes formas de governo na Roma Antiga: a Monarquia, a República e o Império.
MONARQUIA
Primeira forma de governo adotada, a Monarquia figurou em Roma até o século VI a.C. e durante este período Roma foi governada por quatro reis latinos e três reis sabinos. A monarquia romana não era hereditária.
O rei de Roma possuía amplo poder, tanto que a ele era atribuído uma conotação divina, mas isso não impediu a formação de um sistema legislativo na cidade, que era constituido por: senado (formado pelos principais patrícios, delineava os limites da função do rei) e Comitia Curiata (composta por membros de famílias livres, aprovavam ou rejeitavam as medidas propostas pelo Senado).
Esse sistema político possibilita o entendimento da divisão social romana em um esquema piramidal, no qual os patrícios (proprietários de terra) ocupariam a posição mais elevada, pois possuíam direitos e grande relevância no cenário politico. Logo abaixo estariam os clientes (ex-escravos dependentes dos patrícios), que recebiam certa proteção por parte dos patrícios, em troca de auxílio militar e laboral. E na parte mais baixa da pirâmide estariam os plebeus (trabalhadores livres), que direitos e relevância social quase nulos.
Nessa época, Roma sofreu a invasão de povos etruscos, que conseguiram colocar homens de origem etrusca no trono romano durante quase um século e implementar melhorias na região, como a drenagem da cidade e a construção de muralhas e esgotos, o que impulsionou a economia romana. Com a melhoria econômica e social de Roma, a realeza romana clamava pela implementação de mais direitos aos plebeus, e, para impedir que isso se concretizasse, os patrícios enganam parte da população plebeia e, unindo suas forças, derrubam a monarquia e dão inicio a República.
REPÚBLICA
Com a chegada da República, o senado assume o papel de maior destaque político, cabendo aos senadores (que agora possuíam cargo vitalício) o manejo das políticas internas e externas, o controle dos magistrados e a proposição de leis às assembleias. Havia duas assembleias na República Romana, a Assembleia Centurial (que elegia os cônsules, pretores e os censores) e a Assembleia Tribal (que elegia os questores e os edis). Outros cargos políticos que possuíram destaque durante a o período republicano foram: os cônsules (administradores da cidade, comandavam o exército e nomeavam o ditador), o ditador (detentor de plenos poderes civis e militares), os pretores (administradores da justiça), os censores (responsáveis pelos cálculos e registros das riquezas dos romanos, e também pela preservação da moral), os questores (gerentes das receitas e despesas do Estado) e os edis (supervisores das obras públicas). Durante o período republicano há também a criação de tribunos da plebe e o ingresso de plebeus no Consulado (este último apenas no ano 367 a. C.), em decorrência das lutas populares por maior participação política.
A expansão territorial romana, iniciada entre os séculos IV e III a. C. com a conquista da Península Itálica, toma proporções colossais durante a República. Nos séculos III e II, impulsionada pelas necessidades econômicas e o orgulho do povo romano, a República Romana inicia um embate com Cartago (norte da África) visando o pleno controle de rotas marítimas. Este período recebeu o nome de guerras púnicas (púnico neste contexto significa fenício, denotação dada aos cartaginenses pelos romanos). Os romanos vencem a guerra e destroem Cartago. Roma conquista também os territórios pertencentes à Macedônia, Grécia, Egito, Oriente Médio, Gália, Península Ibérica e parte da Europa Ocidental.
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