Ser repórter
Por: ELISKNACK • 6/5/2015 • Seminário • 854 Palavras (4 Páginas) • 111 Visualizações
SER REPÓRTER
O repórter é tido pela sociedade (e polos próprios jornalistas) o ícone da profissão, atividade essa que foi considerada irrelevante durante quase meio século da história da imprensa.
PUBLICISMO
Os primeiros jornais que circularam na Europa no inicio do século XVII, eram pretenciosos. Como só a burguesia da época tinha contato com os jornais impressos, era publicado neles conteúdos de caráter burguês. Foi assim que os jornais ganharam sua imagem existente até os dias de hoje: de publicista. Os jornalistas também era caracterizados como publicistas. Os jornais então, publicavam fatos de cunho político e comercial que interessava ao seu público.
Hoje, um "bom jornalista" para a massa, é aquele que obtém uma interpretação positiva sobre os fatos por ele relatados, caso contrário, ele não é bom.
SENSACIONALISMO E EDUCAÇÃO
A queda do feudalismo, a alta da concorrência das matérias primas dos produtos vindos dos continentes africano, asiático e americano, junto com a alta da Revolução industrial, fez com que o público leitor dos jornais expandisse significativamente. O modo de organização comercial mudou, precisava-se de pessoas alfabetizadas e técnicas para trabalhar. Com o grande aumento das pessoas que agora tinham acesso à informação, a quantidade de exemplares dos jornais aumentou proporcionalmente, o que levou a mecanização das máquinas a vapor, também para as gráficas.
Foi preciso mudar também os tipos de matérias e a linguagem do jornal, já que as pessoas "comuns", sem uma carga cultural e educacional muito extensa, tinham em mão um jornal para ser foleado.
Nasceu então o mercado publicitário, pois com a mecanização das gráficas, o custo de produção aumentou, e já não podiam ser financiados pelos seus leitores. A imprensa se aliou então aos interesses econômicos. Precisavam da publicidade, dos anúncios e dependiam do número de leitores que se por acaso diminuísse, era prejuízo.
A forte concorrência, fez entrar em cena os folhetins, romances extensos publicados por capítulos nos jornais impressos, também fazia parte agora do conteúdo diário, alguns desenhos satíricos e de humos, que posteriormente dariam origem os cartuns, as charges e as historias em quadrinhos.
O jornalismo dessa época pode ser considerado de um ponto de vista. educador e de outro, sensacionalista. No mesmo período com a dinamização da sociedade, os interesses e questionamentos começaram a surgir. Houve a ascensão da literatura, do teatro e da moda, por isso a educadora.
Com a missão de atingir o público, o jornal precisava sensibilizar e emocionar o leitor, mostrar para ele o que nunca tinha visto, o exótico e incomum, utilizava então do sentimentalismo para o público feminino e da aventura para o publico masculino. Por isso sensacionalista.
O NASCIMENTO DA REPORTAGEM
Foi então que nasceram a reportagem e consequentemente o repórter. os escritores tiveram que se adequar e dar à escrita uma linguagem mais coloquial e mais próxima da linguagem oral. Começaram a aparecer os títulos que tinham grande importância, pois eram a "porta de entrada" do texto. Os furos ou chamadas "noticias de primeira mão", aconteciam quando o jornal publicasse antes dos concorrentes algum relato de interesse político, público ou social.
Os repórteres eram odiados e temidos pela elite, que os instruía a publicar apenas matérias distorcidas e de orientação elitista. Os jornalistas começaram a publicar em forma de reportagem os reais acontecimentos, como eles realmente eram, na íntegra, o que muitas vezes fazia a burguesia perder a credibilidade perante o povo, eles, os repórteres, agora ditavam o que pra eles eram interessante, o que era de interesse privado, individual ou público, os sigilos do estado, o que podia e não podia. Eles escolhiam.
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