Sustentabilidade
Por: Jefferson Alves • 4/5/2015 • Trabalho acadêmico • 2.707 Palavras (11 Páginas) • 408 Visualizações
2. DESENVOLVIMENTO
O conceito de desenvolvimento sustentável surgiu durante a Comissão de Brundtland, na década de 1980, onde foi elaborado o relatório Our Commom Future, quando a primeira ministra norueguesa, Gro Harlem Brundtland, apresentou a seguinte definição para o conceito: “É a forma com as atuais gerações satisfazem as suas necessidades sem, no entanto, comprometer a capacidade de gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades” (Brundtland apud Scharf, 2004, p.19).
O desenvolvimento sustentável tornou-se inicialmente como a coexistência harmoniosa entre a questão financeira e a ambiental, pois diversas empresas acreditavam que com essa preocupação elas se tornariam mais eficientes e reduziriam custos. Com o decurso das décadas foi notório perceber que o planeta está passando por um grande “stress” ambiental, onde mesmo que todas as empresas do planeta alçassem níveis de emissão de poluição igual a zero até 2010, o Planeta ainda estaria em condições ambientais críticas.
Pesca predatória, florestas devastadas são os grande fatores a devastação do planeta, pois segundo Almeida (2002), em Estocolmo no decorrer da Conferencia da Organização das Nações Unidas foi constante a discussão entre economia e preservação ambiental, esse foi usada como ressalva a Comissão de Brundtland, que por intermédio de seu secretário Jim Macniell, que enfatizou comprometida a capacidade regenerativa dos recursos naturais, na medida que consumimos mais recursos do planeta do que ele consegue renovar-se.
Segundo Elkington (2001:74), dez anos depois a Comissão Brundtland, notouse-se que apenas os quesitos ambientais que sistematicamente afligia o sistema organizacional da sociedade não seria capaz de solucionar os problemas para uma economia global sustentável. Fazia-se, portanto necessário abordar outros caminhos para se conseguir a sustentabilidade, pois segundo Elkington “Aqueles que pensam ser a sustentabilidade somente uma questão de controle de poluição, não estão vendo o quadro completo”.
A partir da Agenda 21 que foi apresentada na ECO-92, estabelecia-se três setores ou bases para o desenvolvimentos sustentável: Setor Social, Ambiental e Econômico, onde a sustentabili dade estaria condicionada ao desenvolvimento do povo e subsequente da economia.
No contexto “(...) Resultante da conferência das Nações Unidas sobre meio ambiente e Desenvolvimento de 1992 – a Eco Rio 92-, a Agenda 21, deveria ser leitura obrigatória para empreendedores, gestores e cidadãos em geral. Nela estão expressas todas as preocupações com todos os aspectos que, por fim último, podem provocar danos ao homem por meio dos próprios danos gerados pelo homem ao meio ambiente. Trata-se de um denso documento em que são apresentados as macropolíticas ou diretrizes que deverão nortear os governos a gerirem adequadamente o desenvolvimento local.
Para Tibor e Feldman( 1996:36-46)
“a norma ISSO 14.000 é um processo e não um padrão de desempenho” e como tal “em vez de encarar as obrigações ambientais como uma desvantagem financeira, as empresas estão reconhecendo cada vez mais oportunidades competitivas na prevenção da poluição, nas tecnologias de limpeza e nos produtos que respondem ao meio ambiente.”
Compreendendo o que foi conceituado e voltando ao pensamento de Elkington, as empresas precisam de:
• Identificar quais tipos de capital natural sofrem os impactos de suas operações;
• Ponderar se tais atividades são de caráter sustentável.
• Se a ação estressante advindas das atividades empresariais é de nível alto;
• Verificar em suma se o equilíbrio da natureza está sendo prejudicado de forma significativa.
Com a chegada da Revolução Industrial constatou-se que tal evento teve considerável contribuição para que diversos problemas ambientais se intensificassem em nossa sociedade. Pois com a larga escalada da produção, impulsionou o consumo exagerado por parte da sociedade, pois este fenômeno impulsionava o aumento da produção, na contrapartida disso tudo está a geração de resíduos tanto na área rural quanto na urbana. Tal fenômeno, associado a massa crescente que incha as cidades teve como conseqüência as insuficientes áreas destinadas ao lixo, o que acabou por provocar poluição e degradação de recursos naturais que ainda existiam (LIMA e Outros. 2007)
O fato de se usar os recursos naturais como se fossem inacabáveis acaba-se por lançar um desafio a natureza de ter que assimilar esse instinto de ganância por produtos artificiais, desconhecendo os agentes naturais, tornando assim a natureza incapaz de promover o controle sobre o uso e os riscos dos mesmos, e isso faz com que se ultrapasse os limites da capacidade dos ciclos naturais e energéticos. (FERREIRA, 1995)
Para Turow Apud Bellia(1996:173), “Conquanto a proteção do meio ambiente não seja em geral vista como um problema de distribuição de renda, ela está intimamente relacionada com mudanças nesta distribuição”. As necessidades ambientais não podem ser atendidas individualmente. Ou seja, ou todos respiramos ar puro, ou ninguém o faz.
No ambiente urbano, em sua maioria, as residências tem seu lixo coletado pelo serviço de limpeza que os transfere para aterros sanitários. Nesse âmbito torna-se fundamental destacar que “o trabalho de coleta do lixo na área rural e em outros locais afastados dos grandes centros urbanos ainda é insuficiente, atingindo apenas 13,3% dos domicílios brasileiros (IBGE, 2000)”.Isso porque a coleta nessas regiões são demasiado caras e difíceis, o que acaba por levar as pessoas a queimarem seus lixos ou enterrar, é uma atividade comum, porém com efeitos nocivos ao meio ambiente que pode poluir o ar, ou contaminar lençóis de água no caso do lixo enterrado.
As premissas da Agenda 21 do Brasil vão seguir os conselhos da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimentos (CNUMAD) ela vai dizer quais as estratégias para a administração adequada dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU): diminuindo a produção de resíduos, e aumentando a reutilização e reciclagem corretas, promovendo sistemas de tratamentos e disposição de resíduos em conforme com a preservação ambiental, e sem dúvida o aumentos considerável no que tange a extensão da amplitude do serviço de coleta e destino final do lixo (REGO e outros. 2002).
Vive-se, atualmente, a época dos descartáveis, onde a composição e quantidade de resíduos produzidos estão diretamente relacionados com
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