TRECHO FILME TEMPOS MODERNOS X ADMINISTRAÇÃO CIENTIFICA
Por: Thaís Miranda • 28/8/2020 • Resenha • 356 Palavras (2 Páginas) • 419 Visualizações
Trecho do filme Tempos Modernos x Teoria da Administração Cientifica
Primeiramente, é preciso dizer que o filme Tempos Modernos foi uma das maiores obras-primas de Chaplin, com imenso conteúdo político, foi considerada uma grande crítica ao capitalismo, ao modo de produção industrial e ao sistema desigual da época, mostrando bem a realidade dos operários e a dos patrões.
A cena analisada, apesar de engraçada e absurda, fazia uma crítica a tecnologia e representava a ideia da maximização da produtividade. Nesse trecho, pode-se ver o operário (Chaplin) sendo usado como “cobaia” na apresentação teste de uma máquina construída para alimentar os trabalhadores. A máquina foi criada para que não houvesse as interrupções por conta dos momentos de descanso dos trabalhadores (pausas para o café e horário de almoço), explorando então ao máximo a produtividade do operário na linha de produção. No decorrer da cena, a máquina apresenta problemas, o personagem passa por apuros parecendo estar em uma máquina de tortura e o presidente da fábrica desiste da compra do equipamento, alegando que ele não é prático. Em nenhum momento o presidente se sensibilizou com o sofrimento do operário, seu único foco foi observar a máquina.
Após analisar a cena, é possível traçar um paralelo com alguns pontos da teoria da administração cientifica de Frederick Taylor. Para ele, o principal objetivo da teoria era fazer o local de trabalho e os trabalhadores mais eficientes, aumentando a produtividade, minimizando os gastos, reduzindo tempo e aumentando a lucratividade. Para os críticos da teoria, na administração cientifica, o operário é tratado como uma máquina, apenas uma engrenagem do sistema produtivo, a teoria também não leva em conta o lado social e humano do trabalhador. Como dito anteriormente, essa era a proposta da tal máquina de alimentar, evitar a quebra da rotina de trabalho e que o operário não parasse de produzir para suprir suas necessidades básicas (reduzir tempo e aumentar a produtividade), e pode-se ver uma maior desumanização do operário, a partir do momento que a máquina se transforma em um equipamento de tortura e o foco das pessoas ao redor é a correção da máquina e não o bem estar do operário.
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