A Hora da Estratégia

Resumo Michael Porter*

Segundo o autor no presente artigo, as empresas inseridas num mercado onde a concorrência é cada vez mais intensa, suas eficiências operacionais por si só já não bastam, é preciso ir além e estabelecer estratégias sólidas e exclusivas que possibilitem se diferenciarem nos seus propósitos e criar uma posição única no mercado.

A princípio não se pode entender que estratégia seja uma mera alavanca para o crescimento da empresa, seu resultado principal se dará pelo retorno sobre o investimento aplicado e tornar sua posição cada vez mais diferenciada no mercado ao longo do tempo, isso se fará possível aprofundando medidas de estratégias e garantir sua importância já ocupada.

Outro enfoque é que as ferramentas gerenciais não substituem a estratégia nas empresas, estas ferramentas nas últimas décadas foram essenciais para estas melhorassem suas práticas gerenciais e tornando-as mais eficientes operacionalmente, o que sem dúvida lhes trouxe enormes avanços de qualidade e produtividade, no entanto, a estratégia é o que faz com que uma empresa seja diferente atendendo sobretudo ao desafio da competitividade e não apenas imitando o que outras já fazem. A ideia, segundo ele, é definir uma posição exclusiva com uma forma particular de trabalhar e introduzir um tipo peculiar de valor.

Indo além, a estratégia precisa ser consolidada em atividades específicas que as empresas operam e que estejam relacionadas diretamente com a sua competitividade e não apenas alicerçadas em competências, é uma necessidade atual tanto para grandes como para pequenas empresas, talvez mais para estas que dependem de uma noção clara do seu nicho de mercado e uma forma de diferenciar seus produtos e serviços das demais concorrentes.

Cabe ressaltar, que qualquer empresa precisa de um desenvolvimento estratégico se quiser a longo prazo garantir sua sobrevivência e prosperar, descobrindo sua forma de poder ser diferente no mercado onde atua, ou seja, uma empresa sem nenhuma estratégia estaria simplesmente vulnerável aos caprichos das demais concorrentes. Atingir esta prática de fazer diferente com conhecimento é o que define a boa imagem de uma empresa junto ao consumidor, argumenta.

Na economia mundial, adotar estratégia para fins de concorrência é também uma prática necessária para os países que querem se inserir no mercado globalizado, tanto para os países em desenvolvimento como para os clusters (agrupamentos), como por exemplo o Mercosul, que precisam ir além das atuais vantagens competitivas onde para terem êxitos devem encontrar uma nova e mais sofisticada base e obter sucesso nos segmentos de mercado que escolherem.

Especificamente com relação a América Latina, uma das vantagens a ponderar é a grande oportunidade de comércio entre os países da região caso os esforços no sentido do incentivo à concorrência da abertura dos mercados, da privatização e maior eficiência na economia perdurem.

Para finalizar, este conceito de estratégia, segundo o autor, é o grande desafio que as empresas (ou países) estão apenas começando a reconhecer, depois de focalizar as questões operacionais durante toda uma década, agora elas terão que pensar numa prática que possibilitem se diferenciarem de forma eficiente, competitiva e duradoura.

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