A Importância do Planejamento e da Gestão Econômico-financeira
Por: Jenma • 15/9/2019 • Artigo • 7.304 Palavras (30 Páginas) • 191 Visualizações
A importância do planejamento e da gestão econômico-financeira na organização de uma microempresa familiar localizada no município de São Sebastião do Caí.
Ana Luiza Teixeira
Jeniffer Martins de Araujo
Karen Cristina Soares
Litielli Fagan Mello
Samanta Dill
Resumo
As multinacionais são muito bem vistas pelo mercado nacional, porém, não se pode esquecer que as pequenas empresas movimentam uma boa parte da economia brasileira, sendo assim é necessário estar com o seu planejamento financeiro organizado. Deste modo, aborda-se a seguinte questão: Como a forma de gestão econômica pode interferir no financeiro de uma empresa familiar? A presente pesquisa tem por objetivo demonstrar as vantagens e desvantagens em relação à gestão econômica, visando analisar e solucionar as questões financeiras de uma empresa familiar situada em São Sebastião do Caí. O estudo elaborado foi a partir da análise de uma empresa familiar, onde elencamos o que é uma empresa familiar, pontos positivos e negativos, gestão de cargos e salários, planejamento financeiro. Assim conclui-se que é de suma importância o planejamento financeiro organizado onde todos os membros da administração precisam estar cientes do que esta acontecendo, além disso, é de suma importância controlar o fluxo de caixa e cada sócio ter seu próprio pró-labore, para manter as contas organizadas, em relação aos conflitos familiares é recomendável que todos os familiares, sócios ou não da empresa, participem de cursos, seminários e outros meios de formação pessoal a fim de compreenderem com maior profundidade as boas práticas de governança corporativa.
Palavras-chave: Empresa. Família. Planejamento.
Introdução
Ao longo dos anos, a noção de família e a sua função na sociedade tem sofrido alterações, assim como, o número de pessoas que apresentam como meta de vida, a abertura de um negócio próprio, almejando por salários melhores e maior flexibilidade nos horários. Deste modo, o conceito de empresa familiar, cada vez mais, tem ocupado papel relevante na economia. Segundo Oliveira (2010, p. 3) as empresas familiares são caracterizadas pela “sucessão do poder decisório de maneira hereditária a partir de uma ou mais famílias”.
Tivemos por objetivo apresentar uma proposta para a análise e solução dos problemas detectados na empresa, mas específica na área de gestão financeira. A aplicação da metodologia, conforme os resultados que obtivemos, irá promover melhoria e controle financeiro. Os desafios das organizações estão cada vez maiores, face ao cenário mundial, que as têm influenciadas a buscarem novos modelos de gestão financeira, tornando cada vez maior a adoção de novos métodos na busca de valorização.
É importante considerar que tanto a empresa como a família, possuem características particulares e distintas. Diante desse conceito, Nogueira (1984 apud FLORES, 2001, p.25); ressalta: “[...] a empresa é um instrumento, uma ferramenta criada pelo homem para superar as restrições impostas pela natureza e até mesmo transformá-la. Já a família tem uma essência radicalmente oposta, e é nessa diferença que residem os problemas da empresa familiar”.
Os problemas enfrentados por organizações de grande, médio e pequeno porte, acentuam-se quando o assunto é administração familiar. Os relacionamentos familiares, conflitos, entre outros fatores, contribuem para o sucesso ou o insucesso do empreendimento. Segundo Bortolini (2007, p. 22) a administração familiar “é baseada em emoções, com seus membros ligados por profundos laços emocionais, que tanto podem ser positivos como negativos”.
Deste modo, é importante evidenciar os fatores que contribuem positiva ou negativamente para o sucesso do negócio, e detalhar como planejamento e gestão econômico-financeira contribuem para o futuro do empreendimento familiar. Pois conforme citado por Werner (2004) a empresa se torna o principal meio de arrecadar recursos econômicos e financeiros de muitas pessoas, tanto aquelas que trabalham nela quanto todos os dependentes desta.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Empresa familiar
O entendimento por família tem sofrido alterações ao longo dos anos. E isso não seria diferente, no que se refere ao conceito de empresas familiares. Werner (2004) caracteriza uma empresa familiar como o reflexo da cultura e dos aspectos que fazem parte da relação dos familiares. Bernhoeft (1989, apud MOREIRA, 2007, p. 12), destaca que, uma empresa familiar é “aquela que tem sua origem e sua história vinculadas a uma família; ou ainda, aquela que mantém membros da família na administração do negócio”.
Machado (2014) relata que estudos realizados no Brasil, indicam que 90% das novas empresas são constituídas por grupos familiares. Sendo que, apenas 1/3 deste total, consegue chegar à segunda geração familiar. Neste mesmo contexto, Oliveira (2010) reforça que, há registros de que grande parte das empresas familiares apresentam problemas e, quando as dificuldades perpetuam por um tempo significativo, muitas vezes dificultam a ascensão do negócio.
A percepção dos integrantes da família, quanto a valores e objetivos da empresa familiar, quase sempre determina o comportamento de toda organização. Conforme Robbins (2000 apud GRZYBOVSKI; BOSCARIN; MIGOTT, 2002, p. 190), “o sentimento de participação dos funcionários no ambiente de trabalho emerge da cultura organizacional existente, influenciada pelo estilo de trabalho da administração.” Ou seja, demanda que a estrutura organizacional possua modelos de gestão flexíveis, e que estes sejam capazes de alterar a forma de pensar, agir e de interagir das pessoas vinculadas a eles.
É baixo o número de empresas conduzidas hoje, por mulheres. E na grande maioria das vezes, quando uma mulher assume o poder é devido a algum infortúnio, como morte na família. Levando em conta que historicamente os homens eram detentores preferenciais dos diretos sucessórios (OLIVEIRA, 2010; MACHADO, 2014) e assumiam os cargos de executivos em empresas familiares, vale ressaltar as peculiaridades do estilo de liderança:
As mulheres encorajam a participação, a partilha do poder e da informação e tentam aumentar a autoestima dos seguidores. Preferem liderar pela inclusão e recorrem a seu carisma, experiência, contatos e habilidades interpessoais para influenciar os outros. [...] Os homens tendem a adotar mais um estilo diretivo de comando e controle. Recorrem à autoridade formal de seu cargo como base para sua influência. (ROBBINS, 2000, p. 413 apud GRZYBOVSKI; BOSCARIN; MIGOTT, 2002, p. 191).
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